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sábado, 22 de junho de 2013

As 10 ideias mais cretinas dos quadrinhos

A inteligência humana tem limites, mas a idiotice não. A inteligência possui uma série de explicações determinantes (genéticas, sociais, espirituais), mas ao que parece a imbecilidade é um mal que pode acometer todos os seres humanos inexplicavelmente.
Em resumo, ela é democrática: está ao alcance de todos! Hitler decidiu invadir o território da URSS onde se encontra a Rússia no inverno (Napoleão já tinha tentado e igualmente fracassado), pareceu uma boa ideia aos romanos deixar os germanos tomar conta de suas fronteiras, Xerxes decidiu invadir a Grécia e por aí vai. E, óbvio, na indústria dos quadrinhos não poderia ser diferente.
Aqui vai um Top 10 das ideias mais cretinas, imbecis e retardadas de todos os tempos (ou quase)! Como sei que isso facilmente poderia se tornar um Top 100 ou Top 1000 já convido eventuais leitores para postarem as ideias por aqui não mencionadas ou negligenciadas.
10. Justiceiro como anjo
Um dia Frank Castle resolve acabar com todos os seus problemas metendo uma bala na cabeça. Vagando no além, o Justiceiro é possuído por um Anjo Vingador, que era o encarregado de proteger sua família. Parece que os autores tem uma regra básica para os personagens: quando todas as boas ideias já foram feitas, a receita é simples: descaracterize o personagem.
9. Thor alienígena

Essa foi quando a dupla William Messner-Loebs/Mike Deodato assumiu o título, que foi cancelado logo que terminou essa fase. Lá descobrimos que os deuses de Asgard não são deuses, e sim alienígenas. Olha só o que dá você ler “Eram os deuses astronautas?” no banheiro e pensar: “Huuum… que boa ideia”.
8. Jean Paul Valley como Batman.
Essa é cruel. Durante a saga A Queda do Morcego, após uma série de eventos que culminam com a emblemática cena do Bane quebrando a coluna do Batman, este, impossibilitado de continuar com sua luta contra o crime escolhe alguém para ocupar seu lugar. E quem? Seu parceiro mais fiel, com anos de treinamento ao seu lado, o primeiro Robin e atual Asa Noturna Dick Grayson? Não. O Batman escolhe Jean Paul Valley, que já tinha seu cérebro lavado para ser o assassino Azrael pela Ordem de São Dumas! Sem comentários.
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7. Before Watchmen
Watchmen é uma obra prima dos quadrinhos. Isso é indiscutível. A DC Comics lucrou e ainda lucra com a minissérie escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons. Porém temos um problema, talvez em todas as artes, mas isso nos quadrinhos é mais notório: arte x mercado. Watchmen é uma história completa, não precisa de uma sequência ou prelúdio, mas a DC conseguiu. Após anos assediando Alan Moore (um dos poucos autores íntegros que ainda existem na indústria dos quadrinhos – e curiosamente não consigo me lembrar de mais nenhum) e o velho barbudo cagando para a DC, a editora resolver lançar uma série de prelúdios para saga com outros autores. Se você se empolgou leia mais aqui. 
Qual o problema? O mesmo problema de Matrix, se me permitem uma analogia breve. Matrix também não precisava de prelúdio ou sequência, mas eis que os irmãos Wachowski decidem capitalizar em cima do sucesso e soterrar de merda o primeiro filme com o Matrix 2 e 3. Pelo menos no Before Watchmen não é o mesmo autor, e você pode simplesmente desconsiderar o que vier antes ou depois.
Nota: você  já deve saber que Neil Gaiman topou fazer um prelúdio de Sandman… se ficar cagado não vai ter desculpa.
6. Cavaleiro das Trevas 2
Apesar de achar o Cavaleiro das Trevas supervalorizado ela é, também, uma obra prima dos quadrinhos. Mas Frank Miller não tem tantos escrúpulos quanto Alan Moore e topou fazer o 2. O negócio é tão ruim que não vou perder seu tempo e o meu comentando. Quem tiver coragem que leia e conteste.
5. A volta de Barry Allen
O Flash da Era de Prata, Barry Allen, bateu as botas durante a saga Crise nas Infinitas Terras, impedindo o Anti-Monitor (o grande vilão dessa Crise) de destruir a Terra, sacrificando-se em prol de algo maior.  Para assumir a identidade de seu mentor o então Kid Flash, Wally West, se torna o terceiro Flash.
Agradando aos fãs e tendo sempre Barry Allen como referência, ele se manteve à altura do fardo. Uma geração inteira de leitores só conhecia Allen como uma referência, um ideal de herói a ser seguido pelo Flash, até Geoff Johns ter a “brilhante” ideia de trazê-lo de volta. Sua morte teve um sentido, mas sua volta, não. Tanto é que uma das críticas mais comuns (e verdadeiras) é que esse Barry Allen acabou incorporando traços da personalidade do Wally West e o ex-Kid Flash limado da cronologia pós-reboot. Mais detalhes aqui.
4. Heróis Renascem
Com as vendas baixas a Marvel decide fazer um reboot dos Vingadores e do Quarteto Fantástico. Os heróis das duas equipes morrem, mas são salvos em um universo paralelo por Franklin Richards, onde vemos suas origens recontadas e atualizadas por ninguém menos que Jim Lee e Rob Liefeld. Histórias de qualidade duvidosa aumentaram as vendas, a saga durou um ano e nos brindou com o Capeitão América.
3. Mefisto desfazendo o casamento do Homem-Aranha
O editor da Marvel Joe Quesada acordou um belo dia achando que o casamento de Peter Parker com Mary Jane não era uma boa ideia, que fazia parte da essência do personagem ser solteiro. Então o Aranha faz um pacto com Mefisto (o Capeta, pra ficar claro) para, em troca da vida da tia May, que havia sido baleada logo após a Guerra Civil, acabar com seu casamento com Mary Jane que já durava 20 anos nos quadrinhos. Outra que não merece comentário.
2. A Saga dos Clones
Essa é uma das piores sagas de todos os tempos (há quem diga que ela foi boa no começo, mas vou contar um segredo: um final ruim estraga QUALQUER coisa). Não vou tentar explicá-la porque até quem leu não entende muito bem (foram cerca de 100 edições), imagina tentar em um parágrafo. Vou me focar nos piores momentos. Apareceram vários clones do Homem-Aranha e, ao final da saga você fica sabendo que o Peter Parker não era o verdadeiro e sim Ben Reilly, um dos clones que também tinha as memórias do Peter Parker. Você leitor que acompanhava o Amigão da Vizinhança tinha sido enganado por décadas! Emocionante. Essa saga refletiu-se numa queda generalizada das vendas das revistas do personagem, mas, apesar disso, foi repetira no universo Ultimate (ou Millenium aqui no Brasil), um pouco melhor sucedida (pior seria difícil).
1. Superman Vermelho e Azul.
Essa é campeã, duvido que alguém encontre uma pior. O que pouca gente sabe é que, além de ruim, essa é uma ideia copiada. A primeira aparição de dois Supermen foi em 1963, quando o Superman decide fazer tudo o que ele ainda não foi capaz. Para isso inventa uma máquina com vários tipos de kriptonita para aumentar sua inteligência, mas que tem o efeito colateral de dividi-lo em dois. Uma ideia audaciosa e que foi colocada como imaginária, paralela, ou seja, não se propôs a fazer parte da cronologia ou cânone do herói.
Mas em 1998 a cretinice imperou. Agora, sem o sol para abastecer seus poderes, Superman acaba divido em dois, um Azul com poderes elétricos, mais cabeça, preferindo resolver tudo com inteligência e o Vermelho, mais porradeiro. A merda foi tão grande que essa “fase” do Super durou apenas de fevereiro a junho de 98, sendo também ignorada depois.

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