sábado, 11 de agosto de 2012

HQs nacionais para se conhecer: novidades e clássicos

Por Denilson Reis - IHQ
Sempre coloco aqui no Impulso HQ as indicações de quadrinhos nacionais que geralmente não estão nas grandes mídias sobre quadrinhos, e que são de uma qualidade extremamente ímpar. Hoje não será diferente e abaixo seguem três ótimas publicações nacionais que merecem ser observadas pelo leitor que busca uma leitura de qualidade. Confira:
Crônicas da Pindahyba: Hilton Mercadante, também conhecido como Merka, produziu um belo trabalho editado em 2010. Crônicas da Pindahyba aborda fatos históricos do Brasil do século XVII, mas de forma fictícia, dando à HQ um caráter de aventura, sem os ranços de querer ser didático.
O texto tem bastante humor e situações inusitadas, tudo bem casado com os desenhos. Merka tem um traço bastante caricatural que deixa o texto mais leve para a leitura. Também deve se destacar o trabalho de pesquisa que é bem marcante na riqueza dos detalhes dos desenhos, além das referências de texto. A publicação teve apoio do ProAc – Programa de Ação Cultural de SP. Contato: pindahyba@uol.com.br.

Apache: As histórias em quadrinhos de “western” tem uma gama de leitores há várias décadas, sendo Tex o título mais longevo e popular. Os artistas nacionais nunca se furtaram de arriscar algumas empreitadas neste estilo, sendo o mais bem sucedido Chet de Wild Portela. Contudo, o desenhista Tony Fernandes, fã de Tex, produz em seu estúdio Pegasus a série Apache, que é material de leitura obrigatório para todo leitor do gênero.
Na história, Apache é uma heroína em busca de vingança. Ela, uma mestiça (branca/indígena) tem uma identidade secreta para conseguir o seu objetivo. A HQ é muito boa, e conta com a participação de personagens históricos, fruto de intensa pesquisa, envolvendo o leitor pela trama bem elaborada. Cada revista vem com 52 páginas no formato A5 com capa colorida e miolo p&b. Contato: tonypegasus@bol.com.br.
Drácula: Nos anos 1950, uma Lei Federal baniu os quadrinhos de terror das bancas dos EUA. O material publicado por lá chegava aqui e tinha uma legião de leitores e para suprir a falta de material importado os editores brasileiros optaram por contratar desenhistas nacionais para produzir HQ’s de terror. Um dos expoentes desta safra de desenhistas foi o italiano radicado no Brasil, Eugênio Colonnese.
Data desta época a adaptação de Drácula de Bram Stoker que Colonnese fez para a Editora Taika com toda sua qualidade de desenho em P&B. Em 2010, a Editora Escala trouxe novamente esta obra às bancas, em uma edição revisada e transformando uma obra em p&b em colorida, usando os novos recursos de colorização por computador. Com essa iniciativa ganharam os novos leitores, que não tiveram acesso a HQ original, e os colecionadores, que puderam ver um clássico dos quadrinhos em P&B, agora colorido.
Ilustração do Drácula: Ronilson Caetano Leal (SP)

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