domingo, 4 de dezembro de 2011

O Melhor do Quarteto Fantástico


Por Fernando Piccolo - Fanboy

Apesar de criado como um contra-ataque da Marvel ao sucesso da Liga da Justiça, o Quarteto Fantástico muito pouco tem a ver com um gibi de grupo de super-heróis convencional. Sem prejuízo das grandes aventuras que o grupo já teve em mais de 500 edições, a revista sempre se caracterizou por apresentar novos conceitos e idéias, algumas delas de fazer inveja aos grandes escritores de ficção científica.
A Fantástica Saga do Surfista Prateado.
Pessoalmente, esse sentido de ?novidade? foi o que sempre me chamou a atenção no título, desde pequeno. Seres bizarros, lugares inóspitos, heróis, vilões, a cada edição, uma surpresa, uma inovação, e sempre aquela ansiedade de ?onde eles vão agora?? até a chegada da próxima edição. Nos dizeres do texto introdutório do grupo, ?uma equipe ? e uma família ? de aventureiros, exploradores e imaginautas, o Quarteto Fantástico vive um dia-a-dia tanto comum quanto extraordinário.? E as aventuras abaixo são, de fato, extraordinárias:
A FANTÁSTICA SAGA DO SURFISTA PRATEADO
(originalmente em Fantastic Four #48-50 ? no Brasil em Heróis da TV #58/59 e Origens dos Super-Heróis Marvel #4, Abril)
Por que é legal? ?Que eles enfrentem Deus!? Essa teria sido a ordem na Marvel Comics quando se decidia o próximo adversário do Quarteto em sua revista mensal. E o que Lee e Kirby fizeram foi apresentar um dos melhores conceitos dos quadrinhos em todos os tempos. Uma história apocalíptica, onde o Quarteto não tem como vencer. Só não contavam com a humanidade esquecida do Surfista Prateado.
O ARAUTO DO APOCALIPSE
(originalmente em Fantastic Four #120-123 ? no Brasil em Hulk #3-5, Abril)
Gabriel Lan, o terror que caminha no ar!
Por que é legal? E se Galactus quebrasse sua promessa de não mais retornar à Terra? E se dessa vez seu Arauto fosse tão impiedoso quanto maléfico? As respostas os leitores encontraram nessas histórias hoje praticamente esquecidas, mas que se enquadram como uma perfeita seqüência direta da primeira aparição do Devorador de Mundos. E adivinha quem salva o dia?
BATALHA NO EDIFÍCIO BAXTER
(originalmente em Fantastic Four #130 ? no Brasil em Hulk #13, Abril)
Por que é legal? Essa edição mostra duas das maiores derrotas do Quarteto Fantástico. Uma para o recém-formado do Quarteto Terrível. A outra, para o casamento de Reed e Sue Richards. Qual seria a pior?
O ATAQUE DO ANIQUILADOR

(originalmente em Fantastic Four #140/141 ? no Brasil em Hulk #17, Abril)

Por que é legal? As coisas já não iam bem. Quando o Aniquilador consegue escapar da Zona Negativa mais uma vez e invade o Edifício Baxter, tudo parecia se encaminhar para mais um quebra-pau entre o Coisa e o vilão. Mas acordaram Franklin Richards e o inesperado final marcou para sempre a equipe.
Super-Homem?
A GRANDE JORNADA
(originalmente em Fantastic Four # 209-214 ? no Brasil em Grandes Heróis Marvel #12, Abril)
Por que é legal? Sim, eu estou trapaceando. Sim, eu estou disfarçando arcos inteiros como histórias, só para colocá-los na lista. Mas não, não estou mentindo. A Abril realmente conseguiu resumir 6 edições americanas em apenas 84 páginas. Se lamentamos a quantidade absurda de páginas cortadas, podemos comemorar tranqüilamente essa que é uma das melhores aventuras com o Quarteto, lutando pela própria sobrevivência. E eles perdem.
SUPER-HOMEM
(originalmente em Fantastic Four # 249/250, no Brasil em Grandes Heróis Marvel #19, Abril; e em Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico #3, Panini)
Por que é legal? Primeiro temos que deixar claro: John Byrne mandou muitíssimo bem em seus cinco anos à frente do título. Dava pra fazer umas quatro listas de ?melhores? só com o trabalho do cara. Mas aqui temos uma baita aventura, com ação ininterrupta desde a primeira página, convidados especiais e talvez a resposta para como seria um confronto entre os pioneiros do Universo Marvel e o pioneiro dos quadrinhos de super-herói. Vocês sabem de quem eu estou falando, né?
Força Oculta.
FORÇA OCULTA
(originalmente em Fantastic Four # 234, no Brasil em Homem-Aranha #47, Abril; e em Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico #1, Panini)
Por que é legal? ?Alguns nascem grandes, alguns alcançam a grandeza, e alguns tem a grandeza dentro de si.? ? esse é o mote de L.R. Collins, um homem comum, que não imagina ser detentor de um poder capaz de mudar o mundo. E como o Quarteto Fantástico pode deter uma ameaça que não tem noção que é uma ameaça?
DEVE A TERRA VIVER? / COMO SALVAMOS GALACTUS
(originalmente em Fantastic Four #243/244, no Brasil em Homem Aranha #54/55 e Marvel Saga #2, Abril; e em Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico #2, Panini)
Por que é legal? E eles venceram Galactus. Mas o que seria a grande oportunidade de livrar o universo de uma ameaça sem limites acaba se tornando uma busca desesperada para salvar uma vida, e o sacrifício de um ente querido. Inesquecível.
O Quarteto Fantástico encontra o ?Criador?.
UMA PEQUENA PERDA
(originalmente em Fantastic Four #267, no Brasil em Homem-Aranha #73, Abril)
Por que é legal? A gravidez de Sue Richards está em risco. Mãe e bebê podem não sobreviver. As maiores mentes do planeta estão reunidas buscando uma solução, mas a resposta depende de apenas uma: a de Otto Octavius. A conclusão não é aquilo que se espera e a página final é uma das mais chocantes de todos os tempos.
PÓS VIDA
(originalmente em Fantastic Four #511, no Brasil em Universo Marvel #3, Panini)
Por que é legal? Reed Richards abandonou a razão. Para trazer de volta dos mortos seu amigo Ben Grimm, o Coisa, decidiu invadir o além e enfrentar quem quer que seja. O inevitável encontro do Quarteto Fantástico com o ?Criador?, além de surpreendente, define o que diferencia o grupo das demais ?ligas? de heróis.

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