Quando uma notícia sobre o mundo dos quadrinhos de super-heróis chega à grande imprensa é sinal de que o assunto é mesmo sério a ponto das pessoas pararem preciosos minutos de sua vida para prestar atenção em algo voltado para um nicho tão específico. E o que seria mais bombástico de que um dos heróis mais famosos do mundo renascer como um negro com ascendência latina? Ainda mais quando notícias sobre a nova franquia do personagem nos cinemas estrelada por Andrew Garfield não param de aparecer.
Recontar origens dos personagens é algo muitíssimo comum para os quadrinhos. Mas, todos em sua grande maioria não trazem nada de efetivamente novo. São tentativas dos roteiristas de ajeitar pontas soltas e colocar tudo no lugar. No caso de um Homem-Aranha negro, a coisa muda de figura. É a primeira vez que a grande indústria de comics passa a responder à altura sobre críticas de poucos personagens multiculturais, negros, latinos, etc.
A indústria de quadrinhos americana ainda espelha como padrão um herói branco, heterossexual e, de preferência, com a moral cristã em dia.
Segundo o diretor da Marvel, Axel Alonso, o novo HA, Miles Morales serão tão carismático quanto Peter Parker. “O que temos é um Homem-Aranha para o século 21, que reflete a nossa cultura e a nossa diversidade", disse ao USA Today. Miles obteve os poderes através de uma picada de uma aranha geneticamente alterada, e terá outros poderes diferentes das de seu antecessor.
A história é parecida com a origem do Homem-Aranha na versão Ultimate, uma linha de HQs alternativas da Marvel em que os heróis são "adaptados" para nossa era. Miles fará parte da linha cronológica principal e irá assumir o uniforme do herói após a morte de Peter Parker nas mãos do Duende Verde. Ele terá ajuda ainda de Tia May e Gwen Stacy. A verdade é que o personagem está sendo usado para remediar um histórico infeliz das HQs americanas. A indústria de quadrinhos americana ainda espelha como padrão um herói branco, heterossexual e, de preferência, com a moral cristã em dia.
Tanto a Marvel quanto à DC possuem poucos protagonistas negros. Rumores indicam que esta última, no relançamento de todas as suas revistas em setembro, transformará um personagem negro em branco. A Marvel foi pioneira a abraçar a ideia de lançar personagens multiculturais, como fez com os X-Men nos anos 1960-70 com heróis vindo da África, Ásia, descendentes de índios americanos e até mesmo alguns do Brasil. Ultimamente, a premissa tem sido esquecida e tais personagens ganharam pouco ou nenhum destaque.
Por isso que um Homem-Aranha negro rende uma publicidade tão positiva para a Marvel. Chegaram até a dizer que era o super-herói da Era Obama. Exagero. "É uma decisão conscienciosa. Na Marvel, temos orgulho de refletir o mundo real em toda a sua diversidade”, disse Alonso. “Mais cedo ou mais tarde, um herói negro ou homossexual – ou ambos – será considerado algo absolutamente normal”, falou a desenhista do título, Sara Pichelli.
Vamos esperar se esse personagem vai durar muito, ou se em algumas edições a Marvel colocará o antigo personagem de volta e Miles Morales voltará a ser um ilustre coadjuvante.
A história é parecida com a origem do Homem-Aranha na versão Ultimate, uma linha de HQs alternativas da Marvel em que os heróis são "adaptados" para nossa era. Miles fará parte da linha cronológica principal e irá assumir o uniforme do herói após a morte de Peter Parker nas mãos do Duende Verde. Ele terá ajuda ainda de Tia May e Gwen Stacy. A verdade é que o personagem está sendo usado para remediar um histórico infeliz das HQs americanas. A indústria de quadrinhos americana ainda espelha como padrão um herói branco, heterossexual e, de preferência, com a moral cristã em dia.
Tanto a Marvel quanto à DC possuem poucos protagonistas negros. Rumores indicam que esta última, no relançamento de todas as suas revistas em setembro, transformará um personagem negro em branco. A Marvel foi pioneira a abraçar a ideia de lançar personagens multiculturais, como fez com os X-Men nos anos 1960-70 com heróis vindo da África, Ásia, descendentes de índios americanos e até mesmo alguns do Brasil. Ultimamente, a premissa tem sido esquecida e tais personagens ganharam pouco ou nenhum destaque.
Por isso que um Homem-Aranha negro rende uma publicidade tão positiva para a Marvel. Chegaram até a dizer que era o super-herói da Era Obama. Exagero. "É uma decisão conscienciosa. Na Marvel, temos orgulho de refletir o mundo real em toda a sua diversidade”, disse Alonso. “Mais cedo ou mais tarde, um herói negro ou homossexual – ou ambos – será considerado algo absolutamente normal”, falou a desenhista do título, Sara Pichelli.
Vamos esperar se esse personagem vai durar muito, ou se em algumas edições a Marvel colocará o antigo personagem de volta e Miles Morales voltará a ser um ilustre coadjuvante.
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