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sábado, 13 de setembro de 2014

Das pinturas rupestres de Lascaux: uma viagem pelo universo dos quadrinhos

Das pinturas rupestres de Lascaux: uma viagem pelo universo dos quadrinhos
Arnaldo Pinheiro Mont’Alvão Júnior, Edgar Cézar Nolasco (orgs.).
Série Quiosque, 34.
João Pessoa: Marca de Fantasia: 2014. 218p. Edição digital em pdf. R$5,00.
ISBN 978-85-67732-13-8
Por Henrique Magalhães - Marca de Fantasia
Arnaldo Pinheiro Mont’Alvão Júnior e Edgar Cézar Nolasco são os organizadores do livro Das pinturas rupestres de Lascaux: uma viagem pelo universo dos quadrinhos, obra independente que dá sequência às atividades do Núcleo de Estudos Culturais Comparados na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Reunindo um gama diversificada de pesquisadores, o livro traz estudos acadêmicos sobre HQs, que resumimos a partir da apresentação da obra.

Adriana Amaral e Giovana Carlos abordam a Turma da Mônica Jovem como produção de mangá feita no país e sua hibridização entre a linguagem oriental e a linguagem ocidental. Já Álvaro Hattnher analisa as relações das possíveis definições dos quadrinhos com sua aceitação institucional, e a noção de que se constituem por meio das marcas que definem a narratividade como elemento essencial do suporte.
Antonio Vicente Seraphim Pietroforte, afirma que o estranhamento em Krazy Kat, de George Herriman, deriva de certa incompreensão semiótica. Em outra vertente, Arnaldo Pinheiro Mont’Alvão Júnior discute a caracterização da identidade nerd por meio da presença do universo dos quadrinhos na construção da narrativa do sitcom The Big Bang Theory. Daniela Raffo Scherer investiga, por meio da teoria semiótica discursiva, o processo de produção de sentido em dez tiras da personagem Mafalda, criadas pelo cartunista argentino Quino.
Edgar Franco trata do processo de criação de algumas HQ do gênero poético-filosófico publicadas em quatro edições de sua revista Artlectos e Pós-humanos. Edgar Cézar Nolasco discute uma possível aproximação comparatista entre a novela A metamorfose (1913), de Franz Kafka, e a adaptação A metamorfose, do artista gráfico Peter Kuper (2003).
Utilizando o contexto ficcional de Superman e Matrix, Fábio Fernandes descreve a tentativa de utilizar elementos de ambos os universos e criar um ambiente híbrido dentro do que se convencionou chamar de fanfiction. Leilane Hardoim Simões trata do trabalho de Will Eisner, apontando elementos autobiográficos em sua obra. Quelciane Ferreira Marucci analisa as HQ on-line da editora Marvel. Já Renan Carvalho Kubota aponta a singularidade de X-Men the tomorrow people #01, em sua versão estereoscópica.
Finalmente, Rodolfo Rorato Londero traça um panorama dos estudos históricos e teóricos sobre quadrinhos realizados por dois dos maiores autores brasileiros Álvaro de Moya e Moacy Cirne. Espera-se que Das pinturas rupestres de Lascaux: uma viagem pelo universo dos quadrinhos contribua com futuras pesquisas acadêmicas e abra novos caminhos aos aficionados pelo universo das HQ. 

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