Você sabe como uma editora americana recruta roteiristas? Sabe de que maneira elas procuram novos talentos? Pra chegar no aguardado argumento deste texto, explicarei como a coisa funciona.
Uma editora só contrata roteiristas de duas maneiras.
AUTOPUBLICAÇÃO
Nada mais é do que um roteirista que já tenha publicado algo, mesmo que do próprio bolso. Em outras palavras, trabalho independente ou mesmo em editoras pequenas. Mas vamos focar nos independentes, já que como o termo mostra, não depende de ninguém.
Quadrinhistas independentes em feira do ramo - Fonte: http://www.printeresting.org
Você quer ser roteirista de quadrinhos e não sabe como chegar lá. Aí estuda, procura as maneiras, etc e tal. E vê que os editores só aceitam receber trabalhos de roteiristas de duas formas – e a outra já veremos logo abaixo – e uma delas é a forma independente. Trocando em miúdos, você precisa de uma equipe de arte. Porém, precisa mais, mesmo, do desenhista, porque sem ele, o arte-finalista e o colorista (se tiver, afinal, é independente) não trabalham.
E sofre pra achar alguém que faça as páginas, que as entregue. E que seja bom no que faz. Mas acha. E publica. Aí você vai em convenções de quadrinhos, vende sua HQ independente e/ou faz todo o marketing para as pessoas saberem que ela existe. E depois envia uma carta de apresentação junto com uma cópia da sua HQ.
Já é algo? É, mas tem editores que gostam de ver mais de uma coisa, pra não ficar numa única história. Ele quer saber se você não é uma banda de um hit só. Então o legal seria enviar até três HQs para ele avaliar melhor seu trabalho.
E por que é dessa forma? Simples: editores não tem tempo pra nada. Eles precisam coordenar 45431334088732 equipes criativas para editar estas mesmas 45431334088732 revistas. Então não, ele não lerá um texto encadernado de 34532 páginas mostrando cada minucioso detalhe de seu projeto. Por isso querem uma HQ ali, que dê pra ler enquanto volta pra casa ou um pouco antes de dormir. Algo que divirta e que mostre que você conhece as técnicas de roteirização, além de tentar ver aquele “algo a mais” que outros candidatos não tem.
Tá com isso em mente? Agora vamos para a segunda maneira.