Por Zine Brasil
Segundo informações do site Divirta-se, até o dia 30 de Dezembro estão em exposição na Casa dos Quadrinhos(Avenida João Pinheiro, 277, Centro, (31)3224-0040) o acervo de originais pertencentes à escola e aos professores que lá trabalham. “As joias da nossa coleção estão na mostra”, garante o curador Cristiano Seixas. São 31 desenhos de 28 artistas – cartunistas brasileiros, norte-americanos e europeus. A coleção, que reúne cerca de 200 imagens, vem sendo formada desde o fim dos anos 1990, por meio da troca de obras ou da compra de trabalhos. Várias imagens vieram do álbum da própria Casa dos Quadrinhos, cujas páginas receberam desenhos de craques durante convenções do setor.
A exposição nasceu da observação de que, a partir da impressão digital, deixou saudades a época em que os originais podiam ser apreciados de perto. Seixas explica que o outro objetivo dos organizadores é mostrar que o trabalho de desenhistas mineiros tem o mesmo padrão de qualidade daquele feito por europeus ou norte-americanos. “Com os desenhos reunidos, não dá para separar quem é do interior de Minas e quem mora na Europa”, garante o curador.
A insegurança em relação ao próprio trabalho, constata Seixas, paralisou gente talentosa, fazendo com que a produtividade seja pequena. Esse comportamento pode mudar com iniciativas que estimulem os criadores. “O nível do que está exposto é fruto da persistência dos artistas e do fato de eles estarem sempre produzindo”, explica.
Há preciosidades expostas na Casa dos Quadrinhos, como duas páginas de Steve Dillon, que desenhou a revista Preacher, publicação da respeitada editora americana Vertigo; um trabalho de Bill Sienkiewicz, conceituado autor dos anos 1980; ou desenho de Mike Mignola, o criador do Hell Boy.
Outro objetivo da mostra é aproximar o universo da HQ do público. “Muitos jovens acham que é sonho inatingível chegar ao nível de grandes mestres dos quadrinhos. Essa exposição comprova que é possível”, garante Cristiano Seixas.
Mérito dos artistas que expõem em BH, ressalta Seixas, é o fato de terem conseguido, com muito trabalho, criar linguagem visual própria. Ele avisa: na mostra não há apenas virtuoses no desenho, aspecto muito valorizado nos Estados Unidos, mas gente que, fugindo desse aspecto, exibe traço muito elegante. Exemplo disso é a obra do francês Jean Giraud, conhecido como Moebius.
Prata da casa
Desenhistas brasileiros marcam presença no circuito internacional como integrantes de equipes de longas-metragens de animação e gibis. Os mineiros também se destacam nesse contexto. Entre os trabalhos expostos na Casa de Quadrinhos estão obras de autores que moram em Belo Horizonte e têm desenhado para publicações de circulação internacional: Will Conrad (X-Men), Eduardo Pansica (Mulher Maravilha) e Cris Bolson (Danger Girl).
MOSTRA DE HQS ORIGINAIS
• Trabalhos de Tim Sale, Moebius (Jean Giraud), Mike Mignola, Carlos Fonseca, Júlio Ferreira, Flávio Luiz, Phil Jimenez, Ivan Reis, Marcelo Campos, Guilherme Balbi, Lourenço Mutarelli, Geof Darrow, Tim Holtrop, Steve Dillon, Sidney Teles, Will Conrad, Rodney Buchemi, Cris Bolson, Eduardo Pansica, Joe Bennett, Barry Windsor-Smith, Cliff Richards, Ig Guará, Bill Sienkiewicz, Klaus Janson, Nitro (Newton Rocha) Cris Seixas, John Buscema, Flávio Colin, Luciano Irrthum e Weberson Santiago.
• Casa dos Quadrinhos, Avenida João Pinheiro, 277, Centro, (31)3224-0040. De segunda a sexta-feira, das 9h às 21h; sábado, das 12h às 17h. Até dia 30. Entrada franca.
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