Evento terá a participação de 12 autores de romances, crônicas e poesias.
Feira homenageia obra de Adalcinda Camarão e premia escritores.
Por Ingo Müller - G1
Escritores paraenses participam, neste sábado (17) e domingo (18), da Feira Literária do Pará (Flipa), em Belém. A edição 2015 marca o segundo ano do evento, que reúne doze autores entre cronistas, contistas, romancistas e poetas de diversos municípios do estado, que irão se reunir em uma livraria localizada na travessa Dr. Moraes para sessões de autógrafos, lançamentos de obras, palestras e debates sobre o mercado editorial.
Um dos escritores convidados é Edyr Augusto, que venceu no começo de 2015 o prêmio “Chamaeleon”, dado pela universidade Jean Moulin, de Lyon, na França, ao melhor livro estrangeiro traduzido para o francês – uma tarefa delicada já que o nome da obra premiada, com o título original de seu primeiro romance, “Os éguas”, não tem equivalente na língua de Voltaire.
“O meu livro virou ‘Les Belenenses’ na França”, conta o autor, cuja escrita mostra aos europeus um Brasil diferente do estereótipo a qual a maioria está acostumada. “ O francês tem do Brasil a ideia de carnaval, Rio de Janeiro, e eu venho mostrando uma prosa urbana que é dentro de uma floresta”, define Edyr.
Para o autor, conquistar o mercado europeu foi mais fácil que publicar em outros estados do Brasil. “Eu dei muita sorte. Tenho 16 livros lançados. Os romances são todos de uma editora de São Paulo, cuja dona é paraense e tem uma representação em Frankfurt. Conseguiram vender meus livros para a Inglaterra e França, onde fiz muito sucesso. O tipo de prosa que eu tenho, de frases curtas, funciona bem em francês, e eu tenho um excelente tradutor”, explica. “No Brasil já é muito difícil furar este bloqueio, vindo de uma editora menor. Felizmente meu livro ‘Pssica’, lançado há dois meses, teve aceitação boa em todo país”.