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sábado, 17 de dezembro de 2011

Histórias em Quadrinhos na Escola.

Quem sabe ler quadrinhos, na certa assimilará rapidamente as mensagens do mundo moderno veiculados através de outdoors, faixas, folhetos, imagens, luminosos, sinais, muros, etc., que vamos lendo por onde passamos.


As estórias em quadrinhos são um excelente meio de incentivação de estudos, que enriquecem o repertório de comunicação dos alunos e as diversas formas de expressão, que avançam no sentido de uma linguagem total que intercambia signos verbais e recursos expressivos.


"Segundo Maria Lúcia Amaral, no seu livro, Criança, Literatura Infantil e seus problemas, na revista em quadrinhos há uma maior carga de surpresa e informações, que o próprio livro. O poder fascinante da imagem, a variedade dos assuntos, a evasão nas aventuras imaginárias, o encontro com os personagens e com o autor, com os quais se identifica, arrastam o jovem para a estória em quadrinhos, que passa a fazer parte da sua vida e assume nela um papel importante".


Quem sabe ler quadrinhos, na certa assimilará rapidamente as mensagens do mundo moderno veiculados através de outdoors, faixas, folhetos, imagens, luminosos, sinais, muros, etc., que vamos lendo por onde passamos.


A época é de Comunicação de Massa, e a estória em quadrinhos é mais um veículo de comunicação muito importante. Ninguém põe mais em dúvida a importância desse tipo de estória. Atualmente, duas crianças em três leem, pelo menos, quatro revistinhas por semana, compradas ou emprestadas por colegas. E estas revistas são sempre de estórias em quadrinhos.


A leitura em quadrinhos na escola é muito importante, quando o professor participa atentando para desenvolver no aluno a capacidade e a habilidade de analisar, julgar as mensagens transmitidas e interpretar criticamente as histórias no que se refere ao valor estético, sua forma e conteúdo.


Comentar com os alunos a estória em quadrinhos ouvida ou lida, é um dos pontos altos da aprendizagem, deter-se em algumas passagens para apreciar palavras, e frases que exprimem beleza, cores, fazendo perguntas que favoreçam a compreensão dos alunos, identificando os personagens principais, destacando as partes da estória, como inicio, meio e fim, escolhendo as cenas que mais gostaram etc.


O professor deve selecionar cuidadosamente as revistas, no sentido de que estejam de acordo com o desenvolvimento psicológico e faixa etária de cada aluno. No entanto é preciso ter o cuidado de não explorar em excesso a literatura quadrinizada, prejudicando muitas vezes os momentos dedicados para outros tipos de leitura. Existem pessoas que são viciadas em ler quadrinhos, o que isto não é bom para nossos jovens, quando na verdade é aconselhável diversificar os diversos tipos de leitura.


Vamos selecionar prioritariamente quadrinhos nacionais, como Mônica, Cebolinha, Pererê, Ziraldo, Cascão, Disney, Super Homem, e outros, etc.
Os conteúdos destas estórias são fantásticos e se referem a comportamentos e fatos que afetam a sociedade. Apresentam informações, ora cômicas, ora sarcásticas, ora tristes ou alegres, revelando muitas vezes uma mistura de valores.


                          Sugestões de Atividades:


a) Reúna os alunos em grupos pequenos e distribua revistas em quadrinhos. Destaque as páginas, e faça montagens da estória completa em folha de papel grande. O aluno em grupos recorta as legendas, e vai reconstituindo a estória ou inventando outra, escrevendo outros diálogos.


b) Reproduza em quadrinhos estórias da própria vida.


c) Reproduza em quadrinhos, o que foi feito pala manhã, tarde e noite.


d) Apresente estórias ou fatos desordenados em quadrinhos, para o aluno ordenar.


e) Recorte quadrinhos publicados em jornais e revistas, e leve para realizar atividades na sala de aula. Crie atividades que desenvolvam a linguagem escrita professor!


f) Escreva uma carta a um personagem da revista que você mais gosta de ler.


g) Faça um relatório oral, contando pormenores dos personagens para seus colegas de sala.


h) Procure uma estória muda (histórias mudas, são estórias sem legendas) e tente verbalizá-la.


i) Tente criar em conjunto com o professor, estórias em quadrinhos.


j) Faça muitas discussões em sala de aula, analisando e destacando emoções de personagens.


k) Promova um júri, onde será julgada uma personagem. Por exemplo, a Mônica, por ser tão agressiva.


l) Fale qual a personagem que mais o agrada ou qual o personagem que menos o agrade em determinada revista. Por quê?


m) Pesquise sobre revistas em quadrinhos existentes no seu jornaleiro.


n) Leia estórias em quadrinhos, que tenham algo em comum com a realidade de nossos dias.
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                Monteiro Lobato (criador do Jeca-tatu símbolo nacional).


Monteiro Lobato, ensaísta, contista regionalista, cronista, jornalista brasileiro e principalmente escritor de literatura infantil, nasceu em 1882 na cidade de Taubaté, Estado de São Paulo e faleceu vítima de colapso no ano de 1948, na cidade também de São Paulo.


Como contista é comparado a Machado de Assis. Gozou e goza de imensa popularidade. O estilo de Lobato é inconfundível, dá vida a tudo que conta, é cativante. O vocabulário é vasto, adequado, rico, versátil, incorporando naturalmente os regionalismos.
A ironia é frequente. Às vezes, chega à dramaticidade e ao patético. A inquirição psicológica não o preocupa.


Sua obra está presa à experiência do interior, sobretudo nas regiões onde apareciam as grandes fazendas de café, do século passado.


Aos 15 anos de idade perde o pai e pouco tempo depois, a mãe, sendo criado pelo visconde de Tremembé, seu avô. Forma-se em Direito pela Faculdade de São Paulo e foi promotor público na cidade de Areias, pequena cidade do Vale do Paraíba.
Como não tendo muito que fazer como promotor começou a sua vida na literatura e também traduzindo livros e artigos em inglês, língua que aprendeu sozinho.


Aos 30 anos de idade, volta a São Paulo já casado, e pai de uma filha, compra a Revista do Brasil e funda a Editora Monteiro Lobato, fracassando nesse empreendimento. Como o negócio da Editora não prosperou, resolve se dedicar à literatura. Reúne artigos e contos e lança seu primeiro livro de contos Urupês, título tirado de um dos trabalhos já publicados.
Com os contos de Urupês, trouxe um modo novo de narrar, que não se contentava com a urdidura do conto: dava-lhe um tom de denúncia social, que se harmonizaria ao resto de sua obra, como ficcionista e articulista de jornal. Seu nome projeta-se no cenário da literatura brasileira, e os "Urupês" passam a ser considerado o marco do desenvolvimento modernista do Brasil.


Daí por diante, a figura do "Jeca-tatu", criada por Lobato, domina o país inteiro.
Antes de Lobato os livros do Brasil eram impressos em Portugal; com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro.


Lobato jamais teve medo do que quer que seja inclusive da morte.
Já muito doente, gostava de brincar com a morte dizendo estar ansioso por verificar, pessoalmente, se a morte era vírgula, ponto ou ponto final.


Em 1927, Lobato parte para os Estados Unidos da América do Norte, como adido comercial a nossa Embaixada.
Viveu lá durante cinco anos, e ao regressar fundou a companhia de Petróleo do Brasil e liderou a indústria de ferro. Começa a grande luta pelo ferro e pelo petróleo.
Ele acreditava que para resolver o problema do analfabetismo, do desemprego no Brasil, a solução era desenvolver a riqueza nacional. Foi uma luta feroz, sendo perseguido, preso e criticado porque teimava em dizer que no Brasil havia petróleo, e que era preciso explorá-lo para dar ao seu povo um padrão de vida à altura de suas necessidades.


Denunciou aqueles que insistiam em sabotar o petróleo brasileiro que ele jurava existir, e elementos ligados ao governo afirmavam não existir.
Lobato morreu sem ter a alegria de ver o petróleo jorrar do solo brasileiro.
Recorde-se ainda, a propósito da atuação de Lobato, a sua formidável contribuição à renovação da literatura infantil no Brasil. É um dos mais conhecidos escritores pela língua fácil e corrente e pelos assuntos apaixonantes que encontra. Sua narrativa é fluente e de acentuada moralidade.


Suas obras têm sido traduzidas para quase todas as línguas.
Dentre as inúmeras obras de Monteiro Lobato, destacamos algumas:
"Urupês, Ideias de Jeca Tatu, Mundo da Lua, O Macaco que se Fez Homem, O Escândalo de Petróleo, Ferro, O Choque das Raças, Na Antevéspera, etc."


Na Literatura Infantil, destacamos:


"Sítio do Pica Pau Amarelo, Menina do Narizinho Arrebitado, O Marquês de Rabicó, Saci, Memórias da Família e Peter Pan, Geografia de Dona Benta, Histórias das Invenções, O Minotauro, Os Doze Trabalhos de Hércules, e outros".

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