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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Top! Top! Convenção Paraibana de Quadrinhos

Por Henrique Magalhães - Marca de Fantasia




Cartaz de Shiko para a Top! Top! Convenção Paraibana de Quadrinhos

A História em Quadrinhos vem ganhando cada vez prestígio no país, distanciando-se da velha concepção que a tratava como uma subliteratura perniciosa à juventude. Para isso contribuem não só os excelentes quadrinistas, que não param de surgir, como uma produção editorial que se firma pelo esmero de seus projetos gráficos.
Desde o tempo áureo da EBAL – Editora Brasil América Ltda. – nas décadas de 1950 e 1960 não víamos uma valorização tão grande do autor nacional. É certo que a realidade é outra, os quadrinhos populares abriram espaço para as mídias digitais, viram suas tiragens despencar e perderam diversidade. Por outro lado, a produção autoral, aquela em que os autores exprimem sua visão de mundo, nunca foi tão prestigiada.
Se o campo de exposição e acesso aos leitores não é mais as bancas de revistas, as livrarias especializadas tornaram-se o ponto de encontro de um público cada vez mais exigente, cônscio de que os quadrinhos são muito mais que mero entretenimento. Sem que tenham se tornado chatos, os quadrinhos refletem a vida cotidiana, as questões sociais e humanas que permeiam as inquietações da atualidade.
Contribui para isso toda sorte de eventos que se empenham em ver nos quadrinhos suas diversas potencialidades. A Paraíba também tem mirado os quadrinhos de forma crítica e afetuosa. Além do evento HQPB, realizado anualmente pelo grupo Made in PB, o Mestrado em Comunicação da UFPB promove há quatro anos o seminário Quadrinhos: reflexão e paixão, estimulando o debate acadêmico e produtivo dessa arte.
Agora, mais um evento surge para a promoção da chamada Nona Arte, que ocorrerá os dias 1 e 2 de dezembro no Yazigi. Trata-se de Top! Top! Convenção Paraibana de Quadrinhos, numa ação conjunta da livraria Comic House, do Yazigi e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB. Serão realizados palestras, mesas redondas, debates, oficinas de roteiro e desenho, além de exibição de documentários, lançamentos de HQ e diálogo com os autores. São os quadrinhos que se afirmam como arte, mídia e meio de comunicação.

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