Estudante Marcel de Almeida, vencedor do prêmio em 2013 com história em quadrinhos para crianças com HIV, está novamente na final do Prêmio Jovem Amigo da Ciência, da Fundação Abrinq pelos Direitos das Crianças
Inspirado nas crianças da Casa Vidha e em Maurício de Souza, Marcelo criou uma história para crianças sobre o HIV
O
 olhar cuidadoso para as crianças portadoras de HIV da Casa Vhida levou o
 estudante de Engenharia Elétrica da Universidade do Estado do Amazonas 
(UEA), Marcel de Almeida Siqueira, 19, a se inscrever ano passado na 
primeira edição do Prêmio Jovem Amigo da Ciência, da Fundação Abrinq 
pelos Direitos das Crianças. Ganhador da primeira edição, com a história
 em quadrinhos “Destruindo Vihlões” concorre novamente ao prêmio este 
ano, desta vez na categoria Amadurecimento.
O
 projeto “Uma boa história é uma história bem contada” traz a história 
em quadrinhos “Destruindo Vihlões” tem a sigla HIV inversa, e é a única 
referência ao vírus presente na revista destinada a crianças de 7 a 12 
anos que narra a história do menino Pedrinho. Após troca de experiências
 com pessoas que trabalham há décadas na Casa Vhida, associação de apoio
 à criança com HIV onde a mãe dele, Cristina Siqueira é professora, 
Marcel, inspirado em Maurício de Souza, autor de história de Cascão, 
personagem que não gosta de tomar banho, e criou um personagem que não 
gosta de tomar remédio para falar da importância da medicação contra 
doença, cuja sigla nem aparece na história, porque muitas crianças não 
sabem serem portadoras do vírus da Aids.
Interesse
Ao
 pesquisar literatura científica, Marcel descobriu que 90% das crianças 
gostam de ler uma história que se encaixe no cotidiano dela, por isso 
fez o personagem Pedrinho, que tem que tomar pílulas todos os dias. Nos 
desenhos, criados pela amiga Kiara, mostra o que acontece dentro do 
corpo, cujos vilões precisam ser aprisionados pelo medicamento para 
estimular os pequenos a ingerir os remédios. Para ele, que sempre gostou
 de feira de ciência, levar a revista com todo programa de intervenção, 
com palestras, teatro para outras cidades e fazer funcionar como aqui 
tem acontecido, será um grande momento.
Após
 distribuição de exemplares da revista para um grupo de 50 crianças e 
para outro, também de 50, foi feito um grupo de controle, no qual essas 
não tiveram acesso ao exemplar, houve a constatação de que as crianças 
que tiveram acesso à revista reagiram com mais aceitação aos coquetéis.
“Isso
 é muito importante por demonstrar que a história funciona, inspirando 
as crianças”, disse ele, que com o dinheiro recebido do prêmio, pretende
 distribuir mais mil cópias da revista em quadrinhos. E mais, com os 
olhos para outros continentes, Marcel tem projeto para traduzir para 
inglês, já garantido, e também para o francês, pois ele sonha em levar o
 desenho até a África, local onde a doença é disseminada e seria de 
grande interesse e necessidade.
Via A Crítica 
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