Warner e Zack Snyder escolheram o Jesse Eisenberg justamente porque querem trazer uma versão diferente — e interessante — do maior inimigo do Superman
Maior mente criminosa do mundo. Cientista. Maluco. Careca. Provavelmente é essa a visão que você tem do maior inimigo do Superman, o Lex Luthor, certo?
Mas saiba que ela não é a única — e é justamente isso que a o diretor Zack Snyder e a Warner vão explorar em Batman vs. Superman, justificando a escolha de Jesse Eisenberg para o papel.
De acordo com o El Mayimbe, do Latino Review, teremos sim um Luthor careca — mas com (quase) todo o resto diferente. Será um cara jovem, diria que pra ter a mesma idade do Azulão, que ficou muito rico aos 18 anos e tem o horizonte de Metrópolis tatuado no braço direito. Ele é um gênio da tecnologia, CEO da LexCorp. Mas esse não é o começo do cara.
Lex começou nas ruas. Aos 14, entrou em uma gangue. Ele aprendeu que força bruta e tamanho não é tudo. Aos 15 já mandava nessa gangue. Depois veio a riqueza.
Ainda de acordo com o jornalista, encontraremos Lex no começo do filme, quando Bruce Wayne irá visitar a cobertura do vilão, que fica no 125º andar da Torre LexCorp. Lex estará em sua mesa, acompanhando inúmeros monitores. Neles temos o Superman.
Mas Lex e Bruce não são amiguinhos, eles já tretaram no passado. Lembre-se: Bruce é mais velho. Com toda a certeza ele viu o crescimento do Luthor e percebeu seus planos malignos. Já o vilão não vai gostar de ter um concorrente que nasceu riquinho, certo?
Eles também divergem sobre o Superman. Bruce vê o Homem de Aço como um espécime impressionante, enquanto Luthor acha que o cara não passa de um alien. Só que esse cara causou diversos danos para Metrópolis no filme anterior e é hora desses dois magnatas se juntaram para reconstruir a cidade.
No final das contas, cada um tem uma solução para o problema “Superman”: um deles acredita em uma saída pacífica e o outro quer ver o sangue do Último Filho de Krypton. Nem preciso dizer quem é quem…
Quando Bruce Wayne deixa a cobertura, Lex Luthor começa a pensar em outros de seus problemas: o BATMAN.
Isso faz sentido?
Sim, faz. A inspiração de Batman vs. Superman vem claramente dos quadrinhos. E a cronologia oficial da DC nunca foi algo estático, definido. Lex Luthor já teve diversas interpretações — fora, claro, os infinitos universos alternativos.
Nos anos 80 veio a primeira grande mudança, começando pela minissérie Man of Steel, do John Byrne. O Supinho ganhou uma nova origem, assim como Luthor: criado no Beco do Crime e contemporâneo de Perry White, o vilão usou sua inteligência nos negócios para se tornar um dos homens mais ricos do mundo e fundar a LexCorp (meio que uma influência do crescimento dos yuppies nos anos 80). A inteligência não era mais exatamente na tecnologia e na ciência, mas no mundo dos negócios. Gordo e ruivo, esse Luthor odiava Kal-El por tirar dele o foco da atenção de toda a cidade e acabou ficando careca e morrendo de câncer. O motivo? Contaminação por kryptonita, do anel que ele usava para ameaçar o Superman. A radiação é rapidamente mortal para quem é de Krypton, mas também lentamente assassina para quem é da Terra.
Claro que o mundo não ficou muito tempo sem um Lex Luthor. Nos anos 90 foi introduzido Lex Luthor II, que se dizia um jovem e cabeludo filho do original. É essa versão que aparece nos arcos da Morte e do Retorno do Superman e inspirou a série Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman. Com o tempo, foi provado que ele não passava de um clone com a mente do Luthor original, ficou careca e ninguém mais lembrava da história do clone. Nessa época, o cara chegou a se tornar o presidente dos EUA. Essa versão também foi a base do Luthor na série animada do Supinho dos anos 90, aliás.
Os anos 2000 viram mais duas novas origens do Superman e, claro, do Luthor. Tanto O Legado das Estrelas quanto Superman: Origem Secreta restabeleceram a amizade de Clark Kent e Lex em Smallville, por conta da série de TV com o mesmo nome. Apesar de ainda ser um ricaço, Luthor voltou a ter uma grande inteligência científica.
Por fim, no reboot de 2011, Grant Morrison colocou no papel um Lex Luthor na mesma faixa etária do Supinho, um gênio científico inicialmente chamado pelo Exército para estudar aquele ser de outro mundo. Ao saber um pouco da origem do herói, o vilão fica fascinado por tudo aquilo, apesar de ainda considerar o Homem de Aço um alien que deve ser exterminado (depois de ser estudado, claro). Também rico, ele é dono da LexCorp — uma das maiores concorrentes da Wayne Enterprise, como nas versões anteriores.
Puxa, quanto otimismo. Eu não arrisco dar palpite, pois o Joker de Ledger calou minha boca pata sempre...
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