sábado, 3 de dezembro de 2011

Dos quadrinhos para as telonas

- Ficção HQ
Aproveitando o recente lançamento do filme Homem de Ferro 2 nos cinemas, e também que diversos filmes de super-heróis foram lançados ultimamente (mais do que em qualquer outra época), coloco aqui minhas listinhas de 5 piores e 5 melhores adaptações dos quadrinhos para as telonas. Ah... O Homem de Ferro não está em nenhuma das duas, o que é ruim por um lado, e bom por outro.

Os 5 piores

Só um esclarecimento: estou levando em conta apenas os filmes mais recentes. Não dá pra comparar os filmes de hoje com os do Homem-aranha com óculos de natação, de um passado remoto.

5º lugar: X-men Origens – Wolverine. O filme até que ficou legal, mas... Puxa, é o Wolverine! A história dele, que ficou em segredo nos quadrinhos por anos e anos! Mas, em vez de fazer algo do caralho, optaram por fazer um filme “para todas as idades”. E aquele final... Ah, aquele final desgraçado! (Se você ainda não assistiu, pule para o próximo, porque eu vou contar. Pule agora!). Balas de adamantium perfurando uma caixa craniana de adamantium? Essa foi a melhor explicação que o roteirista achou para a amnésia? Com todo o histórico (já prontinho, era só ler) formado nas HQs? Na cena em que ele vê a mulher de seu passado nos laboratórios, pensei: Massa! Eram tudo implantes de memória. Afinal, esse é o Wolverine. Porém, eles optaram por “O cérebro pode regenerar, mas suas memórias não retornarão”. Por favor! E a cena depois dos créditos? Fiquei esperando um tempão só para ouvir uma piadinha sem graça.

4º lugar: O Homem-Aranha 3. O filme tem umas falhas bem chatas e apela para o melodrama, além de não retratar o Venom como seria digno dele. Contudo, também tem pontos positivos, por isso está no quarto.
3º lugar: Motoqueiro Fantasma. Eu não gosto muito histórias do personagem em si, mas o filme, para mim, foi um verdadeiro fiasco. Ouvi dizer que o Nicholas Cage gosta tanto do Motoqueiro que quis fazer seu filme... Poxa, se ele gosta mesmo do personagem, deveria não ter feito, para preservá-lo. Os efeitos visuais ficaram legais, beleza, mas a historinha... Isso sem falar que, quando você acha que ele vai fazer alguma coisa realmente foda, ele (suspense...) aponta o dedo. Seus inimigos devem ter se cagado de medo, e então, quando tudo que ele faz é apontar, “Ufa! Que alívio. Me borrei todo à toa”.

2º lugar: Justiceiro – em Zona de Guerra. O filme é tosco. Apela para violência, fazendo do anti-herói um verdadeiro sanguinário quase desmiolado. Além do que as formas bizarras com que ele mata os inimigos são simplesmente hilárias, de tão absurdas. Bom... há quem goste desse estilo. Definitivamente não é o meu. O que ele tem de bom, para mim, são as referências que o vilão da história – o Retalho – faz ao Coringa de Jack Nicholson.

1º lugar: The Spirit. Não me lembro de alguma outra vez eu considerar tão seriamente a possibilidade de sair no meio da sessão do filme quanto nesse caso. Afinal, meu dinheiro eu já tinha perdido mesmo, não precisava perder meu tempo também. Efetivamente só não saí porque estava com amigos... e a sugestão do filme foi minha. Me desculpem! Eu não tinha como saber... O filme é muito psicodélico, uma maluquice sem sentido. Tem plástica de arte, mas é só visual mesmo. Desculpem-me se alguém gostou, mas, em resumo, eu achei uma verdadeira porcaria! A pior adaptação dos quadrinhos e um dos piores filmes que eu já assistir. E pensar que The Spirit tem histórias tão boas nos quadrinhos... Will Eisner deve se remexer no túmulo toda vez que mais alguém assiste ao filme.

Os 5 melhores

5º lugar: 300. Não gostei tanto assim de Os 300 de Esparta, os quadrinhos... nem gostei muito do filme também. Porém, nas telonas eles contaram a história presente nos quadrinhos e chegaram a acrescentar personagens e aumentar a história de uma maneira criativa. Dou o quinto lugar a 300 por ter sido uma das poucas adaptações que, na minha opinião, ficou melhor do que o original.
4º lugar: Sin City. Foi uma das adaptações mais fiéis dos quadrinhos para as telonas. A linguagem visual foi respeitada, apesar das dificuldades de se adaptar o estilo preto-e-branco impresso por Frank Miller, além de ter feito um bom compêndio das histórias presentes nos encadernados.

3º lugar: Homem-Aranha. Assim que saí do cinema, fiquei com a sensação de “podia ser melhor”. Porém, com o tempo percebi que o filme é muito bom em sua própria simplicidade. Foi um retrato bem fiel e digno da origem do aracnídeo, assim como retratou bem o confronto do herói com aquele que foi um de seus maiores inimigos – o Duende Verde original. Me refiro à época em que ele era tão bom que conseguiu se manter morto. Após renascer das cinzas deixou de ser, na minha opinião, um grande ícone do passado para se tornar mais um vilão que retornou (em busca de vingança, como os demais). Quando passou a liderar os Thunderbolts e ao fim da guerra civil ele se afastou ainda mais do velho Norman Osborn para se transformar em um personagem totalmente diferente. O filme capta a essência do vilão tradicional...


2º lugar: Batman – O Cavaleiro das Trevas. Não foi bem uma adaptação, já que a história dos quadrinhos de mesmo nome não teve relação com o filme. Porém, considerando que o título é apenas uma menção ao clássico, e não uma tentativa de adaptação, foi um dos meus filmes inspirados em quadrinhos prediletos. O vilão Coringa é um dos pontos mais fortes, chamando a atenção por ter várias de suas facetas representadas no filme. Além disso, o tema foi interessante, a história foi muito adulta e existem diversos subenredos dentro da trama principal. ringa, que m vlorada, que chama muito a atençaleiro das Trevas adaptaç se adaptar o estilo preto-e-branco impresso por Frank Miller.

1º lugar: V de Vingança. É claro que eu estou sendo bastante parcial: histórias de manipulação da informação ao estilo 1984 são minhas prediletas. Além disso, a adaptação foi bem feita, preservando grande parte da história e ainda fazendo alguns acréscimos e mudanças interessantes, como a knife time (a cena da faca no final do filme) e o final, que ficou diferente e interessante. Legal observar que dentro da multidão de Vs também estavam presentes os atores que representaram os personagens mortos durante a história. Pessoas morrem, ideias permanecem...


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