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terça-feira, 29 de julho de 2014

Imaginário! 6

   
Imaginário! 6
Editor: Henrique Magalhães
João Pessoa: Marca de Fantasia: junho 2013.203p. ISSN 2237-6933
Edição online
Baixe aqui <imaginario-6>
Por Henrique Magalhães- Marca de Fantasia
A revista Imaginário! vem cumprindo seu papel de dar vazão à produção acadêmica voltada às histórias em quadrinhos e temáticas afins, como humor, ficção científica e outras expressões da Cultura Pop ligadas à representação imagética. Por suas páginas passam reflexões balizadas de Doutores, Mestres, pós-graduandos e mesmo graduandos de todo o país, que contribuem para o enriquecimento das artes.

Na sexta edição prestamos homenagem à jovem cartunista e ilustradora paraibana Luyse Costa, com o perfil apresentado por Paloma Diniz. É de Paloma também a capa, trabalhada sobre a obra de Luyse. Atualmente radicada em São Paulo, Luyse é historiadora e tem se dedicado a criar biografias em quadrinhos, dentre as quais a de Anchieta e a da poetisa paraibana Anayde Beiriz.
Fábio Tavares, que lançou recentemente o livro História em Quadrinhos no ensino de Artes Visuais, pela Marca de Fantasia, faz artigo baseado nessa obra, em que apresenta as Histórias em Quadrinhos como uma linguagem artística das Artes Visuais, e como tal devem ser experimentadas nas relações de ensino/aprendizagens das Artes Visuais em todos os níveis da educação básica. Desse modo, considera importante dar lugar à leitura e experimentação de sua linguagem dentro dos cursos de graduação em Artes Visuais.
No artigo Interdiscursividade em The Lost Canvas Gaiden: inovações ou continuidade? Amaro Braga e Mariana Petróvana apresentam uma análise, a partir da noção bakhtiniana de interdiscursividade, do mangá The Lost Canvas Gaiden, avaliando seu processo criativo quanto às continuidades e inovações no roteiro temático e na produção de desenhos, requadros, arte-finalização entre outros elementos estéticos em relação à versão clássica.
Thiago Vasconcellos Modenesi traz o estudo As charges educando no Segundo Reinado do Império Brasileiro, em que aborda a formação da corrente abolicionista no contexto do Segundo Reinado do Império Brasileiro. Para fazê-lo apoiou-se no que se conhece sobre a escola pública da época, que era voltada para a minoria, continuando a maior parte da população analfabeta.
Educação e publicações independentes são temas do artigo Ambiente escolar: o protagonismo do estudante com fanzines, de Carlos de Brito Lacerda. O autor observa que o trabalho didático-pedagógico em salas de aula pode contar com os fanzines para tornar os processos de aprendizagem mais atraentes e significativos, estimulando os processos dialógicos tendo os estudantes como protagonistas de seu aprendizado.
Já Marcelo Bolshaw investiga suas temáticas prediletas, a ficção científica e as séries televisivas. Ao analisar a narrativa do seriado de TV Stargate Atlantis, destaca a noção da cidade como elemento narrativo na ficção científica atual, utilizando uma combinação metodológica de hermenêutica, análise discursiva e narrativa.
A partir da obra 99 Ways to Tell a Story – exercises in style, de Matt Madden, Ricardo Jorge de Lucena Lucas faz uma instigante reflexão sobre a “narrativa quadrinística”, apontando o equívoco dessa afirmativa. Para o autor, tal termo parece ser, em alguns aspectos, inapropriado, uma vez que não faz sentido falar que se “narra” através dos quadrinhos.
Finalmente, apresentamos a resenha de Victor Souza Pinheiro sobre Ex Machina, série em quadrinhos de Brian K. Vaughan e Tony Harris. Publicada entre 2004 e 2010, a obra é emblemática entre as HQs que exploram o abalo do fatídico atentado de 11 de Setembro sobre a cultura e a sociedade norte-americana, mas sobretudo sobre uma das maiores instituições do imaginário coletivo dos Estados Unidos: o super-herói.
Com textos diversificados e interessantes, esta edição da Imaginário! mostra o quanto os estudos sobre as histórias em quadrinhos e expressões correlatas das Artes Gráficas e Visuais oferecem possibilidades infinitas de investigação e descobertas.

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