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segunda-feira, 18 de julho de 2011

PERSÉPOLIS

Por Josiléa Pinheiro - Escrevedora
Se você é uma daquelas pessoas que torce o nariz quando vê um adulto lendo histórias em quadrinhos, ou pior, adora uma “história quadriculada”, mas tem vergonha de admitir porque todo mundo diz que “é coisa de criança”... Você realmente precisa rever seus conceitos!
Já se foi o tempo em que o tema dos quadrinhos se restringia às aos super-heróis ou aos mimosos personagens Disney. Hoje é possível não somente se divertir, mas também se emocionar com narrativas cuja arte vai muito além dos elaborados traços dos artistas.
Deixo aqui uma dica, dos muitos títulos que estão surgindo nas livrarias (isso aí, LIVRARIAS, não na centenária banca de jornal).


PERSÉPOLIS




Resumindo: um dos melhores livros que já li! Vale a pena
Persépolis é a autobiografia em quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi e, nesta edição, é publicada em volume único, que reúne as quatro partes da história. Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

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