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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Carioca radicado em Fortaleza, Allan Goldman faz sucesso com histórias em quadrinhos

Quadrinista conta como levou seu trabalho para a DC Comics, uma das maiores empresas do segmento

Uma das edições da revista Comando 5 (Foto: Arquivo Pessoal)
Quando criança você já deve ter brincado de desenhar o super herói preferido ou até mesmo fazer uma história em quadrinhos dando asas à imaginação. O quadrinista Allan Goldman, 30, viveu essa experiência durante a infância e fez da paixão de criança sua profissão.

Allan desde a infância era apaixonado por desenho e hoje cria histórias em quadrinhos como profissão (Foto: Arquivo Pessoal)Nascido no Rio de Janeiro, mas residente em Fortaleza desde os nove anos, Allan veio para a capital cearense com os pais e conta quando a habilidade com desenhos virou fonte de renda e como ficou conhecido no meio.
“Próximo dos meus 18 anos e com internet em casa, descobri agências no Brasil que faziam ponte com editoras norte americanas. A partir desse momento, passei alguns anos desenvolvendo meu portfólio junto a essas agências, visando me tornar um desenhista para o mercado americano”, relembra.
Desenhos internacionais
Histórias em quadrinhos e ilustrações sempre estiveram no gosto e currículo do carioca, que revela como seu material foi para fora do Brasil. “Grande parte do meu trabalho é voltada para o exterior, mas o foco sempre foram os Estados Unidos. Eu desenho em casa, escaneio o material e mando os arquivos em alta resolução para os editores pela internet”.
O quadrinista que já fez trabalhos para agências de publicidade e colecionadores, comemorou quando emplacou na DC Comics – uma das maiores empresas do ramo de histórias em quadrinhos.
Trabalhei muito duro para conseguir meu espaço lá (na DC Comics). Mas um dos motivos mais fortes foi um trabalho que fiz para a Moonstone, desenhando uma das histórias de um álbum especial de comemoração dos 70 anos do Fantasma (aquele mesmo, com anel de caveira). Esse trabalho chamou a atenção de alguns editores da DC e fui incumbido de desenhar a última edição de uma minissérie chamada Omac. Ela era desenhada pelo Renato Guedes, mas ele estava sendo escalado para produzir outro título e eu terminei essa série. Daí em diante desenhei um monte de títulos para eles, os mais importantes foram a Action Comics, Wonder Woman, Justice League, Superman e Btaman, Teen Titans e por aí vai”.
Personagem She-Ha ganha a versão She-Huck pelo desenhista (Foto: Arquivo Pessoal)
She-Huk feita pelo desenhista (Foto: Arquivo Pessoal)
Inspiração
Todo artista tem uma fonte de inspiração e com Allan não é diferente. Ele listas seus inspiradores. “Existem uma série de desenhistas que me influenciaram. Poderia citar alguns nomes: Garcia Lopes, Neal Adams, Serpieri, Milo Manara, Horácio Altuna, Bernet, Daniel Brandão, Joe Bennet, Ivan Reis, Marc Silvestri. Enfm, ainda existem muitos outros que me influenciaram de uma forma ou de outra”, aponta.
Goldman também revela quais são suas HQs favoritas e deixa a dica para os fãs do segmento. “Eu gosto muito do quadrinho Europeu. Acho que as temáticas são mais adultas e o formato Graphic Novel (geralmente considera-se Graphic Novel uma história mais longa e elaborada, semelhante às obras literárias compostas no gênero conhecido como prosa), que é bem mais comum entre as editoras europeias me agradam mais”.
Negócio próprio
Atualmente, além de o quadrinista tem sua própria editora, a Goldman Comics e tem uma linha de revistas de ação, chamada Comando 5 e os feitos não o deixam esquecer que ainda há um mundo a ser conquistado.
“Ainda tenho alguns desejos com relação ao mercado americano. Atualmente estou fazendo testes para desenhar para a Marvel (grande concorrente da DC). E a realização do meu sonho está se concretizando na medida em que desenho os meus próprios personagens. O Comando 5 já está indo para a sexta edição e segue firme. Ter minha própria revista e minha própria editora sempre foram meus grandes objetivos, e esse sonho está tomando forma”.

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