Por Marcelo Garcia - Ciência Hoje
“No blogue, disponibilizamos links e vídeos de referência sobre os conteúdos
que seriam abordados e propusemos uma série de atividades”, afirma Silva.
“A temática foi escolhida pela proximidade com o dia a dia dos alunos e para acompanhar os conteúdos abordados pela professora em sala de aula.”
Iniciativa interdisciplinar de professora da rede municipal
de São Paulo estimula estudantes a utilizar diversas ferramentas
disponíveis na internet para aprofundar seus conhecimentos
sobre conteúdo de ciências apresentado em sala de aula.
Imagem do curta de animação ‘SpermRacer’, um dos vídeos indicados no blogue criado e mantido pela turma da professora Gláucia Silva, autora de dissertação sobre o uso do blogue como ferramenta de auxílio ao ensino de ciências nas séries finais do ensino.
Estimular o uso de ferramentas disponíveis na internet para aprender ciência,
a começar por um blogue. Essa foi a proposta desenvolvida pela pedagoga
Gláucia Silva em seu mestrado na Faculdade de Educação da Universidade
de São Paulo.
Professora de informática em uma escola municipal paulista, ela propôs
uma parceria com a professora de ciências, Vânia da Silva Kosseki, para
desenvolver um trabalho interdisciplinar, com a utilização de recursos
como editores de vídeo, criadores eletrônicos de histórias em quadrinhos
e até o YouTube.
A ideia era despertar nos alunos o interesse pela ciência,
aproximando as matérias da escola do seu cotidiano.
que seriam abordados e propusemos uma série de atividades”, afirma Silva.
“A temática foi escolhida pela proximidade com o dia a dia dos alunos e para acompanhar os conteúdos abordados pela professora em sala de aula.”
Tendo o blogue Aprender ciência na escolacomo ponto de partida, a iniciativa procurou estimular alunos da 8º ano da escola municipal Profª Marili Dias,
localizada em Anhanguera, periferia de São Paulo, a se aprofundar em um
tema que tem tudo a ver com seu cotidiano de descobertas: a sexualidade.
“Os alunos desenvolveram, por exemplo, pesquisas na internet sobre o
funcionamento dos aparelhos sexuais masculino e feminino, elaboraram
histórias em quadrinhos on-line sobre dúvidas em relação a doenças
sexualmente transmissíveis e editaram vídeos abordando temas como
gravidez na adolescência, além de outras atividades”, conta a professora.
As referências e os trabalhos produzidos e postados pela professora e
pelos alunos continuam acessíveis aos interessados que queiram se inspirar
na iniciativa.
Computador em sala de aula
Para Silva, o computador pode facilitar muito a tarefa do professor
em sala de aula, mas essa parceria precisa transcender as aulas de
informática. “A internet tem uma natureza interdisciplinar, nos dá
acesso a uma grande variedade de informações e os professores
deveriam utilizar essas possibilidades também em suas próprias aulas,
aproveitando as salas de informática disponíveis.”
A resposta dos adolescentes aos exercícios propostos parece reforçar
essa teoria. “De forma geral, percebemos um interesse grande das crianças
pela tecnologia”, avalia a professora. “Elas são nativas desse meio digital
e audiovisual, com computador, celular, internet, mesmo que tenham
acesso limitado a ele.”
Os professores têm a função de mostrar aos alunos como criar bases para uma utilização crítica das ferramentas da internet
Silva ressalta a função do professor de mostrar aos alunos como criar bases para uma utilização crítica dessas ferramentas, empregá-las como alternativas para expandir seu conhecimento e não apenas como passatempo ou simples fonte para reprodução das informações, sem reflexão. “Percebemos, por exemplo, que a oportunidade de divulgar, especialmente entre os colegas, os conteúdos produzidos por eles mesmos estimulou bastante os alunos”, recorda.
A professora chama atenção, ainda, para a preciosa contribuição
dos próprios adolescentes para a implementação desse tipo de estratégias
de ensino. “Eles possuem sua própria relação com a tecnologia
e considerar as possibilidades tecnológicas trazidas por eles pode
nos dar importantes alternativas para combinar o ensino da informática
e das diversas disciplinas com o cotidiano desses jovens”, conclui Silva.
Marido , adorei a bandeira de CARUARU aí em baixo
ResponderExcluirAmo você!
kk