Mais uma edição da MATURI chega as prateleiras!

Nesse sexto e último número do Projeto Revista Maturi – Quadrinhos Potiguares cumprimos a nossa meta de levar a cultura popular editando uma revista com qualidade técnica, com roteiros bem desenvolvidos e capazes de envolver os leitores.  Na revista, fazemos um tributo à cidade de Natal, mostrando seus monumentos, lugares, lendas e a sensibilidade dos autores potiguares. 

As Histórias        

       Na história em quadrinhos “O Fantasma da Afonso Pena” do Carlos Alberto, temos uma lenda urbana onde um fantasma assombra uma famosa rua da cidade. No nosso dia a dia muitas vezes nem prestamos atenção o que realmente nos mete medo.

       

       Recuperamos do saudoso Edmar Viana em parceria com Aucides Sales, “A lenda das cobras gigantes”, uma HQ cheia de citações históricas e curiosidades sobre o município de Extremoz, a antiga aldeia de Guajiru. Uma HQ exemplar que, bem conduzida, consegue mostrar fatos e dados sem tornar-se enfadonha.

        "Zilomar" é a adaptação livre do poema “Elegia” da nossa poeta Zila Mamede. Aqui, Ivan Cabral mostra que, além das boas sacadas nas suas charges dos jornais locais, tem sensibilidade para  reinterpretar graficamente a poesia de Zila e sua paixão pela mar.

       Nas páginas da Maturi mais um talento potiguar, dessa vez das artes plásticas, nos brinda com suas cores magistrais: Francisco Eduardo nos leva a conhecer a força do povo da Cidade do Sol. Belas composições e cores! O texto em “Eu vejo a cidade”  é de Luiz Élson.

       

       O que esperar de um saci entediado? "Sacinagens" é uma hq de uma página de Marcio Coelho com o "presepeiro" das matas brasileiras.

      

     O Projeto Revista Maturi é um espaço democrático, uma oportunidade para se projetar, bem como usufruir da troca de experiência com aqueles que já trilham a mais tempo nos quadrinhos. O Jameson Magalhães abre sua hq com um dos mais belos cartões postais da cidade, a Fortaleza dos Reis Magos. Em "Ataque à Fortaleza", uma visão do passado e do presente deve ser uma oportunidade para se aprender alguma lição.

      

       Gilvan Lira, na bela “Soledade”, nos mostra seu virtuosismo no manejo da cor digital, uma interessante reinterpretação sobre a origem das pinturas rupestres de cinco mil anos atrás encontradas no Lajedo Soledade, em Apodi. O passado se faz mais uma vez presente para mostrar uma pequena estripulia e suas consequências.

     

       A sexta edição da Maturi é realmente muito especial, pois além de completar mais um ciclo dos quadrinhos no Rio Grande do Norte  tem o privilegio do retorno de alguns amigos que enaltecem ainda mais a qualidade da nossa arte sequencial. O nome do artista curraisnovense João Antonio não poderia ficar de fora. Com sua instigante e ideológica “Quixaba” João nos leva a questionar o quanto somos influenciados e manipulados como gado e massa de manobra! Além do mais, é uma oportunidade de viajar pelo nosso sertão e aproveitar os caminhos da nossa heroína pelas belas paisagens do Seridó.

      A última HQ da revista é uma criação do talentoso Williandi Albuquerque. Sua “Estrela do Mar”  nos “sopra” uma ode de paixão pelo desconhecido. Mais uma vez em destaque, a Fortaleza dos Reis Magos, palco privilegiado de muitos episódios da história do Rio Grande do Norte

 Balanço geral

    Nesse número, como tem todas as outras edições do projeto,  buscamos mostrar a riqueza da cultura nordestina e, em particular, realçar as particularidades visuais que só o nosso Estado tem: seu relevo e vegetação, cenários urbanos e rurais, tradições, lendas e eventos históricos, a fala e os trejeitos de nosso povo.  Também abrimos espaço para que a revista servisse de vitrine para vários desenhistas e roteiristas, priorizando sempre  o espírito cooperativo e o profissionalismo no respeito à proposta do projeto, produzindo uma publicação com conteúdo e qualidade. No total vinte e oito artistas participaram da revista. As diferentes técnicas, gêneros e estilos nos desenhos dos participantes evidencia  a diversidade e a pluralidade dos quadrinistas do RN. O projeto foi vitorioso, fato que pode ser comprovado pela  premiação e  repercussão na mídia especializada, expressa elogios por parte daqueles que divulgam e são formadores de opinião nesse meio.

    

Página de Soledade

     Nas páginas finais, fizemos um balanço sobre o Projeto Revista Maturi, onde agradecemos nossos patrocinadores: o Governo do Estado que, através da Fundação José Augusto, oportunizou a publicação via Lei de Incentivo Câmara Cascudo e a Cosern, empresa de energia do Rio Grande do Norte,  um dos grandes fomentadores da cultura local. Nossa gratidão especial à figura saudosa do nosso irmão e camarada Edmar Viana que apostou no nosso potencial para gerir o projeto.