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segunda-feira, 21 de março de 2011

COMO FOI: O "FAN"

Entre o segundo semestre de 2010 e o início de 2011, tivemos um recorde de publicações de histórias em quadrinhos no Estado do Rio Grande do Norte.
O retorno da Maturi e o Projeto 1ª Edição, bem como as webcomics da ABAS/República dos Quadrinhos e a K-ótica, foram os grandes responsáveis por esse boom histórico de produção de arte sequencial potiguar, projetando nacionalmente o nome de nossos quadrinistas, com a Maturi #2 ganhando o Prêmio Bigorna/2010 na categoria melhor Revista Independente, a SOQ! e o Amostra Grátis indicados ao Prêmio Angelo Agostini/2011, e dois membros do GRUPEHQ, Williandi e Márcio Coelho, convidados para participar das prestigiadas coletâneas MSP+50 e MSP Novos 50, homenageando os cinquenta anos da Mauricio de Sousa Produções.
À medida que os projetos vão se concretizando e novas ideias começam a surgir, é necessário reunir os quadrinistas para analisar o que deu certo e o que continua sendo viável, o que deu errado e necessita ser repensado e o que ainda não foi colocado em prática. Para isso, Roberto Flávio, o Beto Potyguara, presidente da ABAS/República dos Quadrinhos, organizou o 1° Fórum de Arte Sequencial de Natal (FAN), ocorrido no dia 19 de março, no auditório do IFRN da Cidade Alta.
No FAN, tivemos a presença de Luiz Elson, Lula Borges, Milena Azevedo (essa que vos escreve), Leonardo Feitoza e Brum, que falaram, respectivamente, sobre: o Projeto 1ª Edição, as resoluções do Fórum de Cultura Potiguar e as etapas para quem tem interesse de elaborar projetos, as novidades da FLIQ – Feira de Livros e Quadrinhos de Natal – e a reformulação do PortalGHQ, como cadastrar revistas, histórias e personagens na Biblioteca Nacional, e a proposta da criação de uma tabela de preços para desenhistas e roteiristas potiguares.
Eu ainda lembrei que esse ano haverá uma porção de eventos acadêmicos de quadrinhos (ou que abordarão a mídia), como as Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos (USP), o Encontro Nacional de Estudos sobre Quadrinhos e Cultura Pop (UFPE) e até a ANPUH trará um simpósio temático sobre HQs. Isso mostra que é necessário produzir também artigos acadêmicos visando analisar a produção dos títulos que estão sendo publicados, bem como insistir na instrumentalização dos professores para aplicar corretamente os quadrinhos na sala de aula.
Após a fala de cada um, Beto Potyguara leu os principais tópicos que deveriam ser postos em discussão na mesa-redonda: a participação de cada um para a elaboração da tabela de preços proposta por Brum; como melhorar a distribuição das HQs do 1ª Edição; a necessidade da criação de um calendário de atividades anual; a formação de uma Comissão para fiscalizar o progresso das atividades propostas no Fórum, elaborar projetos, fazer contato com escolas e empresas para viabilizar palestras, oficinas e outros projetos.
Com o tempo estabelecido pelo IFRN já estourado, não foi possível estender a mesa-redonda, ficando algumas questões a ser finalizadas via e-mail.
Embora o público não tenha sido o esperado (muitos ligaram sinalizando não poder comparecer, e teve quem trocou as bolas e se dirigiu ao IFRN – Central), quem esteve por lá teve a chance de tirar dúvidas e trocar ideias com os palestrantes e os demais presentes.
Ao encerar o Fórum, Beto Potyguara garantiu que esse ano a ABAS/ República dos Quadrinhos terá presença na Rio Comicon ou no FIQ, com estande próprio, e que ao final do ano teremos um novo Fórum, prática que deverá ser constante para aglutinar a classe quadrinista potiguar. 
A seguir a galeria de fotos do evento.


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