Por Cinema em Cena
O jornal americano LA Times conversou recentemente com John Wagner, criador do personagem Dredd, que foi interpretado por Sylvester Stallone em O Juiz, fracasso cinematográfico de 1995. Na época, Wagner criticou bastante a adaptação, mas agora está mais otimista com o novo filme de Pete Travis (Ponto de Vista) que trará Karl Urban no papel título. Leia, a seguir, o trecho da entrevista onde o autor discute o filme anterior e suas expectativas para a nova produção:
LA Times: Como você encara o filme de 1995 com Sylvester Stallone hoje? E essa visão é diferente da visão da época em que o filme foi lançado?
John Wagner: Minha visão não mudou, mas considero apenas a primeira vez que eu vi. Eu nunca assisti de novo. Eles contaram a história da forma errada - não tinha muito a ver comDredd, o personagem, como o conhecemos. Eu não acho que Stallone foi um Dredd ruim, mas teria sido melhor e teria dado a ele mais crédito se ele não tivesse mostrado o rosto. Ele era apenas Dredd na história errada. Mas eu invejo o orçamento que eles tiveram. Alguns efeitos visuais eram muito bons, e a recriação da gangue Angel e o robô também. O robô, na verdade, pertencia a uma história de Pat Mills (editor da revista 2000 A.D. em que Dreddcomeçou a ser publicado) e não pertencia ao universo de Dredd, mas ficou legal. Se a história envolvesse personagens como eles, o filme teria feito mais sucesso.
LA Times: O novo filme parece bem diferente do de 1995 - nada de Rob Schneider desta vez. Diga três coisas sobre o projeto que o deixam otimista.
John Wagner: A história é sobre Dredd e seu mundo. É impossível cobrir todos os aspectos do personagem e sua cidade - talvez esta seja uma das falhas do primeiro filme, pois eles tentaram fazer coisas demais e acabaram com muito pouco. Dredd, o novo filme, é focado na parte essencial do trabalho de julgar: justiça imediata em uma cidade violenta do futuro. Eu gosto dos atores, eles foram bem escolhidos e fizeram boas interpretações. Olivia Thirlby, deJuno e A Hora da Escuridão, é perfeita como Anderson, a jovem psi-juíza (ela tem poderes mentais). Ela dá à personagem uma vulnerabilidade tocante. E Karl Urban não vai tirar seu capacete e não vai beijar sua coadjuvante.
Dredd tem estreia no Brasil prevista para 21 de setembro.
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