quinta-feira, 8 de setembro de 2011
ENTREVISTA COM BETO POTYGUARA, UM PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE, QUE TAMBÉM É ESCRIBA, E QUE MUITO TEM FEITO PELAS HQs!
A entrevistado de hoje é
um legítimo representante dos
quadrinistas da região nordeste do país, mais
especificamente do Rio Grande do Norte.
Tem formação acadêmica e já há algum tempo vem brigando e
batalhando muito para que as histórias em quadrinhos aconteçam na
sua região.Contrariando as vendas em bancas, que andam cada vez mais
baixas, prenunciando uma possível tendência de se ler num futuro
não muito distante histórias em quadrinhos apenas em Ipodes e
a quase extinção dos antigos e queridos gibis que alegraram inúmeras
gerações de leitores, muitos movimentos em prol das HQs vem
sendo realizado nos quatro cantos do Brasil, inclusive, com o apoio
dos governos locais. Será que as boas e antigas publicações impressas
do gênero resistirão ao tempo e a alta tecnologia de ponta?
Ou será que aos poucos o material impresso será escasso em nossos
pontos de venda? Se depender do nosso entrevistado de hoje e
de outros inúmeros editores independentes as HQs impressas jamais
sucumbirão. Mas, até quando esses verdadeiros heróis da resistência
conseguirão suportar as novas e revolucionárias tendências
mercadológicas tecnológicas? Quando esta geração, que adora
o material impresso, sucumbir, a nova geração manterá acesa
a chama das mídias impressas?
Só o tempo poderá responder a estas e outras questões.
Porém, me pergunto: O que teria levado ou motivado este cidadão,
que tem formação acadêmica, a enveredar pelo mundo das HQs?
Web leitores, hoje todos nós vamos conhecer um pouco mais
sobre o fantástico trabalho que vem sendo desenvolvido por
BETO POTYGUARA, O GRANDE GUERREIRO
E PROFESSOR DO RIO GRANDE DO NORTE,
QUE LUTA EM PROL DAS
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS!
QUE LUTA EM PROL DAS
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS!
Tony 1: Grande, Beto Potyguara, é uma satisfação colher seu depoimento e
mostrar ao mundo o que você tem realizado ao longo dos anos na
sua região, em prol das Histórias em Quadrinhos. Podemos começar?
Potyguara R: E o jeito...
Tony 2: Você tem formação acadêmica, certo? Se formou pela UFRN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em que área especifica?
Potyguara R: Sou Bacharel e Licenciado em História, e é exatamente
esse lado que me impulsionou a produzir tiras com temáticas de
cunho crítico sobre a História do Brasil, sobre a Educação...
Tony 3: Ok, mestre! Entendido, câmbio (Rsss...). Beto Potyguara...
Hmmm... Achei este seu sobrenome muito estranho, afinal, potiguar
é como chamamos aqueles que nasc em no Rio Grande do Norte...
Potyguara: Por um acaso você é da Receita Federal ou Recenceador?
Bem, meu nome de batismo é Roberto (BETO) Flávio Gomes de Lima.
Comecei no ramo, fazendo ilustrações e assinando como
BETO LIMA. Até descobrir que haviam mais quatro, só na
Grande Natal, entre políticos, publicitários, clones e o pior,
já existia um cartunista paulista adotando esse mesmo
nome artístico. Me lembrei do lance que houve com
o Jorge “BEN JOR” e resolvi adotar o POTYGUARA.
Meu ídolo de infância era o Daniel Azulay, ainda
cogitei incluir algo do gênero, um AMARELAY ou um
VERMELHAY. Mas o que queira mesmo era que
representasse minhas origens, Luiz XIV já havia utilizado
o SOL, me sobrou o Cajú ou o Jerimum (abóbara
pra vocês aó do "Sul Maravilha"), mas eu não tinha nenhum
“Castanha” pra fazer
dueto comigo e também nunca tive vocação para carroça
de Cinderela. A escolha foi uma homenagem a nação
indígena que originalmente povoou o nosso estado.
Tudo o que ouvir, além disso, é lenda!
Embora exista a velada menção ao “POTI”, cartunista
e ao meu Zine, POTYLÂNDIA. Embora por aqui também me
chamem de Beto Potiguar às vezes, entre outros
adjetivos menos nobres. Também temos o saudoso
gravurista e muralista CURITIBANO, Napoleon Potyguara
Lazzarotto, o “Poty” (com “Y”), Tony.
Não sou o único da espécie, nem serei “o último dos potyguaras”.
Tony 4: Receita Federal? Nem pensar (Rsss)... Sou um agente secreto da
Interpol, bengala friend (Rsss...). Mandei levantar seu dossiê, dividas
com a Casas Bahia, etc (Rss...). Brincadeira... Você disse:
“Entre outros adjetivos menos nobres?” (Rsss...). Interessante e curioso...
mas, deixa pra lá... Em que dia, mês, ano, você nasceu?
Tony 5: Outubro, de 1971? Você ainda é um bengala Young...
Presente? Quem sabe... (Rsss...). De repente, posso te enviar 50
caminhões de encalhes de Apache (Rsss...). Atualmente, você
é professor das redes públicas de Ensino do Rio Grande do Norte e da
prefeitura de Natal, OK? O que é que você me diz sobre os salários
dos professores e sobre o caótico sistema de ensino no país, mestre Poty?
Beto Potyguara e o grande Mestre Poti |
Potyguara: Primeiramente, Mestre Poti, é “o outro”, o José
Potiguar (e esse tá vivo). E segundo se disser o que penso
vão lhe tirar do ar por tempo indeterminado, heheehheh!
Mas tentarei ser light: desenvolvi síndrome do pânico, LER,
rouco forever e depressão pós-giz. Tive a vida ameaçada
por alunos em quatro oportunidades, mas o que me
levou ao nocaute foi à falta de sensibilidade, profissionalismo
e companheirismo da classe docente local.
Ser diferente (desenvolver projetos, contribuir de fato
na formação de um cidadão crítico), incomoda muita gente.
Inclusive, há uma parcela de colegas de trabalho que
me rotulavam como “amigo da escola” (com um ranço
pejorativo), pois fiz muito trabalho voluntário e
desenvolvi projetos que geraram receitas para as escolas.
Depois que o din-din vinha, a galera se levantava e queria
dar idéias para onde seria destinado o montante.
Se a grana já veio com o fim estabelecido. É osso!
Relevo tudo que veio dá parte dos meus alunos, pois
eles são vítimas, não do Sistema, chavão clássico que a escola
se vale para fugir de sua parcela de responsabilidade
e compromisso. Teve uma greve por aqui recentemente
que durou 79 dias, sabe quantas pessoas de minha
Instituição participaram? Bem, tinha EU e se contarmos
Comigo, diria que éramos UM! Existe uma casta que
não faz jus ao salário que recebem.
Fui vítima de perseguição política em todas
as duas Redes. No município, o qual dei uma “banana”,
recentemente, foi o mais legal: pedi remoção da escola,
me “barraram no baile” e mesmo estando com LER
(tendinite), me”readaptaram” na secretaria para
ser digitador. Gente, boa! Visto carimbado só de ida
pro Inferno. É, um elefantinho incomoda muita gente!
Principalmente quando ele tem coragem de dizer o que
os outros só tem na hora do intervalo, quando os
coordenadores ou os ex-professores (gestores eleitos
por nós) não estão por perto. Vai sair?
Bem, se você acha que tem como sobreviver fora
do Município. Frase da diretora fútil que irá passar,
como todos os vírus e pragas passam um dia.
Minha resposta: Sempre tive, só me faltou oportunidade
e iniciativa. “Tô vivin da Silva” desde janeiro!
Tony 6: Os professores deste país além de serem muito mau remunerados,
também são desunidos, my friend? Que merda. Parecem uma classe
que conhecemos, você sabe: autores de HQs. Mas, tudo bem,
prosseguindo... Meus informantes me disseram que você participou
de muitos fanzines. Sua paixão pelas histórias em quadrinhos
começou quando?
Potyguara: Tu mandas-te me espionar, foi? Coisa feia!
Colaborei em alguns fanzines por esse Brasil afora e sites
de tiras também. Minha paixão pelos quadrinhos começou
na infância, bem antes de saber ler os textos eu lia as gravuras.
Os anos 70 e 80 eram mágicos, muita oferta e revistas
baratinhas. Minha mesada de filho de proletariado
(mecânico de posto de gasolina), me permitia colecionar
simultâneamente: Turma da Mônica, Aventuras do Didi,
Os Trapalhões, Peninha, Zé Carioca, Hulk, Superaventuras
Marvel, Herois em Ação, Cap. América, Homem-Aranha
e Herois da TV, fora as edições especiais que pintassem.
Depois veio o Sarney, Collor e fiquei só no Hulk e
Superaventuras Marvel. Hoje nem isso, eheheh.
Eu era feliz e não sabia... devolvam
a minha infânciaaaaaaaa!
Tony 7: Nossos ex-governantes “maravilhosos”, eles roubaram a
sua infância? Sacanagem... (Rsss....). Você, bengala friend, é cartunista,
roteirista, ilustrador e colaborou em diversos sites da Internet?
Fale-me sobre este seu lado eclético...
Potyguara: É o lado esquerdo. O direito é o lado estético.
Bem, não gosto de ser chamado de quadrinista, por que
não faço “quadros”, nem domino todas as manhas da área;
“desenhista”, também não, pois não tenho formação acadêmica.
Descobri-me como cartunista e contador de história,
mui tardiamente, dentro do meio universitário.
Era apaixonado pelos quadrinhos da Turma do Maurício de
Sousa e pelos personagens da Disney (Estúdio da Abril):
Biquinho, Morcego Verde, Pena Kid, Pena das Selvas,
Penado (Fantasma) Pen-Hur, são coisas que só o brasileiro
e sua criatividade são capazes de realizar.
E fora os quadrinhos dos Trapalhões, pela Bloch.
Em função dessa mega exposição acabei desenvolvendo
essa minha veia humorística. Mesmo tendo contato com
os Supers, meus primeiros personagens sempre se
bandearam para o lado das paródias. Somente na Universidade
e com o contato com a Wizard (Globo) é que descobri que
isso poderia ser uma profissão, hehhhe...
Tony 8: Tudo ficou bem claro, Betão... Vamos em frente... Pelo que eu sei,
você é um dos fundadores da famosa República dos Quadrinhos.
Como e quando surgiu a idéia de criar a tal República e qual era o objetivo?
Mais esse dia chegará, não pela ostentação, mas pela persistência,
pelo trabalho obstinado e competente que está sendo desenvolvido.
Tentarei resumir uma década em poucas linhas: bem em 1998,
após ter contato com os fanzineiros de outros pontos do país e
fortemente influenciado pela criação da Fábrica dos
Quadrinhos (Brasil) e pelo movimento “revolucionário”
que a Image representou (pelo menos era o que se lia),
reuni 3 colegas e criamos o RN-Zine, camisas forma confeccionas,
contatos foram feitos e necas... no ano seguinte fui convidado
a integrar um projeto de criação de uma revista cultural
pra cidade do Natal, dentre os vários nomes, o último
que vingou foi o “Matéria –Prima”. Revezando-me no papel
de produtor cultural e único ilustrador, propus para o grupo
ter uma coluna própria em que eu pudesse divulgar os
quadrinhos não só de minha autoria, mas dos colegas que
tinha feito via carta social: Rafaela Bater (RJ), Sidney
Carvalho - Miudins(BA), Luciano Irrthum – MSP 50 v. 3 (MG),
Marcelo -MICKEY Náusea (PB), Silvano MELO (SP) e
até o LORD Lobo (ainda lobinho).
Tony 9: “Ainda Lobinho?”... Essa foi foda... (Rsss...). Continue...
Potyguara: Pela lista, percebe-se que meu olho clínico e
VISONÁRIO funciona. Batizei a sessão de República dos
Quadrinhos, afinal seria uma verdadeira reunião de jovens
e promissores talentos, sonhadores em viver da produção de
sua própria arte (alguns conseguiram). Só o Lord Lobo já
estava num nível mais profissional que os demais
(a geração do zine de papel). A revista não vingou, mas a
idéia sim. Anos se passaram até que surgiu a possibilidade
de tornar realidade esse projeto. Como citei anteriormente,
minha inspiração era a IMAGE, a RQ seria um selo que
serviria pra reunir artistas que teriam o controle
sobre suas criações. Antes, porém, surgiu o Quarto
Mundo e realizou o que já pregava a galera que era
possível de acontecer. O intercâmbio e a troca de publicações
ainda é melhor maneria do produtor independente conseguir
levar os seus trabalhos a outros pontos do país.
Nos fanzines, isso já acontecia, não é nenhuma novidade.
Só que a aplicação quando tem $$$ envolvido, torna-se
Tony 10: Falou em $$$$, a coisa sempre complica... Você também presidiu
a ABAS (Associação Brasileira de Arte Sequencial), durante um bom
tempo, certo? Qual era a proposta inicial da ABAS e porque você acabou
rompendo com ela? É verdade? Dá pra explicar, por quê?
Potyguara: Na verdade ainda presido até o final deste ano.
A ABAS foi uma extensão da República dos Quadrinhos, após está
se tornar nacional em 2009. Foi um passo muito audacioso e
ingênuo de minha parte, pois passei a depender da
honestidade e comprometimento de outros e ficando
refém destes, já que juridicamente e para a Receita
Federal e o Ministério do Trabalho, só quem responde é
o Presidente. Vontade dá e passa! E foi isso o que aconteceu
com os fundadores de papel. O pessoal quer participar de
eventos, de exposições, mas não quer ter a responsabilidade
de correr atrás de patrocínio, de montá-las.
Os objetivos eram os mais nobres e altruístas possíveis:
Incentivar a produção acadêmica, artística e cultural
de seus associados e colaboradores (realizado); promover o
resgate da memória gráfica dos núcleos federativos
(realizado parcialmente no Rio Grande do Norte);
Contribuir no estímulo à leitura de crianças, jovens e
adultos por meio da utilização e divulgação da arte
sequencial (realizado); Estimular e conscientizar os
educadores a utilizarem as artes gráficas em geral como
recurso didático em sala de aula (realizado);
Defender o livre exercício da profissão, assegurando ampla
independência e liberdade de criação e expressão (tentamos).
O Estatuto foi feito para homologar a fundação, mas desde
o início avisei que a criação de um Regimento Interno e
alterações deveriam ser feitas em seu teor, para que
os interessados de outros estados (membros colaboradores)
tivessem uma participação mais ativa e pudessem contribuir
de uma maneira mais efetiva, inclusive com uma
taxa de anuidade. Somente o ilustrador Mazza, se
predispôs a vir a Natal para ser empossado (a outra
maneira era por meio de uma procuração pública).
Quanto a minha decisão, foi embasada no fato que uma
Associação tem que ter isso: AÇÃO! Conjunta e solidária.
Dediquei mais de dois anos a defender e promover o
trabalho de outros e negligencie a minha produção em
detrimento disso. Aí começaram as sabotagens internas:
além da greve branca, dos departamentos de comunicação
e marketing, financeiro e de criação de projetos, o nosso
vice-presidente utilizou-se do nome da entidade em
proveito próprio em pelo menos 3 oportunidades e
quando teve espaço na mídia falou no singular e não
no plural, além de mencionar o projeto de quadrinhos
na escola, uma bandeira antiga que eu defendo por
aqui. E essa não foi a primeira vez em que uma idéia de
minha autoria, uma vez tornada pública, foi incorporada
por algum oportunista de plantão. Por isso o
“PROJETO PSSIU” (silence) foi instituído.
além da greve branca, dos departamentos de comunicação
e marketing, financeiro e de criação de projetos, o nosso
vice-presidente utilizou-se do nome da entidade em
proveito próprio em pelo menos 3 oportunidades e
quando teve espaço na mídia falou no singular e não
no plural, além de mencionar o projeto de quadrinhos
na escola, uma bandeira antiga que eu defendo por
aqui. E essa não foi a primeira vez em que uma idéia de
minha autoria, uma vez tornada pública, foi incorporada
por algum oportunista de plantão. Por isso o
“PROJETO PSSIU” (silence) foi instituído.
Os artistas potiguares não se reconhecem enquanto
categoria e nos viam como um grupo, não uma Associação.
Em menos de dois anos foram realizadas 4 exposições
coletivas em Natal (com artistas de nível internacional);
pela primeira vez foi criada uma premiação para homenagear
a nona arte local; da mesma maneira, um Fórum de discussão
político cultural, o FAN – Fórum de Arte Sequencial de
Natal. E o retorno: homenageados que não compareciam
e encaminhamentos decididos no Fórum que não
andaram. Uma das grandes reclamações aqui era
que o RN nunca participou de um evento
categoria e nos viam como um grupo, não uma Associação.
Em menos de dois anos foram realizadas 4 exposições
coletivas em Natal (com artistas de nível internacional);
pela primeira vez foi criada uma premiação para homenagear
a nona arte local; da mesma maneira, um Fórum de discussão
político cultural, o FAN – Fórum de Arte Sequencial de
Natal. E o retorno: homenageados que não compareciam
e encaminhamentos decididos no Fórum que não
andaram. Uma das grandes reclamações aqui era
que o RN nunca participou de um evento
nacional, inscrevi-me no FIQ, cadê a “vaquinha para
o estande” a mobilização para captar recursos junto
aos setores públicos e privados? Sempre só pude
contar com os mesmos nomes (o quarteto fantástico) e
que nem sempre estavam disponíveis ao mesmo
tempo . Some isso às falcatruas e às atribuições
como Presidente e Editor e você já sabe por
que “pedi o penico”.
A SOQ # 6 será destinada exclusivamente para contar a
história da RQ-ABAS. Será lançada em dezembro.
Tony 11: É sempre um drama quando se tenta reunir essa classe
tão desunida, infelizmente. Se estamos todos no mesmo barco
devemos, todos, remar contra a maré, eu acho.
Mas, existem alguns "abobrinhas" que são foda.
Sei como é isso, já tentamos fundar
cooperativas de editores de desenhistas aqui em São Paulo.
A farra é “duka”, é sempre boa (em geral, em restaurantes suntuosos
aconteceram essas reuniões), mas nunca dão em porra nenhuma.
Há muito narcisista ente nós, assim como os "espertinhos"
tão desunida, infelizmente. Se estamos todos no mesmo barco
devemos, todos, remar contra a maré, eu acho.
Mas, existem alguns "abobrinhas" que são foda.
Sei como é isso, já tentamos fundar
cooperativas de editores de desenhistas aqui em São Paulo.
A farra é “duka”, é sempre boa (em geral, em restaurantes suntuosos
aconteceram essas reuniões), mas nunca dão em porra nenhuma.
Há muito narcisista ente nós, assim como os "espertinhos"
que acabam fazendo a coisa desandar...
Bengala friend, fiquei sabendo que você adora futebol, como
todo bom brasileiro, e que fez muitas charges para jornais esportivos.
Bengala friend, fiquei sabendo que você adora futebol, como
todo bom brasileiro, e que fez muitas charges para jornais esportivos.
Cite alguns e depois diga qual é o seu time de coração?
Potyguara: O “Jornal O Gol” (impresso e online), O “Jornal do
Torcedor” , o extinto síte “Olé Net” e para a coluna
“Apito Final” da “Tribuna do Norte”.Também tive uma arte
publicada na revista Nação Tricolor do Grêmio de Porto
Alegre: O imortal! “Mas o certo é que nós estaremos...
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver!” É preciso dizer mais...
Torcedor” , o extinto síte “Olé Net” e para a coluna
“Apito Final” da “Tribuna do Norte”.Também tive uma arte
publicada na revista Nação Tricolor do Grêmio de Porto
Alegre: O imortal! “Mas o certo é que nós estaremos...
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver!” É preciso dizer mais...
Tony12 : Um potigua, legítimo. Um nordestino “da gema”,
torcendo pra um time do sul do país? Nunca vi isso, nem em circo...
O pessoal aí da sua terra vai te chamar
de traidor, vai querer te linchar (Rsss...)... Como cartunista, em que
revistas ou jornais você atuou?
Tribuna do Norte, Jornal do Torcedor, Illuminati e O Gol.
Todos periódicos locais. Minhas tiras saíram mesmo foi no
Universo Online: TIRAS NACIONAIS, RONIN 47e TIRANDO
UMA. Como roteirista em duas edições da Revista MATURI # 3
e 4 e “Os Notáveis e Outras Histórias” todas feitas em
parceria com os irmão Wolclenes e Wanderline Freitas.
E uma edição solo,“Carcará, cabra pió num há!”, indicada
ano passado ao Ângelo Agostini na categoria de melhor
lançamento independente (como webcomics e lançada
nesse ano impressa).
Tony 13: Mais um intrépido e incansável, bengala brother (Rsss...)...
Todos periódicos locais. Minhas tiras saíram mesmo foi no
Universo Online: TIRAS NACIONAIS, RONIN 47e TIRANDO
UMA. Como roteirista em duas edições da Revista MATURI # 3
e 4 e “Os Notáveis e Outras Histórias” todas feitas em
parceria com os irmão Wolclenes e Wanderline Freitas.
E uma edição solo,“Carcará, cabra pió num há!”, indicada
ano passado ao Ângelo Agostini na categoria de melhor
lançamento independente (como webcomics e lançada
nesse ano impressa).
Tony 13: Mais um intrépido e incansável, bengala brother (Rsss...)...
Como editor, quais revistas, jornais, ou zines, você lançou?
Potyguara: Rapaz comecei em 1984, fazendo revistinhas em papel
paltado e vendendo. Até albúm de figurinahs eu fiz.
Fazia fanzines muito antes de saber que eles tinham esse nome.
paltado e vendendo. Até albúm de figurinahs eu fiz.
Fazia fanzines muito antes de saber que eles tinham esse nome.
Editor de fato, na acepção da palavra, foram dois zines:
Potylândia e o Anarkia Toral (indicado ao Angelo Agostini – 2006)
e toda a linha editorial de webcomics da República dos Quadrinhos.
Potylândia e o Anarkia Toral (indicado ao Angelo Agostini – 2006)
e toda a linha editorial de webcomics da República dos Quadrinhos.
São hoje: 6 edições do selo AMOSTRA GRÁTIS – destinado a
divulgar material autoral dos membros da RQ : ORIGAMI
(Marcos Ronin), CARCARÁ (Euzin), LÓG (Vilson),
OS CABEÇAS(Wanderline), CERAL KILLER (Joseniz),
O INFERNO SÃO OS OUTROS (Hector Salas) e em breve
TATUÍ de Flávio Calazans.
divulgar material autoral dos membros da RQ : ORIGAMI
(Marcos Ronin), CARCARÁ (Euzin), LÓG (Vilson),
OS CABEÇAS(Wanderline), CERAL KILLER (Joseniz),
O INFERNO SÃO OS OUTROS (Hector Salas) e em breve
TATUÍ de Flávio Calazans.
Tony 14: Cara, incrível... quanta gente boa você conseguiu lançar, hein?
Parabéns...
Parabéns...
Potyguara: Seis SOQ-SÓ QUADRINHOS – WEBMAGAZINE
inspirada na extinta wizard. É um mix que traz quadrinhos,
entrevistas, cobertura de eventos, perfis de artistas, previews...
tudo relacionado a ABAS /República dos Quadrinhos.
inspirada na extinta wizard. É um mix que traz quadrinhos,
entrevistas, cobertura de eventos, perfis de artistas, previews...
tudo relacionado a ABAS /República dos Quadrinhos.
Um e-book com viés acadêmico: Humor Gráfico: algo para ser
levado a sério de Antoni Wroblewski . Além, é claro, da legião
que foi o Agosto Pra Tudo. Além de idealizador do projeto,
convidando os artistas, fiz a montagem e seleção da grande
maioria das 34 webcomiscs que foram ao ar. É melhor citar
somente as que “eu não mexi”: Sutido MADE IN PB,
Autobrumografia, Rusiate, Autor em Crise e Não é a Dupla
Dinâmica. É bem verdade que as duas do Vanderfel só tive
o trabalho de montar a contracapa e colocar os logos na
capa, ehhehe. Enfim, é só fazer as contas que
eu tô com preguiça.
levado a sério de Antoni Wroblewski . Além, é claro, da legião
que foi o Agosto Pra Tudo. Além de idealizador do projeto,
convidando os artistas, fiz a montagem e seleção da grande
maioria das 34 webcomiscs que foram ao ar. É melhor citar
somente as que “eu não mexi”: Sutido MADE IN PB,
Autobrumografia, Rusiate, Autor em Crise e Não é a Dupla
Dinâmica. É bem verdade que as duas do Vanderfel só tive
o trabalho de montar a contracapa e colocar os logos na
capa, ehhehe. Enfim, é só fazer as contas que
eu tô com preguiça.
Impressa, fui autor e editor do já citado, “Carcará,
Cabra Pió Num Há!””
Cabra Pió Num Há!””
Tony 15: Muitos feitos fantásticos em prol da nona arte. Até o Vanderfel, meu
ex-sócio está na parada? Maravilha... Dá pra explicar pra galera como faz pra
ter tempo pra fazer tudo isto e ainda lecionar? (Rsss...). Incrível...
ex-sócio está na parada? Maravilha... Dá pra explicar pra galera como faz pra
ter tempo pra fazer tudo isto e ainda lecionar? (Rsss...). Incrível...
Potyguara: Esqueceu de mencionar meu trabalho como designer
gráfico. Bem não há segredo é a Otimização do tempo e a
Organização, mesmo (profissional, por que em casa...).
Duas horas diárias no mínimo, são destinadas pra pesquisa
e atualização do blog, menos nos FDS. Crio minha tabelinha
de prioridades: sei que até dezembro tem o HQ PB e
O FLIQ (Feria de Livros e Quadrinhos em Natal) e o FIQ em BH;
palestras em outubro; duas últimas AMOSTRAS GRÁTIS
(depois,” fio”, só no Médico), o catálogo sobre o AGOSTO PRA TUDO
e a última edição da SOQ!
gráfico. Bem não há segredo é a Otimização do tempo e a
Organização, mesmo (profissional, por que em casa...).
Duas horas diárias no mínimo, são destinadas pra pesquisa
e atualização do blog, menos nos FDS. Crio minha tabelinha
de prioridades: sei que até dezembro tem o HQ PB e
O FLIQ (Feria de Livros e Quadrinhos em Natal) e o FIQ em BH;
palestras em outubro; duas últimas AMOSTRAS GRÁTIS
(depois,” fio”, só no Médico), o catálogo sobre o AGOSTO PRA TUDO
e a última edição da SOQ!
Mas não sou de K-PAX. Como, defeco, durmo, assisto TV, brinco
com meu filho, faço sexo (sim! eu tenho um “bilau”!), leio quadrinhos...
com meu filho, faço sexo (sim! eu tenho um “bilau”!), leio quadrinhos...
Tony 16: Ainda consegue arrumar tempo pra “bimbar”? Caceta... (Rsss...).
Esse bengala Young é mesmo cabra valente... Você também escreve roteiros...
criou alguns personagens seus? Trabalhou em parceria com que artistas?
Esse bengala Young é mesmo cabra valente... Você também escreve roteiros...
criou alguns personagens seus? Trabalhou em parceria com que artistas?
Potyguara: Heheeeh.. Só PERGUNTA EXTENSA.
Não cataloguei mais são próximos de 40 títulos, todos a espera de
parceiros desenhistas ou de tempo livre do papai pra dar
atenção as crias. Como roteirista, sou mais rápido e posso
escrever várias séries sem me perder. Já desenhando, o
desgaste físico das outras atividades já me proporcionam
momentos de fadiga e não tenho a mesma perícia.
Agora quando “dá na veneta”, produzo muita coisa em
pouco tempo (entenda-se “Veneta” como “din-din”).
parceiros desenhistas ou de tempo livre do papai pra dar
atenção as crias. Como roteirista, sou mais rápido e posso
escrever várias séries sem me perder. Já desenhando, o
desgaste físico das outras atividades já me proporcionam
momentos de fadiga e não tenho a mesma perícia.
Agora quando “dá na veneta”, produzo muita coisa em
pouco tempo (entenda-se “Veneta” como “din-din”).
Vamos citar só os personagens que já ganharam vida de
fato (entre zines, sites e revistas impressas): Tiras:
Carcará, Dr. Placebo, Klã Destino, Forte Poty, Tininha a
fessorinha, Gaijin o pequeno guerreiro , Pelotinha ( texto e
traço) e Poderoi (com os irmãos Freitas).
fato (entre zines, sites e revistas impressas): Tiras:
Carcará, Dr. Placebo, Klã Destino, Forte Poty, Tininha a
fessorinha, Gaijin o pequeno guerreiro , Pelotinha ( texto e
traço) e Poderoi (com os irmãos Freitas).
HQS: Os Menininhos, Fora de órbita e a série os Notáveis
(esse último em parceria com os irmão wanderline e
Wolclenes). Estou convidando outros artistas pra darem
vida aos meus outros projetos: Golias City, Bicho- Bom
e Os Descartáveis.
(esse último em parceria com os irmão wanderline e
Wolclenes). Estou convidando outros artistas pra darem
vida aos meus outros projetos: Golias City, Bicho- Bom
e Os Descartáveis.
Tony 17: Exposições... vamos falar sobre elas... De quais exposições
você já participou?
você já participou?
Potyguara: Participei da “Caricaturas e Quadrinhos” e
“50 anos dos quadrinhos potiguares” em 2009 – Ambas em Natal.
E da Encontro de Cartunistas do Rio de Janeiro (2010).
Promovi e participei das exposições nacionais de tiras
“O Que Não Esta no Gibi, Está por Aqui” (2009) e a itinerante
“Mitos e HeroiS: releituras contemporâneas (2009 – 2010) –
apesar dos convites para o interior do estado e para João
Pessoa. Pra mim, chega! Ofereci ao Gibi Con e ao FIQ, mas
não se interessaram.
“50 anos dos quadrinhos potiguares” em 2009 – Ambas em Natal.
E da Encontro de Cartunistas do Rio de Janeiro (2010).
Promovi e participei das exposições nacionais de tiras
“O Que Não Esta no Gibi, Está por Aqui” (2009) e a itinerante
“Mitos e HeroiS: releituras contemporâneas (2009 – 2010) –
apesar dos convites para o interior do estado e para João
Pessoa. Pra mim, chega! Ofereci ao Gibi Con e ao FIQ, mas
não se interessaram.
Tony 18: Haja fôlego, para fazer tantas coisas... é impressionante, seus feitos.
O ” Projeto Agosto Para Tudo” foi idealizado por você?
Qual é o principal objetivo?
O ” Projeto Agosto Para Tudo” foi idealizado por você?
Qual é o principal objetivo?
Potyguara: Primeiro é o de comemorar a fundação da RQ, segundo
é o de integrar o calendário nacional de eventos do país, criando
o intecambio entre os artistas, estreitando distâncias, gerando
parcerias, expondo os talentos envolvidos para o mercado
editorial brasileiro.
é o de integrar o calendário nacional de eventos do país, criando
o intecambio entre os artistas, estreitando distâncias, gerando
parcerias, expondo os talentos envolvidos para o mercado
editorial brasileiro.
Tony 19: Que artistas participam desse projeto e a quanto tempo ele existe?
Potyguara: Outra resposta difícil de lhe dar com precisão, pois
teria que sair contando no dedo. Só o FARRAZINE tem vários
colaboradores, mais foram 34 títulos e mais de 20 autores,
fora os colaboradores diretos e indiretos de cada título.
E esse foi o ano zero. O marco da nova fase da República
dos Quadrinhos.
teria que sair contando no dedo. Só o FARRAZINE tem vários
colaboradores, mais foram 34 títulos e mais de 20 autores,
fora os colaboradores diretos e indiretos de cada título.
E esse foi o ano zero. O marco da nova fase da República
dos Quadrinhos.
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(Gilímeros), mestre em desenhar mulheres super sensuais.
Você tem notícias dele ou algum contato com ele?
Você tem notícias dele ou algum contato com ele?
Potyguara: Não. Dos membros do Grupheq sou mais próximo
apenas de Luiz Élson que trabalha comigo. Mas conheço e
converso online ou em encontros eventuias com o Marcio
Coelho e o Ivan Cabral. Admiro muito o talento do Gilvan,
mas só esbarrei com ele duas vezes rapidamente.
apenas de Luiz Élson que trabalha comigo. Mas conheço e
converso online ou em encontros eventuias com o Marcio
Coelho e o Ivan Cabral. Admiro muito o talento do Gilvan,
mas só esbarrei com ele duas vezes rapidamente.
Tony 19: Mestre Poty, o professor José Potiguar, dá pra falar sobre ele?
Quem foi ele? O que ele fez em prol das HQs, na região, etc...
viu como estou bem informado? Meus espiões não são fracos, não... (Rsss...).
Quem foi ele? O que ele fez em prol das HQs, na região, etc...
viu como estou bem informado? Meus espiões não são fracos, não... (Rsss...).
Potyguara: É. Mas você me chamou de Mestre Poty , o título é dele.
Só que ele não tem o “Y” é de Potiguar, mesmo. José Potiguar
foi o primeiro cartunista regular de um periódico no estado, não
foi o primeiro ilustrador, como muitos erroneamente reproduzem .
João da Escócia (xilogravuras no século XIX) e o Erasmo de
Xavier (década de 20 do século passado) são nossos precursores
de fato na mídia impressa. Agora, Poti é um marco pela
longevidade (começou em 1950), foram quase quatro décadas
fazendo charges, tiras (esse sim é mérito exclusivo seu)
e passatempos para os principais jornais da capital, sem
no entanto receber um centavo sequer por sua obra.
Tá certo que isso lhe rendeu alguns serviços na área de
publicidade, mas mesmo assim, não teve o reconhecimento
devido, pelo menos até a gente aparecer na área.
Agora, Poti, não foi um formador de novos talentos, nem
liderança artística local. Os quadrinhos de fato e de direito
passam a existir e a formar novas gerações de quadrinistas
apenas na década de 70 com a criação do Grupheq.
Só que ele não tem o “Y” é de Potiguar, mesmo. José Potiguar
foi o primeiro cartunista regular de um periódico no estado, não
foi o primeiro ilustrador, como muitos erroneamente reproduzem .
João da Escócia (xilogravuras no século XIX) e o Erasmo de
Xavier (década de 20 do século passado) são nossos precursores
de fato na mídia impressa. Agora, Poti é um marco pela
longevidade (começou em 1950), foram quase quatro décadas
fazendo charges, tiras (esse sim é mérito exclusivo seu)
e passatempos para os principais jornais da capital, sem
no entanto receber um centavo sequer por sua obra.
Tá certo que isso lhe rendeu alguns serviços na área de
publicidade, mas mesmo assim, não teve o reconhecimento
devido, pelo menos até a gente aparecer na área.
Agora, Poti, não foi um formador de novos talentos, nem
liderança artística local. Os quadrinhos de fato e de direito
passam a existir e a formar novas gerações de quadrinistas
apenas na década de 70 com a criação do Grupheq.
Tony 20: Você já realizou projetos de HQs educativas em parceria
com o governo local?
com o governo local?
Potyguara: Tentei e como. 2010 e 2011 foram anos de seguidas e
infrutíferas visitas as lideranças política locais.
Mesmo sem o crivo e o patrocínio do poder estatal, venho
desenvolvendo o projeto “Quadrinhos na escola” que tem duas
diretrizes básicas: a lúdico-artística, voltada ao público discente e
o de capacitação de professores para a utilização das artes gráficas
como recurso didático.
infrutíferas visitas as lideranças política locais.
Mesmo sem o crivo e o patrocínio do poder estatal, venho
desenvolvendo o projeto “Quadrinhos na escola” que tem duas
diretrizes básicas: a lúdico-artística, voltada ao público discente e
o de capacitação de professores para a utilização das artes gráficas
como recurso didático.
Tony 21: O Troféu Mestre Poty, era um dos grandes projeto da ABAS
(para 2009), para homenagear os artista locais, OK?
Vocês conseguiram viabilizá-lo na época? Ele ainda existe?
(para 2009), para homenagear os artista locais, OK?
Vocês conseguiram viabilizá-lo na época? Ele ainda existe?
Potyguara: Foi lançado em 2009 a votação, mas a premiação ocorreu no ano seguinte. Ocorreram duas premiações, portanto e “acabou-se o que era doce”. Produzir uma premiação para quem não merece ou valoriza, pra que?.Nos dois anos houve homenageados que não compareceram. Agora sei por que a galera só deixa prahomenagear o povo depois de morto...pra evitar o estresse!
Tony 22: Como vocês elegiam os artistas para receber o Prêmio mestre Poty?
Potyguara: Em duas etapas. A primeira online. Por e-mail ou por
uma enquete com o nome de tudo que aconteceu ou foi lançado
no estado e que era disponibilizado para o pessoal votar.
Antes divulgávamos o “Voto Consciente”, uma resenha sobre
os indicados ou links para se ter acesso as obras ou a
maiores informações dos participantes.Os 3 mais lembrados
eram encaminhados para a decisão de um Júri de convidados
da área. EM sua última edição a comissão julgadora foi
composta pelo cartunista carioca, radiado em natal, BRUM;
o mineiro MATHEUS MOURA (Bigorna, A-3) e
MOACIR TORRES (EMT, Turma do Gabi)... presença!
uma enquete com o nome de tudo que aconteceu ou foi lançado
no estado e que era disponibilizado para o pessoal votar.
Antes divulgávamos o “Voto Consciente”, uma resenha sobre
os indicados ou links para se ter acesso as obras ou a
maiores informações dos participantes.Os 3 mais lembrados
eram encaminhados para a decisão de um Júri de convidados
da área. EM sua última edição a comissão julgadora foi
composta pelo cartunista carioca, radiado em natal, BRUM;
o mineiro MATHEUS MOURA (Bigorna, A-3) e
MOACIR TORRES (EMT, Turma do Gabi)... presença!
Tony 23: No tempo da extinta Grafipar (de Curitiba), houve uma grande
representatividade de autores da região nordeste nos produtos editoriais
do país. Esse movimento, se não me engano, foi conduzido pelo
bengala friend e grande escriba Watson Portella. Acho que nunca mais
o país viu acontecer algo similar. Na sua opinião, porque não vimos
mais essa gente de talento publicando suas HQs nas editoras
da região sudeste?
representatividade de autores da região nordeste nos produtos editoriais
do país. Esse movimento, se não me engano, foi conduzido pelo
bengala friend e grande escriba Watson Portella. Acho que nunca mais
o país viu acontecer algo similar. Na sua opinião, porque não vimos
mais essa gente de talento publicando suas HQs nas editoras
da região sudeste?
Potyguara: Por falta de iniciativa própria. A pouco bati um papo
com o Flavio Luiz “O CABRA – AÚ” da Silva, onde ele me
confidenciou que a sua carreira só deslanchou depois que
resolveu mudar os ares de Salvador por S. Paulo.
Com as facilidades da net, não precisamos ser tão audacioso,
mas participar do circuito nacional de eventos pra expor
seu trabalho, pra conhcer gente.
Afinal tem muito brasileiro contribuindo paro o exterior
sem sair de sua cidade de origem.Agora ficar em casa chocando
e reclamando da vida, fio... Acomodação!
Não tenho outra explicação.
com o Flavio Luiz “O CABRA – AÚ” da Silva, onde ele me
confidenciou que a sua carreira só deslanchou depois que
resolveu mudar os ares de Salvador por S. Paulo.
Com as facilidades da net, não precisamos ser tão audacioso,
mas participar do circuito nacional de eventos pra expor
seu trabalho, pra conhcer gente.
Afinal tem muito brasileiro contribuindo paro o exterior
sem sair de sua cidade de origem.Agora ficar em casa chocando
e reclamando da vida, fio... Acomodação!
Não tenho outra explicação.
Tony 24: O que você anda fazendo ultimamente, agitado bengala friend?
Essa informação minha rede de espionagem não me forneceu dados (Rsss...)...
Essa informação minha rede de espionagem não me forneceu dados (Rsss...)...
Potyguara: Agora depois do “Agosto pra tudo”, relaxar e recarregar
as baterias e me preparar para os eventos de quadrinhos
que vem por aí, citados anteriormente. Já existem 3 roteiros
prontos para o próximo título de Carcará (2012) e vou tentar
me superar pra levar algo para vender no FIQ!
as baterias e me preparar para os eventos de quadrinhos
que vem por aí, citados anteriormente. Já existem 3 roteiros
prontos para o próximo título de Carcará (2012) e vou tentar
me superar pra levar algo para vender no FIQ!
Tony 25: Essas publicações independentes, que você costuma lançar,
são destinadas a qual tipo de público? Adulto, infantil, jovens?
Como elas são comercializadas?
são destinadas a qual tipo de público? Adulto, infantil, jovens?
Como elas são comercializadas?
Tiras\Gaijin |
Potyguara: Todos os gostos, idades e credos. O material virtual
não são comercializadas, só os impresso. O virtual tem um
alcance maior, dá uma maior visibilidade ao seu trabalho e é um
bom termômetro do que pode vir a funcionar em bancas
ou livrarias. Carcará com já mencionei, foi lançado
inicialmente online antes de ser impresso. E isso em nada
comprometeu as vendas.
não são comercializadas, só os impresso. O virtual tem um
alcance maior, dá uma maior visibilidade ao seu trabalho e é um
bom termômetro do que pode vir a funcionar em bancas
ou livrarias. Carcará com já mencionei, foi lançado
inicialmente online antes de ser impresso. E isso em nada
comprometeu as vendas.
Tony 26: Nessa nova leva de produtos há autores de diversas partes do país, ou apenas autores potiguas? |
Potyguara: PA, RN, PB,PI, CE, BA, RJ, SP, MG,PR, RJ, DF e do
exterior EVARSITO OMIDO (brasileiro residente no Japão).
Se municipalizar, aí o nº expande ainda mais.
exterior EVARSITO OMIDO (brasileiro residente no Japão).
Se municipalizar, aí o nº expande ainda mais.
Tony 27: Ô loco!!! Tem nego de tudo quanto é estado brasileiro e
até do Japão? Sensacional! Graças a Deus, atualmente, há muitos
movimentos independentes em prol da Histórias em
Quadrinhos por todo o país. Qual é a sua opinião sobre eles?
até do Japão? Sensacional! Graças a Deus, atualmente, há muitos
movimentos independentes em prol da Histórias em
Quadrinhos por todo o país. Qual é a sua opinião sobre eles?
Potyguara: Admiro muito. Sou fã da organização e da união dos
vizinhos mais próximos: cearenses, paraibanos e pernambucanos.
E por isso me entristeço em perceber como o pessoal daqui tem
uma visão amadorística e nenhum espírito de irmandade ou
pelo menos de uma competitividade sadia e cordial.
O ideal da ABAS era exatamente de criar uma confederação
desses núcleos já existentes, para podermos lutar por
politicas públicas que favorecessem a produção da HQB.
vizinhos mais próximos: cearenses, paraibanos e pernambucanos.
E por isso me entristeço em perceber como o pessoal daqui tem
uma visão amadorística e nenhum espírito de irmandade ou
pelo menos de uma competitividade sadia e cordial.
O ideal da ABAS era exatamente de criar uma confederação
desses núcleos já existentes, para podermos lutar por
politicas públicas que favorecessem a produção da HQB.
Tony 28: Você consegue ganhar dinheiro fazendo HQs ou editando produtos?
Potyguara: Os quadrinhos não são a minha principal fonte de renda.
Sou educador e designer, dai sai a minha receita.
Mas as publicações impressas vendem sim ou você acha que
eu tiraria dos meu “vasto salário” de educador recursos para
sair doando minhas edições aos pobres?! eheheh!
Carcará teve uma aceitação muito boa (fora de Natal) o
que me animou a investir mais nessa carreira. Agora eu não
misturo as coisas, o que vem dos quadrinhos volta para
os quadrinhos. Já tive o retorno integral do investimento
inicial em minha primeira publicação. Como já foi paga,
agora o que esta entrando será convertido na próxima.
Sou educador e designer, dai sai a minha receita.
Mas as publicações impressas vendem sim ou você acha que
eu tiraria dos meu “vasto salário” de educador recursos para
sair doando minhas edições aos pobres?! eheheh!
Carcará teve uma aceitação muito boa (fora de Natal) o
que me animou a investir mais nessa carreira. Agora eu não
misturo as coisas, o que vem dos quadrinhos volta para
os quadrinhos. Já tive o retorno integral do investimento
inicial em minha primeira publicação. Como já foi paga,
agora o que esta entrando será convertido na próxima.
Tony 29: As vendas em bancas caíram bruscamente em todo o mundo e
se fala muito em Webcomics. Na sua opinião, esta será a nova forma de
comercializar quadrinhos? As revistas impressas tendem a desaparecer?
se fala muito em Webcomics. Na sua opinião, esta será a nova forma de
comercializar quadrinhos? As revistas impressas tendem a desaparecer?
Ao lado do governador Iberê |
distintos. Quando essas ferramentas se tornarem mais acessíveis
ao grande público, acho que seáalgo natural que ocorra.
Mais vai demorar bastante e ambos devem coexistir numa
boa por um longo tempo. Agora o futuro aponta nessa direção
quem não se atualizar se trumbicará. Mas sempre haverá
os bengalas boys para consumirem as versões impressas
e bolorentas dos sebos. Humm....que estrannha sensação
de DEJAVU? Acho que também fiz essa mesma pergunta
ao Flavio Luiz, heheehhehe...
Tony 30: - Um sonho?
Potyguara: Vários! Mas só se for os de recheio de baunilha.
Os de leite condensado e goiaba, não curto não...
Os de leite condensado e goiaba, não curto não...
Tony 31: Uma frustração?
Potyguara: Descobri recentemente que não sou imortal... que
merda! E os meus planos para 3015?!
merda! E os meus planos para 3015?!
Tony 32: Planos para o futuro, na área profissional?
Potyguara: Publicar, publicar e publicar. E ganhar $$$!
Reconhecimento é bom, mas não paga as contas no final
do mês, ehheehhh!
Reconhecimento é bom, mas não paga as contas no final
do mês, ehheehhh!
Tony 33: Caro, bengala boy friend, foi um prazer trocar idéias contigo e
assim poder divulgar o trabalho que você realiza aí na sua região.
Parabéns. Deixa aí, antes de encerrarmos, seu e-mail, site, blog, etc.
E, também, dá uma dica para aqueles que desejam participar dos seus
inúmeros projetos. Pergunto: Aqueles que colaboram em suas
edições, são remunerados?
assim poder divulgar o trabalho que você realiza aí na sua região.
Parabéns. Deixa aí, antes de encerrarmos, seu e-mail, site, blog, etc.
E, também, dá uma dica para aqueles que desejam participar dos seus
inúmeros projetos. Pergunto: Aqueles que colaboram em suas
edições, são remunerados?
Potyguara: betopotyguara@gmail.com (pessoal); para colaborar
ou para divulgarmos algum evento em nosso portal: rquadrinhos@gmail.com
ou para divulgarmos algum evento em nosso portal: rquadrinhos@gmail.com
Portal: rquadrinhos.blogspot.com
Quem quiser publicar algo envie para esses e-mails aí, que
teremos o maior prazer e atraso em lhe responder, hehehehe!
teremos o maior prazer e atraso em lhe responder, hehehehe!
Tony 34: Muito sucesso, Betão, e que todos os seus sonhos virem realidade!
Tá valendo, um hiper mano amplexo, pra você e pra todos
os seus colaboradores....
Tá valendo, um hiper mano amplexo, pra você e pra todos
os seus colaboradores....
Potyguara: Cara, 33 é a idade de CRISTO? Passamos dela e
chegamos na sua pergunta de número 34. Isso foi uma
entrevista ou um interrogatório do DOI-CODE?
Tony 35: Defina-a como quiser... (Rsss..). Mas, o DOI-CODE era um
órgão repressivo do tempo em que o militarismo imperava no Brasil.
Muita gente morreu nessa época terrível ou foi pro pau-de-arara,
pra ser torturado. Não chego a tanto... (Rsss...).
Potyguara: Hehheehh! Brincadeiras à parte, curti demais.
E só parei na última e tem gente que não consegue dar uma
inteira. Olha aí, respondi 33 perguntas sua sem sair de cima
da cadeira e de frente do monitor. Em Natal, são 02h 15m ,
heheheh. Abração, Tony. E tudo de bom para você e ao
seu público maravilhoso! Fiquem com a paz de Deus!
Fiquei muito lisonjeado com o convite e espero ter
correspondido as expectativas! Agora pra terminar me
elucide uma questão: por que ficou me chamando
de “bengala boy”? Algum dos seus espiões andou
me “brechando” na hora do banho, foi? Ehheehheheeh!
Tony: "Brechando?" Eita! Arre égua!Oxiii! (Rsss...). Se isto, "bichin",
quer dizer espiando, como dizemos por aqui no sudeste, pode
chegamos na sua pergunta de número 34. Isso foi uma
entrevista ou um interrogatório do DOI-CODE?
Tony 35: Defina-a como quiser... (Rsss..). Mas, o DOI-CODE era um
órgão repressivo do tempo em que o militarismo imperava no Brasil.
Muita gente morreu nessa época terrível ou foi pro pau-de-arara,
pra ser torturado. Não chego a tanto... (Rsss...).
Potyguara: Hehheehh! Brincadeiras à parte, curti demais.
E só parei na última e tem gente que não consegue dar uma
inteira. Olha aí, respondi 33 perguntas sua sem sair de cima
da cadeira e de frente do monitor. Em Natal, são 02h 15m ,
heheheh. Abração, Tony. E tudo de bom para você e ao
seu público maravilhoso! Fiquem com a paz de Deus!
Fiquei muito lisonjeado com o convite e espero ter
correspondido as expectativas! Agora pra terminar me
elucide uma questão: por que ficou me chamando
de “bengala boy”? Algum dos seus espiões andou
me “brechando” na hora do banho, foi? Ehheehheheeh!
Tony: "Brechando?" Eita! Arre égua!Oxiii! (Rsss...). Se isto, "bichin",
quer dizer espiando, como dizemos por aqui no sudeste, pode
ter certeza que sim... Explicando melhor, Betão: “Bengalas Boys” é
um termo carinhoso que encontrei para se referir a nós, aqueles que
já passaram dos 40 anos de idade e que ainda são aficcionados por
HQs ou saudosistas do bom e velho rock and roll; dos maravilhosos
e criativos anos 60 e 70. Na verdade, o termo surgiu há alguns anos
atrás quando eu tinha um grupo musical formado por músicos
mais velhos, que curtiam a boa música (coisa rara hoje em dia).
Tocávamos à noite e ao fecharmos com um dos clubes ou casas
noturnas o dono me disse: “Cara, precisamos fazer um cartaz
anunciando o show da banda. Qual é nome da banda?”
Não tínhamos um nome definido do grupo musical.
Tocávamos por pura paixão e farra,s em grandes pretensões
musicais. Então, pensei e disse: “Coloca aí Bengalas Boys,
só tem gente de idade no grupo, mesmo.” E não é que a coisa pegou?
(Rsss...). Durante muito tempo tocamos usando esse “nome estranho”,
como diziam os nossos fãs e seguidores da época.
"Mil anos" depois, comecei a navegar pelo Orkut, que é constituído
em grande parte por adolescentes. Ao descobrir o Facebook
encontrei nele pessoas de mais idade, como: Dom Alavares
(De La Mancha), Sir Lancelott, Marcelino, Duke/Jãoeine e outros
caras da minha faixa etária. Daí sai com este papo de confraria
dos Bengalas Boys Club (gente experiente, mais vivida e
tarada por HQs). E não é que a coisa penou mesmo? (Rsss...).
Em geral, o pessoal não entende muito quando ouve nós usando
o termo “Bengalas Boys”, ou seja, os Bengalas = coroas, velhos;
boys = rapazes, meninos. Ou seja: os velhos que ainda são meninos
ou rapazes. Em síntese: os “coroas” que ainda têm o espírito
jovem, bengala friend.
um termo carinhoso que encontrei para se referir a nós, aqueles que
já passaram dos 40 anos de idade e que ainda são aficcionados por
HQs ou saudosistas do bom e velho rock and roll; dos maravilhosos
e criativos anos 60 e 70. Na verdade, o termo surgiu há alguns anos
atrás quando eu tinha um grupo musical formado por músicos
mais velhos, que curtiam a boa música (coisa rara hoje em dia).
Tocávamos à noite e ao fecharmos com um dos clubes ou casas
noturnas o dono me disse: “Cara, precisamos fazer um cartaz
anunciando o show da banda. Qual é nome da banda?”
Não tínhamos um nome definido do grupo musical.
Tocávamos por pura paixão e farra,s em grandes pretensões
musicais. Então, pensei e disse: “Coloca aí Bengalas Boys,
só tem gente de idade no grupo, mesmo.” E não é que a coisa pegou?
(Rsss...). Durante muito tempo tocamos usando esse “nome estranho”,
como diziam os nossos fãs e seguidores da época.
"Mil anos" depois, comecei a navegar pelo Orkut, que é constituído
em grande parte por adolescentes. Ao descobrir o Facebook
encontrei nele pessoas de mais idade, como: Dom Alavares
(De La Mancha), Sir Lancelott, Marcelino, Duke/Jãoeine e outros
caras da minha faixa etária. Daí sai com este papo de confraria
dos Bengalas Boys Club (gente experiente, mais vivida e
tarada por HQs). E não é que a coisa penou mesmo? (Rsss...).
Em geral, o pessoal não entende muito quando ouve nós usando
o termo “Bengalas Boys”, ou seja, os Bengalas = coroas, velhos;
boys = rapazes, meninos. Ou seja: os velhos que ainda são meninos
ou rapazes. Em síntese: os “coroas” que ainda têm o espírito
jovem, bengala friend.
Enfim, Betão, o termo não é nem uma alusão a sua – talvez - ,
bengala murcha... (Rsss...).
bengala murcha... (Rsss...).
Grande mano amplexo a todos os bengalas boys friends.
C'est fini, como diriam os franceses.
Fonte: Estúdio Pégasus
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