Flashes da FLiQ – Dia 3
Por Milena AzevedoCada dia de FLiQ é melhor do que o outro. Esse terceiro dia começou com minha segunda oficina de Roteiro, seguida da primeira oficina de Criação de Personagem. Também houve a oficina de Desenho e Arte-final, ministrada por Wanderline Freitas. Todas com um público sedento para aprender os princípios básicos norteadores para começar a escrever e desenhar uma HQ. Destaque para o Prof. De Física Nivaldo Mangueira, extremamente empolgado para criar histórias com seus alunos.
No final da manhã, conheci o grande desenhista cearense Geraldo Borges, que me presenteou com um exemplar de Adventures Comics autografado. Geraldo fez sucesso ao mostrar para todos as páginas da próxima edição da revista do Lanterna Verde, que só será lançada nos EUA em novembro. Mas Geraldo pediu a compreensão de quem estava tirando fotos, para só divulgá-las na internet no mês de novembro, caso contrário ele levará uma multa da DC Comics. Geraldo também trouxe para venda dois exemplares do Art Book do Renato Guedes (praticamente disputado à tapa entre os nossos desenhistas), e blocos de folhas A3 margeadas. Quando ele foi autografar no Espaço do Autor, e desenhou um personagem ao vivo, atraiu a atenção de várias pessoas, que também queriam um sketch de seu super-herói preferido.
Outra “atração” da tarde de ontem foi a oficina Desenho de personagem histórico para HQ, ministrada pelo Spacca. Muitos desenhistas e curiosos completamente atentos às sábias palavras do mestre. E o José Aguiar também estava entre eles, confessando depois que conseguiu “rabiscar” ideias para seu próximo trabalho, a adaptação de Vinte Mil Léguas Submarinas, do Julio Verne.
Às 18:00 horas teve início a fala da desenhista paraibana Luyse Costa. Luyse contou um pouco de sua trajetória no mundo das ilustrações, mostrando à platéia seu belíssimo traço, uma linha clara extremamente delicada, e sua predileção pela aquarela. O destaque foi para uma série de aquarelas com cenas de filmes, entre eles O Jardim Secreto, Na Natureza Selvagem, Amélie Poulain e Alice no País das Maravilhas. Após a “introdução”, ela falou sobre o projeto da HQ Anchietinha, revelando que esse havia sido seu primeiro trabalho com arte seqüencial, levando em torno de dois meses para realizá-lo, utilizando o Flash (ela confessou que tinha bastante preconceito em manipular programas de computador como o Photoshop e o Illustrator, mas depois desencanou e descobriu um mundo novo e prático neles). A plateia ganhou exemplares de Anchietinha: a Capela de São Miguel em quadrinhos.
Quem subiu ao nosso pequeno palco do auditório, em seguida, foram Spacca, José Aguiar e Rafael Coutinho, na mesa-redonda Quadrinhando Outras Mídias. A discussão foi muito boa e dava margem a mais uma, duas, três horas. No sábado, com calma, eu escreverei detalhadamente sobre essa mesa.
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