Precisamente há doze anos atrás (em 2009, para economizar a sua contagem nos dedos), em um mês de setembro como este, entrava no ar o blog Tirando Uma! que se tornaria o marco inicial da caminhada da República dos Quadrinhos (RQ) enquanto coletivo nacional.
Em outubro viria a mostra de tiras do grupo, "O que não está no gibi, está por aqui!", e em seguida uma avalanche de micro e mega ações que marcaram a trajetória efêmera mais bastante intensa do coletivo, até se converter apenas em um selo editorial.
Eu digo "apenas", mais foram mais de oitenta títulos lançados virtualmente e alguns de forma impressa. Duas indicações ao Prêmio Ângelo Agostini. E o reconhecimento até hoje, daqueles que militam no meio.
Infelizmente, seguindo aquela máxima do "Santo de casa..." , apenas no RN, e precisamente em Natal, que os nossos feitos nunca foram valorizados ou mencionados com o devido respeito e proporção que representaram.
A RQ trouxe profissionalismo ao cenário da arte potiguar. Passou a se preocupar em dar nome e rostos aos artistas em suas exposições. Criou eventos para se discutir a produção da cidade e do estado, criou uma premiação para os artistas gráficos, passou a atuar no cenário político e cultural da cidade. E que teve como maior legado, a defesa do uso das HQs em sala de aula como ferramenta pedagógica, por meio de ações práticas e continuadas, realizadas por mim, por Wanderline Freitas, e mais recentemente, por Milena Azevedo - além de outras mais pontuais fruto de convites individuais a outros artistas gráficos.
Apesar disso ou em função disso, muitos artistas natalenses ignoram, minimizam ou até omitem a importância da RQ na primeira década dos anos 2000, inclusive, de suas próprias histórias. Mas se por um lado o que em nossa terra natal, é uma falta, fora da linha imaginária do Equador natalense, reconhecimento, respeito, zelo e carinho, nunca nos faltou. E isso nos basta!
O primeiro Fórum de Arte Sequencial de Natal (FAN) foi organizado pela RQ; assim como, a fundação de uma Associação de artistas gráficos (Abas); o Prêmio Poty; o Agosto pra Tudo!; a primeira participação no FIQ em 2011; e por aí vamos! Contra fatos não há argumentos!
Mas esse post não foi feito para ser um poço de mágoa, nem um rio de melancolia!
E sim, para se falar do futuro! De um oceano de possibilidades!
E nesse sentido, a contextualização se torna necessária! Para trazer a luz que há um passado digno de nota. Que existem experiências boas e más! E que esses aprendizados é que nos permitem olhar pra frente de forma esperançosa e confiantes nos próximos passos a serem trilhados.
Não por um coletivo, nos moldes utópicos e superficiais do passado, mas sim, de produções coletivas em torno de uma marca que fez e continuará a fazer história...a República dos Quadrinhos dos Independentes!
O Selo Editorial está de volta! Com vários títulos em fase de pré-produção! E é sobre isso que iremos tratar a partir daqui neste espaço! Das futuras e desejadas publicações da RQ! Alguns títulos com décadas de gestação, que não abortaram, ao contrário, maturaram, fermentaram e agora estão bem próximos do ponto de coleta e de consumo para o público!
A partir de hoje e sempre que o tempo permitir ou se fizer necessário, estaremos trazendo novidades sobre cada um dos títulos que irão figurar no catálogo da nova RQ.
Agradecemos pela fidelidade e companhia ao longo de todos esses anos, inclusive, durante a nossa fase de hibernação!
Para quem ainda não nos conhece, nem sabe do que estamos falando, pacience! Em breve estaremos retornando com novas e empolgantes revelações! Aguardem!
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Eu sou Beto Potyguara e você está na República dos Quadrinhos! O lugar onde as coisas acontecem!
Até breve! Siga-me os bons!
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