A Era de Bronze, modernização e finalmente DC Comics!

Jack Kirby, o Rei, na DC Comics

O primeiro trabalho de Kirby na nova editora foi a edição #133 de Superman’s Pal Jimmy Olsen, de outubro de 1970. Na revista, que mostrava as aventuras de Jimmy Olsen, Kirby, logo na estréia, resgatou a Legião Jovem, criação sua junto a Joe Simon nos anos 40. Logo depois, ele criou seus próprios personagens: Os Novos Deuses. Seus personagens originais foram publicados em três novos títulos: New Gods, Forever People e Mister Miracle. Junto de Superman’s Pal Jimmy Olsen, essas revistas formavam o chamado Quarto Mundo de Kirby.
Os títulos tinham tramas interligadas, onde Kirby desenvolveu a mitologia dos Novos Deuses. Foram criações dele: Nova Gênese, Apokolips, Pai Celestial, Órion, Darkseid, Sr Milagre, Grande Barda e outros. Porém, o Quarto Mundo não se tornou o sucesso esperado pela editora, Kirby deixou as revistas, que foram canceladas. Alguns apontam como causa disso a complexidade das tramas ou até o excesso de novos conceitos. Antes de voltar para a Marvel, o Rei criou mais personagens como Kamandi, Etrigan, o Demônio,Omac e reformulou Sandman.
A Era de Bronze: Era de Modernização
Ao contrário da transição anterior de Era de Ouro para Era de Prata, a Era de Bronze começou sem que as revistas que vinham sendo publicadas tivessem sido interrompidas. Contudo, nenhuma revista entrou na Era de Bronze ao mesmo tempo.

A Era de Bronze foi marcada por modernizações na DC Comics. O Superman passou por uma

Ainda nos anos 70, as primeiras sementes para o selo Vertigo foram plantadas. Foi com o enfraquecimento do Comics Code, foram criados personagens que viriam a fazer parte do selo adulto da editora como Monstro do Pântano e outros. Até Jack Kirby deixou sementes para a Vertigo com a reformulação de Sandman. Muitos dos conceitos estabelecidos por Kirby para Starman foram usados por Neil Gaiman, como Brute e Glob, o Sandman uniformizado, etc.

Em 1975, a DC e a Marvel publicaram sua primeira publicação juntas: a adaptação do filme o Mágico de Oz. Logo depois, as duas editoras publicaram seu primeiro crossover: Homem Aranha vs. Superman, em 1975. Logo depois publicaram uma continuação deste, Batman vs Hulk e anos mais tarde X-Men & Novos Titãs.
Além desses crossovers, Superman se encontrou com Muhammad Ali.
DC Comics, finalmente!
Em resposta as vendas estrondosas da Marvel, o Publisher da DC, Carmine Infantino promoveu uma série de mudanças editoriais, desde novos formatos de HQs, como a criação de edições com 100 páginas e até renovações na logomarca. Desde 1970, a editora tinha deixado de estampar o selo “DC” nas capas e passou a exibir ícones dos principais personagens; apenas em 1973 o selo voltou, alterado, e apenas dois anos depois, mudou novamente.







A cronologia da DC, graças ao Multiverso, era uma bagunça, foi então que Marv Wolfman e George Pérez foram encarregados de botar ordem na casa com Crise nas Infinitas Terras, que comemoraria os 50 anos da editora, com a publicação da saga que é considerada a melhor de todas, pôs fim a Era de Bronze.
Algumas fontes consultadas: Torre Titã, Multiverso DC, Jack Kirby Museum, Mundo dos Super-Heróis #23-Dossiê DC 75 Anos (Editora Europa)

A Era de Prata, reformulação científica

Com HQs sobre alienígenas, dimensões paralelas e viagens no tempo, Strange Adventures se tornou um estrondoso sucesso. Em 1951, na edição de número 9 da revista foi apresentado o herói mutante Capitão Cometa, que logo se tornou um dos destaques do título, um sinal da volta, porém lenta, dos heróis.
Em 1954 chegava às livrarias dos EUA, o livro Seduction of Innocent, livro escrito pelo psicólogo Frederic Wertham, que iniciou uma verdadeira guerra contra os quadrinhos. A obra destacava a influência negativa dos quadrinhos nas crianças. Os principais gêneros de HQs acusados eram os policiais e de terror, mas nenhum gênero foi poupado. Segundo Wertham, Batman e Robin eram gays, Mulher Maravilha causava desvios sexuais e Superman era um mau exemplo, pois fazia com que crianças tentassem desafiar as leis da física tentando imitar os poderes do herói de Krypton.

Graças a tal, muitas histórias de heróis, principalmente do Batman, foram amenizadas, se tornaram infantis. O Comics Code apenas começou a perder força na década de 1960.

Um dos grandes sucessos da DC nos anos 50 era Superboy, publicado na revista Adventure Comics. Em 1958, na edição 247, estreou a Legião dos Super-Heróis, uma equipe do futuro que tinha jovens poderosos vindos dos pontos mais distantes do universo como membros. A equipe, inicialmente coadjuvantes do Superboy, se tornou um grande sucesso entre os jovens.

A década de 60 havia chegado. Os heróis, graças a National, estavam em alta novamente. Mais



No fim dos anos 1960, a era de prata chegava ao fim, a Era de Bronze surgia no horizonte.
Algumas fontes consultadas: Mundo dos Super-Heróis #23 -Dossiê DC 75 Anos (Editora Europa)
A Era de Ouro, o início de tudo
Há 75 anos, em fevereiro de 1935, era lançada nos Estados Unidos a revista, New Fun: The Big Comic Magazine 1, pela National Allied Publications, criada pelo major Malcolm Wheeler-Nicholson. Isto deu origem a mais famosa e poderosa editora de quadrinhso do mundo, a DC Comics. A editora criou um conceito inédito de aventuras fantásticas, mais brilhante, mais idealista e, principalmente, muito mais poderoso — em vários sentidos. Nascia a era dos quadrinhos estadunidenses e, com ela, o conceito de super-heróis. Casa de heróis como Superman, Batman, SJA e outros, a editora comemorou 75 anos nesse ano e agora, com um pouco de atraso (eu sei, rsrsrs), inicio o especial DC 75 Anos. Começando agora:
O início de tudo, a Era de Ouro


A revista, New Fun, publicava histórias de humor e aventura, como Pelion e Ossa, Jigger e Ginger, Jack Woods e Barry O’Neill. No sexto número houve o debut de Jerry Siegel e Joe Shuster, os futuros criadores do Superman, que iniciaram sua carreira com o mosqueteiro "Henri Duval" e sob pseudônimo de "Leger e Reuths", as aventuras do combatente sobrenatural do crime Dr. Oculto, considerado por muitos o primeiro super-herói da editora.

Em 1936, a editora do major anunciou para dezembro seu terceiro título: Detective Comics. Porém, o adiamento do lançamento do número de estréia de Detective para 1937 dava sinais que algo não ia bem para a editora de Malcolm. Encontrar um lugar no mercado era difícil. Proprietários de bancas de jornais eram relutantes em estocar material com conteúdo desconhecido do público por uma editora desconhecida. As devoluções eram altas e problemas econômicos causavam grandes atrasos entre lançamentos de novas edições. O ex-militar sofria uma grande crise financeira, tanto na vida profissional como na pessoal. A crise era tão grave que certa vez, um artista de editora chegou a dar 10 dólares para a mulher de Nicholson para que ela pudesse pagar o leiteiro, que iria cancelar a entrega de leite para os filhos pequenos do major.
Para quitar um débito com Harry Donenfeld – um publicador de pulps e um dos donos da distribuidora Independent News- Nicholson foi obrigado a aceitá-lo como sócio, apenas desta maneira poderia publicar Detective Comics #1. Com isso, foi formada a Detective Comics, Inc. registrada pelos proprietários Nicholson e Jacob “Jack” S. Liebowitz, o contador “laranja” de Donenfeld, que não estava com a documentação em ordem para assumir a empresa. Praticamente, a National, a Independent e a Detective eram a mesma editora.
Em março de 1937, Detective Comics #1 chegou nas bancas com a estréia do vilão Fu Manchu, criação de Sax Rohmer.
Existem duas versões para a saída de Malcolm da editora. Uma relata que problemas financeiros e a Grande Depressão forçaram Nicholson a vender sua parte do negócio pra Donenfeld e Liebowitz em 1937. Porém, a outra versão, como relatado pelo pesquisador Gerard Jones no livro Homens do Amanhã, afirma que no começo de 1938, Donenfeld mandou o major e sua esposa num cruzeiro pra Cuba para conseguir inspiração para novas idéias. Quando voltou Nicholson encontrou seu escritório fechado. A explicação para tal foi que durante sua ausência, Donenfeld processou-o por inadimplência e com a ajuda de seu amigo juiz, Abe Mennen, conseguiu rapidamente a venda dos ativos da National para a Independent. Com uma forma de silenciar e desejar sorte ao major, Harry vendeu ao ex-sócio uma porcentagem da revista More Fun Comics, novo nome da New Fun.
A National acabou e agora se chamava apenas Detective Comics e era propriedade de Liebowitz e Donenfeld. Em 1938, Jack Liebowitz fundou a All-American Publications junto a Maxwell Charles “Charlie” Gaines. A All-American era uma empresa-irmã da Detective, já que as duas partilhavam o mesmo logotipo e os mesmos materiais.
Então, Jerry Siegel e Joe Shuster,que já trabalhavam na National, viram a história de seu Superman, que havia sido recusada meses antes por outras editoras, virar realidade. Os criadores de Superman, Siegel e Shuster, fizeram algumas alterações em Superman, que havia aparecido em Science Fiction # 3, fanzine de Jerry Siegel (Na ocasião, o personagem era careca, telepata e mau), e o apresentaram de novo. No entanto, a HQ acabou na imensa pilha de matérias a serem analisados de um escritório de distribuição de tiras de jornais. Resgatada e apresentada ao editor Vincent “Vin” Sullivan, que comprou da dupla por uma módica quantia. Harry Donenfeld tratou de lançar na primeira edição de seu novo título, Action Comics #1 de junho de 1938, o herói Superman. Action Comics #1 foi um sucesso imediato e Superman, o primeiro dos super-heróis, deu o pontapé inicial no período conhecido como Era de Ouro.
Com o sucesso de Superman, alguns meses depois, os editores da Detective encomendaram a Bob Kane, pseudônimo de Robert Khan, um novo herói. Ao lado do escritor Bill Finger, criou o herói mascarado e sem poderes, Batman. Inicialmente, o plano de Bob era lançar Bird-Man, mas seguindo conselhos de Bill, Bird foi transformado em Batman. Estreando na edição 27 de Detective Comics, com data de maio de 1939, Batman tornou-se um estrondoso sucesso. Curiosamente, Kane apresentou a idéia do herói aos editores e acabou levando todos os créditos da criação do personagem.
A Era de Ouro dos quadrinhos havia começado. Superman, já um grande sucesso, ganhou um programa de rádio e um desenho produzido pelos estúdios de Max Fleischer na década de 1940. O sucesso no rádio e no cinema fez a circulação do herói nos quadrinhos e tiras de jornais aumentar no mundo inteiro. Na mesma década ainda surgiu Superboy e um seriado para cinema, onde o último filho de Krypton era protagonizado por Kirk Alyn.
Enquanto isso, Batman ganhava um parceiro, Robin, em Detective Comics #38 de abril de 1940. Batman logo depois ganhou uma respeitada galeria de vilões, entre eles o mais famoso foi Coringa, criado na primeira edição da revista Batman, de 1940. E mais uma revista foi publicada, World’s Finest Comics, que trazia diversos heróis da DC, mas os principais eram Superman e Batman. Curiosamente os dois só se uniriam em 1954.
A editora All-American, coligada da Detective, lançou em janeiro de 1940, Flash Comics, que apresentou heróis como o primeiro Flash, Joel Ciclone no Brasil, Gavião Negro, Johnny Trovoada, Mulher-Gavião, Canário Negro, etc. Já na Adventure Comics surgiu Homem-Hora e Starman. Enquanto em More Fun Comics estreavam Espectro, Aquaman, Sr Destino e Arqueiro Verde. Por fim, na revista All American Comics surgiram Lanterna Verde I, Átomo e Doutor Meia-Noite.
Com a intenção de promover seus diversos heróis, a editora encarregou Gardner Fox de criar uma equipe que pudesse reuni-los. Assim, em All Star Comics #3,uma edição com mais páginas que as outras publicações, publicada no inverno de 1940, surgiu a Sociedade da Justiça da América, a primeira equipe de super-heróis dos quadrinhos.
A equipe tinha como membros: Joel Ciclone, Gavião Negro, Lanterna Verde, Homem-Hora, Sandman, Átomo, Espectro, Johnny Trovoada como mascote e com o tempo, se juntariam Mulher Maravilha, Dr Meia-Noite e Starman.
A “novata” Mulher Maravilha foi criada por William Moulton Marston, psicólogo e criador
do detector de mentiras, na edição 8 de All Star Comics de dezembro de 1941.
Com a Segunda Guerra Mundial estourando, os heróis da DC Comics, entraram na guerra lutando contra as forças do eixo.
Apesar do grande sucesso da All American, Gaines e Liebowitz discordavam freqüentemente sobre os rumos da editora e como Gaines achava que com o fim da Segunda Guerra Mundial os heróis sairiam de moda, ele quis diversificar seus títulos, acabou jogando desistindo da editora e vendeu sua parte para seu sócio. A All-American acabou sendo anexada a Detective. A união dessas duas empresas formaram o que é atualmente a poderosa base da DC Comics.
Algumas fontes consultadas: Mundo dos Super-Heróis #23 - Dossiê DC Comics 75 Anos (Editora Europa); Coleção DC 75 Anos: A Era de Ouro (Editora Panini)

Existem duas versões para a saída de Malcolm da editora. Uma relata que problemas financeiros e a Grande Depressão forçaram Nicholson a vender sua parte do negócio pra Donenfeld e Liebowitz em 1937. Porém, a outra versão, como relatado pelo pesquisador Gerard Jones no livro Homens do Amanhã, afirma que no começo de 1938, Donenfeld mandou o major e sua esposa num cruzeiro pra Cuba para conseguir inspiração para novas idéias. Quando voltou Nicholson encontrou seu escritório fechado. A explicação para tal foi que durante sua ausência, Donenfeld processou-o por inadimplência e com a ajuda de seu amigo juiz, Abe Mennen, conseguiu rapidamente a venda dos ativos da National para a Independent. Com uma forma de silenciar e desejar sorte ao major, Harry vendeu ao ex-sócio uma porcentagem da revista More Fun Comics, novo nome da New Fun.
A National acabou e agora se chamava apenas Detective Comics e era propriedade de Liebowitz e Donenfeld. Em 1938, Jack Liebowitz fundou a All-American Publications junto a Maxwell Charles “Charlie” Gaines. A All-American era uma empresa-irmã da Detective, já que as duas partilhavam o mesmo logotipo e os mesmos materiais.


A Era de Ouro dos quadrinhos havia começado. Superman, já um grande sucesso, ganhou um programa de rádio e um desenho produzido pelos estúdios de Max Fleischer na década de 1940. O sucesso no rádio e no cinema fez a circulação do herói nos quadrinhos e tiras de jornais aumentar no mundo inteiro. Na mesma década ainda surgiu Superboy e um seriado para cinema, onde o último filho de Krypton era protagonizado por Kirk Alyn.

A editora All-American, coligada da Detective, lançou em janeiro de 1940, Flash Comics, que apresentou heróis como o primeiro Flash, Joel Ciclone no Brasil, Gavião Negro, Johnny Trovoada, Mulher-Gavião, Canário Negro, etc. Já na Adventure Comics surgiu Homem-Hora e Starman. Enquanto em More Fun Comics estreavam Espectro, Aquaman, Sr Destino e Arqueiro Verde. Por fim, na revista All American Comics surgiram Lanterna Verde I, Átomo e Doutor Meia-Noite.

A equipe tinha como membros: Joel Ciclone, Gavião Negro, Lanterna Verde, Homem-Hora, Sandman, Átomo, Espectro, Johnny Trovoada como mascote e com o tempo, se juntariam Mulher Maravilha, Dr Meia-Noite e Starman.
A “novata” Mulher Maravilha foi criada por William Moulton Marston, psicólogo e criador

Com a Segunda Guerra Mundial estourando, os heróis da DC Comics, entraram na guerra lutando contra as forças do eixo.
Apesar do grande sucesso da All American, Gaines e Liebowitz discordavam freqüentemente sobre os rumos da editora e como Gaines achava que com o fim da Segunda Guerra Mundial os heróis sairiam de moda, ele quis diversificar seus títulos, acabou jogando desistindo da editora e vendeu sua parte para seu sócio. A All-American acabou sendo anexada a Detective. A união dessas duas empresas formaram o que é atualmente a poderosa base da DC Comics.
Algumas fontes consultadas: Mundo dos Super-Heróis #23 - Dossiê DC Comics 75 Anos (Editora Europa); Coleção DC 75 Anos: A Era de Ouro (Editora Panini)
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