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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Pra lá de IMAGINÁRIO!

imaginário! 11
Editor: Henrique Magalhães
Paraíba: Marca de Fantasia: dezembro 2016. 191p. ISSN 2237-6933
Edição digital: <imaginario! 11>

imaginário! é uma revista do Grupo de Pesquisa em História em Quadrinhos - GPHQ - do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Midiáticas da Universidade Federal da Paraíba. É voltada à Histórias em Quadrinhos, Artes Visuais e outras expressões da Cultura Pop ligadas à representação imagética. Publica-se artigos, ensaios, entrevistas e resenhas de Doutores, Mestres, pós-graduandos, graduandos acompanhados de Professor Orientador e outros pesquisadores, que contribuem para o enriquecimento do estudo das artes.
Apresentamos o resumo das matérias da edição atual, que pode ser lida na íntegra por meio do link a seguir: <imaginario! 11> 
Editorial: Sopa imaginária
Henrique Magalhães
 
A revista Imaginário!, produzida pelo Grupo de Pesquisa em História em Quadrinhos do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Midiáticas da UFPB, continua firme em seu propósito de dar visibilidade à produção acadêmica e contribuir para a discussão sobre História em Quadrinhos, Artes Visuais e outras manifestações da Cultura Pop. Recebemos a cada semestre trabalhos de todo o país, que atestam a qualidade da pesquisa nessas áreas, sobretudo nos estudos sobre as HQ em seus vários aspectos linguísticos e editoriais. 
Isso nos faz retomar a questão: a densidade das investigações sobre Quadrinhos não justificaria uma Pós-Graduação em nível de Mestrado sobre esse campo de pesquisa? Este é um projeto em construção, iniciado por um grupo de professores da UFPB, com a participação entusiasta de pesquisadores de outras regiões, mas que encontra resistência dos órgãos oficiais e de fomento.
Reafirmamos o propósito de dar voz a pesquisadores de vários níveis acadêmicos, daqueles que se inserem na iniciação científica na Graduação, acompanhados por um Professor Orientador, aos que fazem pós-doutoramento. Apesar dessa amplitude que nos parece salutar, mas que poderia gerar um desequilíbrio na profundidade dos artigos, zelamos pela qualidade dos trabalhos produzidos, democratizando o acesso à revista e estimulando os jovens a se dedicarem com afinco a suas pesquisas.
Nesta edição identificamos três eixos de investigação: o universo dos super-heróis e seus deslocamentos, com destaque a sua fundamentação mítica; quadrinhos como projeto editorial, com estudo sobre o suplemento A Gazetinha e o fanzine QI; os quadrinhos underground de expressão brasileira, com enfoque na obra de Marcatti; e as questões de linguagem, sobre a interseção de quadrinhos e poesia.
Está posto o cardápio de uma sopa de letrinhas e imagens substanciosa a ser consumida com prazer.


Além dos heróis, super-heróis e anti-heróis:
uma introdução às novas subcategorias dos over-heróis e dos poser-heróis

Heraldo Aparecido Silva
 
O presente artigo tem por objetivo analisar o subgênero super-heróis nas histórias em quadrinhos. Primeiramente, o estudo foca na descrição das características das categorias de herói, super-herói e anti-herói. Em seguida, descrevemos brevemente alguns aspectos contemporâneos da história das histórias em quadrinhos de super-heróis para propor a inclusão de duas novas subcategorias: a do over-herói e a do poser-herói. A literatura especializada em quadrinhos e as perspectivas filosóficas servem de aporte teórico e analítico para a interpretação de temas extraídos do universo dos super-heróis. <artigo>
A trajetória mítica de Promethea e os 12 passos do herói
Ivan Carlo Andrade de Oliveira
 
Promethea é uma história em quadrinhos de autoria de Alan Moore, J. H. Williams III e Mick Gray e publicada pelo selo norte-americano ABC. A personagem principal é uma garota normal que se transforma em uma entidade mítica capaz de transitar entre a nossa realidade e o reino da imaginação, chamado de Imatéria. O objetivo deste trabalho é analisar essa série relacionando-a com os estudos sobre os mitos de Joseph Campbell em especial com relação aos doze passos da jornada do heroi. O trabalho também irá analisar como Alan Moore trabalha os conceitos de mito e imaginação e como esses fatores interferem na história, principalmente na confecção e na estrutura do roteiro. <artigo>
O Homem-Aranha dos quadrinhos ao cinema:
princípios da narrativa transmídia

Fernanda Simplício, Jainara Sabino, Alessandro Fernandes
 
O artigo tem por objetivo analisar os princípios da narrativa transmídia nas franquias do Homem-Aranha das histórias em quadrinhos (HQs) e cinema. A convergência dos meios de comunicação assume certa centralidade na contemporaneidade destacando a narrativa transmídia como um importante elemento para problematização. Como desenvolvimento, é realizado estudo de caso comparativo de caráter qualitativo dos filmes e das HQs, tendo como base as contribuições do pesquisador Henry Jenkins (2009). <artigo>
Cidade escrita: a memória na Nova York de papel de Will Eisner
Leilane Hardoim Simões, Edgar Cézar Nolasco
 
O presente trabalho busca discutir a cidade de papel (GOMES) ou cidade escrita (SARLO) que é criada através da história em quadrinhos de Will Eisner intitulada Nova York: a vida na grande cidade. Para tanto, utilizo conceitos de Derrida como memória e arquivo, assim como também, as discussões de Walter Mignolo sobre pós-colonialidade e pensamento liminar para embasar teoricamente as discussões aqui propostas. <artigo>
Francisco Marcatti: higiene e ilusão nas histórias em quadrinhos brasileiras
Jairo Macedo Júnior, Selma Regina Nunes Oliveira
 
O presente artigo procura observar questões do corpo humano no que tange especialmente as reações de nojo, higiene e decência no comportamento social, suas contradições, paradoxos e variações sociológicas. Como parâmetro de contestação, procura através de breve recorte da obra em história em quadrinhos de Francisco Marcatti o contraponto artístico da normatização de valores sociais. Em duas edições da revista Lôdo, publicadas pelo autor em fins dos anos 80, encontra objeto de análise de discurso, entendendo através dessas histórias em quadrinhos os procedimentos do corpo humano não como puramente fisiológicos, mas também como acontecimentos culturais que guardam profundos sentidos socioculturais. <artigo>
A Gazetinha e os suplementos de histórias em quadrinhos no Brasil
Roberto Elísio dos Santos, Waldomiro Vergueiro
 
Os suplementos de histórias em quadrinhos surgiram no final do século XIX nos Estados Unidos, quando os jornais impressos se tornavam produtos de consumo de massa e a tecnologia de impressão possibilitava a publicação de ilustrações coloridas, que chamavam a atenção do público. No Brasil, este formato editorial teve entre seus primeiros títulos A Gazeta Edição Infantil, encartada no jornal paulistano A Gazeta. A partir de um levantamento documental, foi realizado um estudo da trajetória desse veículo impresso e das histórias em quadrinhos nele publicadas. <artigo>
O caso QI - Quadrinhos Independentes:
um fanzine como imprensa alternativa de resgate cultural

Gazy Andraus
 
O universo dos fanzines e/ou revistas independentes sempre foi diversificado. Devido à falta de uma estrutura de editoração de histórias em quadrinhos (HQ), o fanzinato tornou-se, no Brasil, seu principal veículo. Assim, trabalhos autorais nacionais até hoje têm sido publicados nas revistas alternativas ou fanzines, o mesmo se dando com as publicações especializadas e de divulgação. Graças aos fanzines pode-se resgatar uma memória do material impresso, principalmente de HQ, já que poucas revistas especializadas têm garantido isso. Como estudo de caso, este artigo apresentará o fanzine bimensal QI – Quadrinhos Independentes, o qual ajuda a manter a memória das edições independentes e alternativas no Brasil, bem como resgata textos específicos sobre a importância das HQs como objeto de arte e comunicação. <artigo>
Poesia e quadrinhos, um diálogo através das formas
Daniel Baz dos Santos
 
A relação entre a poesia e quadrinhos é uma etapa dentro do grande diálogo do lirismo com as artes visuais. Este trabalho aborda alguns pontos fundamentais neste histórico antes de estabelecer certas coordenadas teóricas para pensar o cruzamento do mundo dos versos com o mundo dos quadros. Por fim, tenta-se analisar algumas adaptações que lidam com o choque entre o universo poético e o terreno da nona arte. <artigo>
Duas formas conflitantes de se apreciar quadrinhos
Guilherme "Smee" Sfredo Miorando
 
Os quadrinhos são uma mídia híbrida de duas linguagens principais: palavras e imagens. Esta dicotomia poderia ser o suficiente para confundir o fruidor. Entretanto é essa composição que acaba atraindo seus leitores. Após apresentar o funcionamento do sistema dos quadrinhos, de fechamento, interpretação e intuição, afirmamos que se trata de uma mídia plena e própria. Com o respaldo da teoria da recepção, procuramos o sentido que os quadrinhos provocam no seu fruidor. Ao mesmo tempo, a partir das proposições de Roland Barthes, encontramos dois caminhos distintos para essa decodificação. Pelo studium, o leitor se dedica a apreender o conteúdo. Pelo punctum, deixa-se levar pela emoção despertada pela obra. <artigo>
Cena con amigos
Ana Paula Rodrigues Ferro. <
resenha>

Normas de publicação
<arquivo>

Edição completa
<imaginario! 11>
Via MARCA DE FANTASIA 

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