Por Raquel Zompero Penerari - Paratexto
As personagens femininas das histórias em quadrinhos percorreram um longo caminho na busca de autonomia e respeito por parte dos fãs. Não fazem mais parte do grupo das vítimas indefesas em apuros que precisam ser resgatadas por um super-herói. Garotas frágeis e delicadas abriram espaço a mulheres maduras, corajosas, independentes, às vezes politicamente incorretas e, capazes de salvar o mocinho no final. Essa mudança de atitude começou por volta de 1920 quando as mulheres norte-americanas ganharam o direito de participar nas decisões políticas por meio do voto e evidenciaram-se no mercado de trabalho. No entanto, um pouco antes, em dezembro de 1912, a personagem 'Polly and her Pals', criada por Cliff Sterrett, começou a aparecer em tiras diárias refletindo atitudes liberais, o que incomodava alguns da sociedade. As ações da garota emanavam uma certa rebeldia, mesmo fora de época. Em 1929 Dale Messick e Mollie Slott criaram a personagem 'Brenda Starr', uma jornalista decidida e independente, extrovertida que mesmo sem super poderes (escassos na época) resolvia sozinha boa parte dos problemas comuns à imprensa. Vale lembrar que 'Brenda Starr' foi criada e desenhada por Delia Messick, uma mulher que usava o pseudônimo masculino (Dale Messick) devido ao preconceito existente na indústria da época.
Mais tarde, na década de 90 essa personagem ganhou uma versão cinematográfica que recebeu o mesmo nome e que foi interpretada pela atriz Brook Shields. 'Betty Boop' começou a aparecer nos quadrinhos em 1931, entretanto não durou muito devido à atitude levemente erótica da personagem que ofendia os moralistas. Na década de 40 surgem as super heroínas, mulheres que combatem o crime usando salto alto, maquiagem e uniformes apertadíssimos. A primeira a ganhar uma revista própria e ser a protagonista das histórias foi a 'Mulher Maravilha', criada por William Moulton Marston. A personagem que aparecia inicialmente como uma versão feminina do Super Homem foi reformulada em 1986 com base na lenda grega das Amazonas. A princesa Diana, criada no refúgio de Themyscira a partir do barro, filha de Hipólita, partiu para o mundo dos homens a fim de por meio de sua coragem e sabedoria ajudar os necessitados. A personagem ganhou nos anos 60 um seriado estrelado por Linda Carter. A beleza, bondade e o caráter da super heroína levaram ao surgimento de inúmeras outras personagens como 'Mulher Invisível' (1961) desenvolvida por Jack Kirby e Stan Lee, 'Barbarella' (1962), de Jean Claude Forest, 'Batmoça' (1967) criada Danny O´Neil e outras. Todas essas personagens se tornaram tão importantes que agradaram os fãs da sétima arte. A Segunda Guerra Mundial serviu como ímpeto para a entrada das personagens femininas no mundo da HQ.
Homens dedicavam-se na luta por sua pátria e as mulheres não deixaram de participar nos combates, mesmo que indiretamente. Os super heróis eram o reflexo da luta desses homens e as super heroínas refletiam a participação feminina. No entanto, houve uma estagnação na evolução das personagens femininas nessa época devido à depressão pós-guerra nos EUA. Mulheres fortes, robustas e más, as chamadas vilãs, foram surgindo cada vez mais, ocupando assim um espaço importante nos quadrinhos. Podemos citar entre elas a 'Mulher Gato', que ganhou fama da década de 60 devido ao seriado estrelado por Adam West e Burt Ward como 'Batman & Robin' e que, no papel da vilã atuava a sensual Julie Newmar; a brasileira 'Mirza, a Mulher-Vampiro', criação de Eugenio Collonese, uma marca registrada nos quadrinhos por ser uma precursora tanto no Brasil quanto no mundo e 'Encantor', deusa nórdica que buscava seduzir e enganar o poderoso 'Thor'. Com os anos 80 vieram os anti-heróis (personagens considerados “do bem”, porém com atitudes mais radicalistas) como 'Wolverine' e 'Justiceiro', e acompanhando a tendência as famosas “bad girls”, independentes, determinadas, de corpos exuberantes, usando uniformes colantes inspiradas em ícones como 'Mulher Gato' e 'Mulher Hulk' nos quadrinhos, Madonna na música e Sharon Stone no cinema. Destacam-se Jean Grey dos 'X-Men' (agora como 'Fênix'); 'Estelar', dos 'Novos Titãs'; 'Canário Negro' e 'Elektra'. A fórmula se intensificou nos anos 90 com mulheres ainda mais independentes e nem sempre ligadas a equipes de heróis como 'Glory', 'Witchblade' e 'Lady Death'.
É claro que a evolução das personagens femininas ainda não chegou ao fim. Ainda teremos muitas inovações nos quadrinhos acompanhando as mudanças sociais no mundo. Mas, por enquanto, basta dizer que elas estão aí para serem vistas, notadas e apreciadas e disto elas, com certeza, dão conta.
Mais tarde, na década de 90 essa personagem ganhou uma versão cinematográfica que recebeu o mesmo nome e que foi interpretada pela atriz Brook Shields. 'Betty Boop' começou a aparecer nos quadrinhos em 1931, entretanto não durou muito devido à atitude levemente erótica da personagem que ofendia os moralistas. Na década de 40 surgem as super heroínas, mulheres que combatem o crime usando salto alto, maquiagem e uniformes apertadíssimos. A primeira a ganhar uma revista própria e ser a protagonista das histórias foi a 'Mulher Maravilha', criada por William Moulton Marston. A personagem que aparecia inicialmente como uma versão feminina do Super Homem foi reformulada em 1986 com base na lenda grega das Amazonas. A princesa Diana, criada no refúgio de Themyscira a partir do barro, filha de Hipólita, partiu para o mundo dos homens a fim de por meio de sua coragem e sabedoria ajudar os necessitados. A personagem ganhou nos anos 60 um seriado estrelado por Linda Carter. A beleza, bondade e o caráter da super heroína levaram ao surgimento de inúmeras outras personagens como 'Mulher Invisível' (1961) desenvolvida por Jack Kirby e Stan Lee, 'Barbarella' (1962), de Jean Claude Forest, 'Batmoça' (1967) criada Danny O´Neil e outras. Todas essas personagens se tornaram tão importantes que agradaram os fãs da sétima arte. A Segunda Guerra Mundial serviu como ímpeto para a entrada das personagens femininas no mundo da HQ.
Homens dedicavam-se na luta por sua pátria e as mulheres não deixaram de participar nos combates, mesmo que indiretamente. Os super heróis eram o reflexo da luta desses homens e as super heroínas refletiam a participação feminina. No entanto, houve uma estagnação na evolução das personagens femininas nessa época devido à depressão pós-guerra nos EUA. Mulheres fortes, robustas e más, as chamadas vilãs, foram surgindo cada vez mais, ocupando assim um espaço importante nos quadrinhos. Podemos citar entre elas a 'Mulher Gato', que ganhou fama da década de 60 devido ao seriado estrelado por Adam West e Burt Ward como 'Batman & Robin' e que, no papel da vilã atuava a sensual Julie Newmar; a brasileira 'Mirza, a Mulher-Vampiro', criação de Eugenio Collonese, uma marca registrada nos quadrinhos por ser uma precursora tanto no Brasil quanto no mundo e 'Encantor', deusa nórdica que buscava seduzir e enganar o poderoso 'Thor'. Com os anos 80 vieram os anti-heróis (personagens considerados “do bem”, porém com atitudes mais radicalistas) como 'Wolverine' e 'Justiceiro', e acompanhando a tendência as famosas “bad girls”, independentes, determinadas, de corpos exuberantes, usando uniformes colantes inspiradas em ícones como 'Mulher Gato' e 'Mulher Hulk' nos quadrinhos, Madonna na música e Sharon Stone no cinema. Destacam-se Jean Grey dos 'X-Men' (agora como 'Fênix'); 'Estelar', dos 'Novos Titãs'; 'Canário Negro' e 'Elektra'. A fórmula se intensificou nos anos 90 com mulheres ainda mais independentes e nem sempre ligadas a equipes de heróis como 'Glory', 'Witchblade' e 'Lady Death'.
É claro que a evolução das personagens femininas ainda não chegou ao fim. Ainda teremos muitas inovações nos quadrinhos acompanhando as mudanças sociais no mundo. Mas, por enquanto, basta dizer que elas estão aí para serem vistas, notadas e apreciadas e disto elas, com certeza, dão conta.
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