Por Anita Costa Prado - BIGORNA.NET
O talento artístico, necessário para um bom trabalho alternativo em Quadrinhos, não é o suficiente para o andamento de um projeto, até o destino principal: o leitor. Existem questões paralelas importantes, como recursos para a gráfica e montagem da publicação. Depois, vem o velho empecilho chamado distribuição. Assim sendo, é vital para o autor se vincular com quem que faz isto ou ter disposição para atuar diretamente na distribuição e venda. Nesta etapa, o autor precisa deixar para segundo plano a veia artística, para se tornar um vendedor e divulgador do seu trabalho, conquistando leitores/compradores.
É necessário encontrar seu nicho e neste contexto, vale um exemplo como base: Hamilton Tadeu edita o jornal NFL Zine, direcionado aos amantes do heavy metal e afins. Ele faz de tudo um pouco: capta anunciantes, faz as entrevistas, leva o material para a gráfica, cuida de cada detalhe e, por fim, distribui em vários pontos onde leitores em potencial irão passar, como as lojas da Galeria do Rock, no centro de São Paulo. O jornal também é distribuído pelo correio, um braço a mais na distribuição.
No mês de janeiro, Hamilton lançou a revista NFL Comics, com adaptações de álbuns e músicas de heavy metal, de bandas como Voivod e King Diamond. Com capa impactante e criativa e conteúdo repleto de ação, Hamilton se desdobrou na distribuição, criando estratégias para ampliar vendas, como oferecer vantagens para quem comprasse acima de dez exemplares, chegando ao desconto máximo de 55%, para quem quisesse adquirir de 101 a 120 exemplares. Por outro lado, deixou a revista em várias livrarias paulistanas e enviou para outras tantas, em localidades diversas. Além dos roteiros do Hamilton, a publicação teve colaboradores de peso, como o Laudo, Bira Dantas e Carlos Morgani.
Hamilton não se furta também do mais difícil para os tímidos: a venda direta. Ao ver um rapaz de camiseta preta com banda de heavy metal ou visual semelhante aos apreciadores de rock pesado, ele deduz ser um leitor em potencial. Por que não oferecer a revista? E assim surgem vendas ocasionais. Mais que destacar uma publicação alternativa, de tiragem considerável, a citação mostra como é essencial a distribuição e venda. A Internet é uma ferramenta esplêndida nisso tudo, bem como blogs/sites que revendem material alternativo; demais opções precisam ser exploradas. Parece não haver outra saída: é preciso sair do estúdio, da prancheta ou do casulo. Escrevo também pela experiência pessoal e acredito que o circuito alternativo se fortalece com iniciativas que vão além da produção em si.
Contatos com Hamilton: nflzine@hotmail.com.
É necessário encontrar seu nicho e neste contexto, vale um exemplo como base: Hamilton Tadeu edita o jornal NFL Zine, direcionado aos amantes do heavy metal e afins. Ele faz de tudo um pouco: capta anunciantes, faz as entrevistas, leva o material para a gráfica, cuida de cada detalhe e, por fim, distribui em vários pontos onde leitores em potencial irão passar, como as lojas da Galeria do Rock, no centro de São Paulo. O jornal também é distribuído pelo correio, um braço a mais na distribuição.
No mês de janeiro, Hamilton lançou a revista NFL Comics, com adaptações de álbuns e músicas de heavy metal, de bandas como Voivod e King Diamond. Com capa impactante e criativa e conteúdo repleto de ação, Hamilton se desdobrou na distribuição, criando estratégias para ampliar vendas, como oferecer vantagens para quem comprasse acima de dez exemplares, chegando ao desconto máximo de 55%, para quem quisesse adquirir de 101 a 120 exemplares. Por outro lado, deixou a revista em várias livrarias paulistanas e enviou para outras tantas, em localidades diversas. Além dos roteiros do Hamilton, a publicação teve colaboradores de peso, como o Laudo, Bira Dantas e Carlos Morgani.
Hamilton não se furta também do mais difícil para os tímidos: a venda direta. Ao ver um rapaz de camiseta preta com banda de heavy metal ou visual semelhante aos apreciadores de rock pesado, ele deduz ser um leitor em potencial. Por que não oferecer a revista? E assim surgem vendas ocasionais. Mais que destacar uma publicação alternativa, de tiragem considerável, a citação mostra como é essencial a distribuição e venda. A Internet é uma ferramenta esplêndida nisso tudo, bem como blogs/sites que revendem material alternativo; demais opções precisam ser exploradas. Parece não haver outra saída: é preciso sair do estúdio, da prancheta ou do casulo. Escrevo também pela experiência pessoal e acredito que o circuito alternativo se fortalece com iniciativas que vão além da produção em si.
Contatos com Hamilton: nflzine@hotmail.com.
Um comentário:
Muito bom esse post, Beto! Muitos desenhistas que desejam se lançar no mercado e se tornar reconhecido pelo seu trabalho têm que entendem isso. Parabéns pelas dicas à galera!
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