Anos 60, quando a saída do artista nordestino era a rodoviária. Três amigos, o sonhador Tomé, o sibarita Miguel e o reservado Caio, aportam em São Paulo, o coração industrial do país. Rica em livrarias, editoras de quadrinhos e grupos teatrais, a metrópole era onde eles iriam batalhar por seus sonhos e amores. Privilegiada pela posição geográfica, cercada por ferrovias e pela rodoviária, a rua do Triunfo era uma conhecida zona de prostituição que se viu invadida por distribuidoras e produtoras de cinema, artistas e cineastas. E acabou se tornando a capital do cinema brasileiro.
Era uma época em que os televisores eram raros, os teatros abriam quase todos os dias e os quadrinhos e o cinema nacional alcançaram um nível de público nunca antes sonhado, e que ainda hoje nunca foi recuperado. O cinema brasileiro tinha começado a substituir aqueles velhos cenários enlatados e começado a colocar o sertão, os pampas e nossas cidades em suas histórias, graças aos movimentos do Cinema Novo e Cinema Marginal.
Boca do lixo acompanha a vida desses três amigos em busca de fama e fortuna paralelo a agitação política e cultural que tomou de assalto o país e o mundo, e que culminou nas agitações estudantis de Maio de 68.
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