A Editora JBC acabou de fazer a alegria de muitos leitores em todo o Brasil ao anunciar, no OmeleTV, que republicará o famoso mangá Akira,
 de Katsuhiro Otomo. Há anos os fãs pediam a série, mas problemas de 
licenciamento impossibilitavam, porque o autor não queria autorizar o 
relançamento.
Há muitos anos, editoras como Conrad, Panini Comics e a própria JBC tentavam trazer o título para o mercado nacional, sem sucesso. Desta vez, entretanto, o desfecho foi diferente.
Criada em 1982 e transformada também em um animê de muito sucesso, em 1988, a história de Akira se passa em Neo-Tóquio, a cidade de Tóquio reconstruída após a devastadora Terceira Guerra Mundial
Kaneda é um líder da gangue de 
motoqueiros, cujo amigo Tetsuo é dominado por uma força sobrenatural e 
passa a ser objeto de um projeto experimental secreto chamado Akira.
Para salvar seu amigo, Kaneda se envolve com grupos anarquistas e passa a lutar contra o governo em uma violenta guerra civil.
A JBC ainda não confirmou o formato e a periodicidade da série, mas já se sabe que o lançamento acontecerá na Comic Con Experience deste ano, em dezembro.
Esta é a mais recente novidade da editora para 2015, que já incluiu Ghost in the Shell, Eden, Zero Eterno, Wish e vários outros mangás.
Akira tem uma história editorial bastante controversa no Brasil. Foi publicada apenas uma vez, pela Editora Globo,
 entre 1990 e 1993, totalizando 33 números. Depois disso, faltando 
apenas cinco edições para ser concluída, a série foi interrompida e só 
retornou quatro anos depois, em 1997, quando finalmente foi completada 
com os volumes finais. O último deles, Akira # 38, saiu em 1998.
O motivo desa interrupção gerou muitos 
boatos e uma lenda urbana. Especulou-se que o cancelamento teria 
ocorrido por baixas vendas e que não havia a intenção de retomar o 
título. Mas sua conclusão anos depois é creditada por muitos a uma ação 
judicial movida por um leitor, que se sentiu prejudicado por colecionar a
 série e vê-la ficar incompleta perto do final. Com isso, a Globo teria sido obrigada a lançar os números derradeiros.
No entanto, em 2009, o editor Leandro Luigi del Manto, responsável por Akira na época, deu uma entrevista ao jornalista Gonçalo Junior, do site Bigorna, na qual tentou elucidar o caso.
“Eu era editor da série na época e me lembro de alguma coisa (sobre o processo judicial), sim . A publicação de Akira
 só foi interrompida por nós porque a série ainda estava sendo produzida
 no Japão naquele momento e o ritmo deles era menor do que a produção 
mensal dos americanos da Epic. O que aconteceu foi que a produção americana se equiparou à dos japoneses e os americanos tiveram de esperar a Kodansha
 (editora original da série) terminar tudo antes de retomar a 
‘ocidentalização’ e só então publicar o restante. Portanto, tivemos que 
fazer o mesmo no Brasil”, explicou ele.
“Foi feita uma reclamação no Procon,
 como disse. Mas essa história de que a série foi publicada por causa de
 uma intervenção judicial de um leitor é mais uma das muitas ‘lendas 
urbanas’ do mundo dos quadrinhos… Nada disso é verdade. Uma editora não 
pode se comprometer a publicar uma série até o final porque depende de 
vários fatores externos. Akira não foi interrompida por causa 
de vendas baixas, mas, como expliquei, apenas porque não dispunha de 
material de reprodução disponível. Além disso, não existiam as 
facilidades de comunicação que a internet nos propicia hoje em dia”, 
afirmou.
A Globo ainda publicou a história em forma de encadernados, em 1993, totalizando cinco volumes (leia o review do primeiro volume aqui). Mas, nesse formato, a história ficou incompleta.
Uma polêmica adaptação cinematográfica está nos planos da Warner Bros.
Via UHQ 
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