terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ACADEMIA BRASILEIRA DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS


Finalmente após anos pesquisando os quadrinhos brasileiros e os super-heróis do Brasil, em uma militância de muita luta e alguns poucos resultados, meu trabalho foi reconhecido e toma âmbito de  importância nacional. No último dia 30 de janeiro de 2015, data em que se comemora a criação dos quadrinhos no Brasil e no mundo com a publicação em 1869 do personagem Nhô Quim, criado por Angelo Agostini, fui empossado e imortalizado na Academia Brasileira de Histórias em Quadrinhos, na qual ocupo a cadeira de número 9, como sucessor do mestre Gedeone Malagola! Nada mais coerente, já que fui amigo pessoal do Gedeone e tomo conta de boa parte do espólio de trabalhos inéditos dele, que agora poderão ser publicados com maior facilidade. Também assumi o cargo de Diretor de Recursos Sociais.
A importância da criação da Academia pode ser medida por sua divulgação na rádio CBN, onde a nossa presidente, a sra. Agata Desmond, fez um apelo direto a presidente Dilma Roussef para que dê mais importância para a Cultura e valorize nossas artistas que produzem Histórias em Quadrinhos, sem dúvidas a forma de arte mais desprezada do país!
  A poderosa Rede Globo também fez uma reportagem destacando a criação e inauguração da Academia:
  Como nem tudo são rosas, a emissora carioca cometeu uma série de erros e distorções na reportagem, principalmente com a porção de bobagens ditas pela repórter. A começar quando ela diz que "se o quadrinho no Brasil começou em 1869 imagina no mundo". Nada mais evidente do que o complexo de inferioridade do brasileiro, ou sua imposição tendenciosa, já que com uma simples pesquisa ela saberia que trata-se sim da primeira HQ do mundo (a não ser que levem em conta o Diabo Coxo, de 1864, mas como também foi publicado no Brasil e é obra de Angelo Agostini, fica tudo em casa). A seguir ela começa a citar artistas que nada tem a ver com a proposta da Academia e sequer foram empossados, a saber, o falecido cartunista Glauco e seus amigos Angeli, Laerte e a revista Chiclete com Banana, com suas perversões, apologia as drogas e quadrinhos de mau gosto, e os irmão Bá com seus quadrinhos chatos que são feitos para agradar os gringos e não tem a menor relevância para o país, que fogem a proposta da Academia que é a de empossar os verdadeiros e esquecidos mestres que faziam arte sequencial de primeira grandeza, por exemplo Angelo Agostini, José Carlos, Gustavo Barroso, Osvaldo Silva, Augusto Rocha, Carlos Thiré, Max Yantok, Renato Silva, Helena Ferraz, El Mano, Messias de Mello, Acquarone, Osvaldo Storni, Monteiro Filho, André le Blanc, Seth, Edmundo Rodrigues, Flavio Colin, Eugenio Colonnese, Rodolfo Zalla, Claudio Seto, Shimamoto, Homobono, Jose Meneses, Jose Lanzelotti e muitos outros dessa primazia, alguns ainda não empossados (por enquanto foram 20). Representando os imortais estão nomes que muitas vezes não eram valorizados sequer por seus colegas mas que, mesmo sem apoio, lutavam arduamente para que seus trabalhos fossem reconhecidos, não pela internet, mas nas ruas diretamente pelo público!
  A repórter também fala que "gibi é considerado um termo pejorativo". Considerado pejorativo por quem? Só se for pelos irmão Bá, garanto que todos na academia tem um carinho muito grande pelo termo "gibi", que aliás não foi criado pelo Roberto Marinho, mas por J. Carlos em 1907, para designar o companheiro de aventuras do personagem Juquinha, e é considerado o primeiro personagem negro das HQs Brasileiras. Depois Gibi, editada por Roberto Marinho, se tornou a revista em quadrinhos mais vendida do país ao ponto de se tornar um sinônimo de revista em quadrinhos. O mascote do Gibi era um negrinho bem parecido com o Giby de J. Carlos. 

Via EMT

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