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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Projeto "Coleção Quadrinhos Potiguares" deverá dar sequencia ao PRIMEIRA EDIÇÃO


Muito - Diário de Natal
Edição de quinta-feira, 21 de junho de 2012 
Quadrinhos potiguares ainda de pires na mão
Parceria com a FJA que prevê a impressão de 30 publicações ainda não saiu do âmbito das boas intenções
Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br


Estande do RN na Feira Internacional de Quadrinhos: uma mostra do talento local. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
O segmento de Quadrinhos talvez seja dos mais promissores entre as manifestações artísticas potiguares. E também dos mais desprestigiados pelo poder público. Entre os poucos editais pendentes de pagamento pela Fundação José Augusto, está o Prêmio Moacy Cirne, criado e não pago pela gestão de Crispiniano Neto. Por iniciativas e talentos próprios, quadrinistas têm se safado desse esquecimento e alcançado reconhecimento fora do "elefante". Ainda assim, muitos precisam de incentivo.

Para valorizar o trabalho de dezenas desses artistas, o professor de artes visuais e quadrinista Luiz Élson sugeriu pagar a confecção de 30 novas revistas em quadrinho produzidas por potiguares. Em troca, a Fundação José Augusto faz a impressão dos títulos na Gráfica Manimbu. O procedimento foi feito em 2010, aos 45 do segundo tempo da gestão de Crispiniano Neto. A secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, sinalizou positivamente há dois meses. Até agora, nada.

A parceria prevê a edição de 30 publicações com tiragem de 500 cópias de cada revista, totalizando 15 mil exemplares. Cada revista impressa em off-set com 32 páginas em miolo preto e branco e capa colorida em papel couchet. Cada artista paga R$ 250 para cobrir as despesas de material. Entrega o CD com o projeto de edição já pronto, com páginas numeradas, fontes das letras definidas, tudo editado, e a FJA faz a impressão. Cada artista recebe 350 exemplares. A FJA fica com 50. E as outras 100 são distribuídas em arquivos e imprensa.

"Já que o Prêmio Moacy Cirne não sai, esta é uma maneira de movimentar o segmento de quadrinhos no Estado, praticamente sem custo para a Fundação". Luiz Élson lembra que a edição das 30 HQs em 2010 (Projeto Primeira Edição) possibilitou divulgação dos trabalhos na imprensa, lançamentos coletivos e individuais das revistas e algum retorno financeiro aos artistas. Alguns quadrinistas conseguiram patrocínios/anúncios individuais para subsidiar até a edição para a FJA.

Luiz Élson diz que o Primeira Ediçãofoi o maior lançamento coletivo de quadrinhos de autores de um mesmo estado já acontecido no Brasil (30 ao todo) em fevereiro de 2011. O fato foi notícia nacional pela mídia especializada na época. As 20 primeiras edições foram relançadas depois em maio em João Pessoa e durante o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, em novembro de 2011. 

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