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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Entrevista: Roberto Ribeiro – Rio Comicon 2011

Por Impulso HQ

Quem está ligado no Impulso HQ sabe que semana que vem começa a segunda edição do Rio Comicon, que pela sua qualidade, ganhou o Troféu HQMIX desse ano na categoria Melhor Evento sobre Quadrinhos.
O Impulso HQ conversou com Roberto Ribeiro, diretor da Casa 21, empresa organizadora do Rio Comicon, que responde sobre algumas das novidades para 2011, se o evento será definitivamente anual, sobre a decisão de realizar o evento mais uma vez na Estação Leopoldina, e se há planos para levar a Comicon para outros estados e muito mais. Confira:
Impulso HQ: Por que divulgar a programação faltando apenas um mês para o evento?
R. R.:
 A programação é a consequência do esforço de parcerias de patrocínios e apoios realizados ao longo do ano. O Rio Comicon é um projeto que está em construção e, portanto, necessita de algum tempo para convencer os setores implicados com o mercado de quadrinhos e cultura pop a investir no evento. Ao longo das próximas edições, conseguiremos, sem dúvida, fechar as diversas programações do festival com mais tempo e antecedência.
IHQ: Um dos problemas do ano passado foi justamente o local escolhido em termo de localização e infra-estrutura. No começo do ano cogitou-se a mudança do local. Por que a decisão de continuar na Estação Leopoldina?
R.R.:
 Nós gostamos da Estação Leopoldina. O local tem um ambiente propício ao universo dos quadrinhos. A escolha também está relacionada ao processo de construção do Rio Comicon, pois, implica em altos custos de realização.
IHQ: A edição de 2011 será novamente um espaço dominado pelos stands dos autores independentes ou as grandes editoras estarão presentes?
R.R.: 
A Estação Leopoldina, uma vez instaladas as exposições, possui um espaço físico pequeno, próximo a 200 m2. Como organizar uma feira de quadrinhos em um espaço pequeno? Optamos, novamente, em ter uma livraria e estandes para autores e empresas que apresentem produtos de quadrinhos e cultura pop além, é claro, de abrir uma nova área e exclusiva para autores independentes.
IHQ: Uma das novidades é o espaço para o debate acadêmico sobre quadrinhos. Por que a inclusão dessa vertente dos quadrinhos em um evento do porte do Rio Comicon?
Roberto Ribeiro: 
O Rio Comicon pretende, em suas sucessivas edições, responder ao variado público, leitores e amantes dessa arte, sobre os caminhos e desafios desse gênero literário.
Como toda arte que se desenvolve, os quadrinhos vêm respondendo à crescente demanda do mercado através da formação de profissionais em diversas áreas como: distribuição, livrarias, escolas, cursos, festivais etc… Uma das áreas que vem crescendo são os debates e reflexões sobre o futuro dos quadrinhos e a discussão sobre os temas abordados em suas histórias. Não há arte madura sem massa crítica e reflexão crítica.
Os jornalistas estão se profissionalizando e tentando compreender melhor esse mercado. Na área acadêmica, as universidades e faculdades estão criando cursos em mestrado e doutorado para estudantes. Nada mais natural que um festival do gênero ofereça as possibilidades de um debate acadêmico que é fundamental para o amadurecimento dos quadrinhos.
IHQ: O público pode esperar alguma surpresa durante a Rio Comicon 2011?
R. R.: 
O público perceberá o esforço que estamos fazendo no sentido de profissionalizar o evento e torná-lo mais agradável a todos. Há, nesta edição,  atividades que não foram contempladas na primeira como os quadrinhos dedicados aos super-heróis ou ao universo mangá. Não há propriamente surpresas. As atividades já foram anunciadas no portal do festival e nas redes sociais.
IHQ: A Rio Comicon será definitivamente anual? O site então ficará definitivo com notícias sobre quadrinhos?
R. R.: 
Sim, o festival será anual e o portal permanecerá após o término do evento.
IHQ: Há planos de levar a Comicon para outros estados do Brasil?
R.R.:
 Sim, mas estamos discutindo internamente essa possibilidade.

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