Por Adriana Oliveira - Jornal da Cidade -MS
Muitas pessoas consideram-se Brasileiros fervorosos, apaixonados, orgulhosos, mas a uma pergunta que não quer calar: - Será que conhecem, realmente a história, origem, cultura, folclore do seu País? Falar é fácil, mas na prática é que são elas! Basta fazer o simples teste do Hino Nacional. A maioria da população não sabe cantá-lo corretamente e também não fazem idéia do significado da maioria de seu esplendoroso texto, e o pior: Omitem-se a aprendê-lo, permanecendo no ostracismo cultural de seu próprio País. Nosso Brasil é conhecido como o país do futebol e do Carnaval, porém isso tornou-se uma questão de marketing e não cultural, pois através desses temas, podemos gerar lucro, mídia, política, turismo, empregos e tudo que diz respeito ao dinheiro.Infelizmente nosso povo deixou a deriva os verdadeiros valores culturais, suas raízes, folclores, etnias, artesanato e muito mais... Com a globalização, tudo o que envolve o setor monetário tem muita importância, sendo que infelizmente certos valores culturais, tornaram-se obsoletos, o que acaba mudando todo o rumo de uma história, um pais, um povo... Hoje em dia assuntos, como o nosso folclore, estão se perdendo e dando lugar à assuntos banais e efêmeros. Nossas tão tradicionais festas juninas, por exemplo, que para nosso dissabor estão sendo transformadas em festas com músicas sertanejas, country, pop, estrangeiras entre outras mais... E o nosso tão famoso “São João, acende a fogueira do meu coração”, foi literalmente apagado por uma nova geração de pessoas preocupadas com a mídia e o futuro, e nosso passado, como diz o verbo, ficou no passado e a cada dia mais distante e obliterado... Por esse motivo, desejo resgatar tudo de bom e maravilhoso que temos em nossa rica cultura, reavivar essa chama e continuar a divulgar e ensinar a verdadeira cultura de nosso povo, pois já temos literatura brasileira, música, mas nas artes plásticas deixamos ainda a desejar e por esse motivo quero falar de José Lanzellotti que é o verdadeiro sinônimo de Brasil e deve ser lembrado, pois sua obra e vida resumem-se em apenas uma palavra BRASIL! Nasceu em 21/07/1926 em São Paulo e aos 19 anos fez sua primeira expedição: - Roncadora Xingu - junto com os irmãos Vilas Boas, gerando essa vários trabalhos de análise e documentação indígena. Viajou durante 10 anos por todo o Brasil, documentando, pesquisando e convivendo com todo o folclore e raiz cultural de nosso povo.Etnólogo, desenhista, pintor, escultor, cenógrafo, figurinista de teatro, trabalhou em várias editoras, companhias cinematográficas e televisão. Também participou de diversas exposições de pintura. Foi titulado de “O Debret Nacional do século XX” em uma reportagem para revista Manchete.Seu nome consta em dicionários de artistas plásticos como: do MEC, de Roberto Pontual, de P.M. Bardi, Mestre da ilustração de Jayne Cortez. Dentre suas obras podemos citar:“Índios e Arte indígena” (documentário de etnologia com 150 desenhos a cores), O roteiro do filme, “Canta Brasil” (desenho animado), “O este Abandonado” (documentário da vida cabocla desenhada a cores com 100 pranchas), “Trajes típicos do Brasil”(documentário a cores com 120 pranchas), “Antologia ilustrada do Folclore Brasileiro” (com 640 desenhos em preto), ilustrou o Atlas de Educação Moral e Cívica do Ministério da Educação e Cultura, quando o ministro era Jarbas Passarinho.O escritor Afonso Schmidt conheceu Lanzellotti em sua única apresentação em público em sua exposição em São Paulo organizada por ele, e novamente o denominou o Debret do Século XX.Teve suas pranchas divulgadas em luxuoso álbum patrocinado pelo conselho estadual de cultura de São Paulo e expôs seus desenhos documentados na antiga galeria Lotis Seavers de São Paulo. Foi o pioneiro da história em quadrinhos (HQ) em nosso País, criando o personagem Raimundo, o cangaceiro que acabou sendo transformado em figura mitológica do Sertão, tanto que foi reproduzido em bonequinhos de barro e vendidos em feiras populares de Caruaru PE. Lamentavelmente, em 12.06.1992 José Lanzellotti foi assassinado em sua residência em São Paulo, ocasionando uma enorme perda para todo Brasil. Em Abril de 2000 seus trabalhos participaram da exposição: “Senhores da Terra” no museu Histórico e Pedagógico “Índia Vanvire” de Tupã. José Lanzellotti viveu e morreu com um único e primordial ideal, o de divulgar e perpetuar nossa cultura, folclore e história... Muitos de seus desenhos, obras, documentários, encontram-se vivos e precisam ser divulgados, dando assim a continuidade de uma história e cultura tão fascinantes que formam nosso Brasil, nossa pátria amada e idolatrada!E para essa obra não se perder, sua filha Jussara Lanzellotti continua a divulgar e cavalgar por essa estrada, levando e mostrando o legado de seu pai para todos aqueles que queiram ganhar mais conhecimentos, sobre nossas origens e cultura. Se você quiser conhecer, apreciar e compartilhar dessas obras maravilhosas e ricas em conhecimento, pode entrar em contato com a Jussara Lanzellotti, que ela terá muito prazer em expor as obras de seu tão amado pai. Contato: Jussara Lanzellotti Site : http://fotolog.terra.com.br/joselanzellotti Blogs : http://jussaralanzellotti.blog.terra.com.br/ http://jussaralanzellotti.blogspot.com/ http://www.flickr.com/photos/ju_lanzellotti/ E-mail : Jussara.lanzellotti@hotmail.com Facebook :. Jussara Lanzellotti Orkut :. Jussara.lanzellotti@hotmail.com Telefones : 011 3399- 3797 / 8468-8151 Quando fazemos algo com todo nosso amor, ele se torna imortal e mesmo que partimos desta vida, sua continuidade é pura conseqüência de nosso ato!’ |
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