Por Planeta Mongo


Foi uma revolução. Algo que os fãs talvez sonhassem, mas que era improvável acontecer. Como juntar as duas editoras arqui-rivais em um projeto? Impossível! Bom… era impossível até que o grande desenhista Carmine Infantino assumiu a direção da DC Comics. A partir dai, “a realização editorial do ano” – como este lançamento foi definido no texto de apresentação da revista – começou a sair do papel.

O editorial, publicado na segunda capa, explicava: ”Esta é uma das mais espetaculares produções dos quadrinhos de todos os tempos. E tudo levava a crer que não pudesse ser feita. (…) O único e grande obstáculo residia na natural rivalidade das editoras –Marvel e National – que produzem as aventuras dos

dois mais populares super-heróis. Mas seus chefões, Carmine Infantino, tutor do Homem de Aço, e Stan Lee, pai do Homem Aranha, amigos de longa data, facilitaram tudo.” Os dois “deram uma verdadeira lição de co-existência”. Mais adiante o texto cita uma frase de Stan Lee que resume o trabalho: “Nada é difícil demais quando a gente quer mesmo realizar”.
A publicação foi um trabalho em conjunto, uma soma de esforços dos profissionais das duas editoras. O desenho foi feito por Ross Andru, na época desenhista do Homem-Aranha e a arte-final foi de Dick Giordano, que finalizava as aventuras do Batman. Aliás, em se tratando de desenho, sempre achei a fase do Andru uma das piores do cabeça de teia. A história foi escrita por Gerry Conway. Carmine Infantino fez a criação da capa, preparando o rafe para que Ross Andru e Giordano finalizassem o trabalho.
Essa publicação realmente representou “uma nova abertura editorial”. A partir do sucesso dessa experiência, os “crossovers” passaram a ser cada vez mais freqüentes e personagens de outras editoras também passaram a viver experiências semelhantes. Tudo isso porque dois executivos deram o primeiro passo para uma nova era de aventuras.

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