quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Bahia é berço de quadrinistas

Por Roteirizando HQ

A Bahia, especialmente Salvador, sempre teve bens culturais e artistas elogiados no Brasil e no exterior. É o caso dos tropicalistas, do João Gilberto precursor da Bossa Nova, do cineasta Glauber Rocha, pra citar alguns famosos. Para além da música e do cinema, também há expoentes no teatro, na literatura e na dança.
Menos reconhecido pelo público baiano, os quadrinistas do estado vêm conseguindo destaque com publicações de circulação nacional. Como muitos dos artistas baianos de sucesso, alguns deles reverenciam as raízes baianas em seu trabalho.
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Antonio Cedraz é um desenhista veterano ganhador do Trófeu HQ Mix, uma espécie de Oscar dos quadrinhos nacionais, e é um dos poucos quadrinistas baianos que possui estúdio próprio e funcionários.
Apesar de ter tido experiências com diferentes publicações e personagens, é o seu personagem Xaxado, publicado em tirinhas e livros, que têm lhe proporcionado maior sucesso no Brasil e premiações. “”Xaxado pertencia a uma turminha de uma revista que eu fazia há muito tempo. Quando o Jornal A Tarde me pediu um personagem para o caderno Notícias, eu me lembrei dele e comecei a fazer a história acontecendo no Nordeste. Aí que ele começou a ter receptividade”, conta o autor.
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As tirinhas do Xaxado sempre trazem temáticas ligadas ao cotidiano do sertanejo e traduzem a motivação do autor em retratar o cotidiano do sertão baiano. “Queria um personagem que fosse brasileiro. Como sou nordestino, quis valorizar a cultura daqui e contar histórias que aconteceram comigo, quando morava no interior”, afirma Cedraz, que utiliza suas memórias como principal fonte de inspiração para as histórias do personagem.
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Outro autor baiano que investe em histórias em quadrinhos que tem a Bahia como cenário é Flávio Luiz. O cartunista e quadrinista também possui troféus HQ Mix em sua estante, além de premiações por seus cartuns. No dia 7 de outubro ele lançou em Salvador o álbum Aú, o Capoeirista, que narra as aventuras de um corajoso capoeirista no Pelourinho. No entanto, Flávio Luiz se preocupa mais em criar uma boa história do que falar de temas regionais. Como ele diz, “essa coisa de falar do traço baiano, do desenho baiano e do quadrinho baiano é uma preocupação menor diante de apresentar um trabalho que seja feito com profissionalismo. É desnecessário querer sempre enaltecer o nosso lugar de origem”. Para manter a qualidade e a inspiração, Flávio faz pesquisas detalhadas de cenários e personagens. Atualmente, Flávio está em turnê nacional com o álbum do personagem Aú.
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Segundo Caó Cruz Alvez, cartunista e animador baiano, há um “lado universal da Bahia, que todos conhecem” e que ele coloca em seus trabalhos. Ele se refere a elementos como o Farol da Barra e a estátua de Castro Alves, que ele manipula em seus filmes de animação e cartuns para provocar humor. Caó foi o primeiro baiano a lançar um livro com quadrinhos, uma coletânea de tirinhas do seu personagem, O Porco com Cauda de Pavão, que era publicadas desde 1978. “Naquela época existia muita censura, sobretudo política. Depois de criar vários personagens que tiveram suas carreiras interrompidas pelo editor, me veio a idéia de criar um personagem meio bizarro, surrealista e que ninguém entendia, mas cheio de crítica a ditadura da época”, conta. As tirinhas de Caó fizeram muito sucesso e ele recebeu convites para publicá-las na França. Recentemente, o autor tem transposto as histórias em quadrinhos realizadas nos anos 70 e 80 para animação, preservando muitas nuances da linguagem quadrinista.
Wilton Bernardo, quadrinista baiano criador da Oficina HQ, crê que existe uma liberdade criativa muito forte tanto na Bahia quanto no Brasil. “Quando pensamos no mercado de quadrinhos do Japão, conseguimos imaginar as possibilidades estilísticas, digamos assim. Se pensamos em Brasil podemos até pensar que não existe um estilo tão expressivo, já que não temos uma linha tão unificadora, mas ao mesmo tempo, se prestarmos atenção aos nossos artistas, veremos tanta coisa diferente. Temos muitos talentos que fazem produções autorais”, comenta quando perguntando sobre os criadores locais. Wilton disse ter um projeto que envolve suas raízes baianas e que pretende lançar logo que possível.
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Um veterano fanzineiro baiano, Marcos Franco, criou uma personagem bastante conhecida nos meios independentes dos quadrinhos: a super-heroína Penitência. Ela é natural de Cachoeira onde, quando era humana, enfrentava os latifundiários nos fins do século XIX. Após ser assassinada, retornou à vida como uma entidade mística para combater injustiças em solo baiano. O autor revela suas influências: “Eu sempre me inspiro e trabalho retratando aspectos do contexto político, histórico, geográfico, religioso e cultural do nosso país. Como sou baiano as influências do estado se tornam ainda mais evidentes”.
Assim como existem os autores que se aproximam de suas raízes, há os quadrinistas baianos que lutam por sua arte sem sair da Bahia, mas que não referenciam o estado nos quadrinhos feitos.
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Naara Nascimento, estudante da Escola de Belas Artes da UFBa, declara “Não me prendo muito ao lugar que me cerca. Nunca pensei em nenhuma referência regional”. Contrariando ainda mais o processo criativo da maioria dos autores baianos, ela diz que não costuma planejar roteiros ou quantificar as referências pesquisadas. “”A partir do tema eu começo a pensar sobre o que posso fazer. Depois, vou treinando o desenho até me aproximar da idéia que tive”. Naara tem seu trabalho em quadrinhos publicado na revista paulista Subversos e terá quadrinhos na revista Front.
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Mais distante ainda de possíveis temas e de estilo regionais está o quadrinista feirense Antonio Jesus da Silva. Ele é um dos fundadores do Studio Fúria, que já tem dois títulos lançados de forma independente, e já viajou pra fora da Bahia para vender as revistas. Para Antonio, o mais importante em seus quadrinhos é ater-se “a aspectos humanos como as dúvidas e os desejos sentidos”, mesmo nos contextos das histórias de fantasia que ele cria, desenhados em estilo mangá.
Embora os quadrinhos baianos não sejam de uma tradição artística que possa ser definida, os autores baianos são cada vez mais respeitados pelo seu trabalho, principalmente fora da Bahia. Talvez, como os Doces Bárbaros, estes quadrinistas e outros que virão possam “preparar a invasão” da sétima arte baiana nos corações brasileiros.
P.S.: O presente texto não tem a pretensão de abordar todos os autores baianos, nem fatos e acontecimentos em ordem cronológica. Pedimos desculpas aos mestres não entrevistados.
SAIBA MAIS (BP):
Por Projeto Continumm

Feras da HQ Baiana!

GUTEMBERG CRUZ: Critico de quadrinhos e jornalista profissional formado pela Escola de Biblioteconomia e Comunicação da UFBa em 1979. Registro Profissional DRT-BA 761, o baiano já atuou nos jornais Tribuna da Bahia, Diário de Notícias, Correio da Bahia, A Tarde e Bahia Hoje como repórter, redator e Editor de Cultura. Atuou ainda na Rádio Cruzeiro da Bahia (repórter), Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (gerente de produção), TV Itapuã (produtor) e rádios Piatã e Bandeirantes (produtor de programas). Atualmente exerce a função de Coordenador de Comunicação na União dos Municípios da Bahia.
GONÇALO JÚNIOR: O roteirista de quadrinhos e escritor baiano Gonçalo Júnior é formado em Jornalismo e Direito. Trabalhou no jornal Gazeta Mercantil, no Jornal da Bahia, no Bahia Hoje, Tribuna da Bahia, e colaborou em publicações como Folha de S. Paulo, Carta Capital, Bravo! e Imprensa. É autor dos livros País da TV (Conrad, 2001), Alceu Penna e as garotas do Brasil (Cluq, 2004), A Guerra dos Gibis - a formação editorial brasileira e a censura aos quadrinhos, 1933-1964 (Companhia das Letras, 2004), Tentação à Italiana - um perfil dos mestres do erotismo contemporâneo (Opera Graphica, 2005), O Homem-Abril (Opera Graphica, 2005) e Benício - um perfil do mestre das pin-ups e dos cartazes de cinema (Cluq, 2006). Publicou os álbuns de Histórias em Quadrinhos Claustrofobia (Devir, 2004), ilustrado por Júlio Shimamoto, e O Messias - um filme mudo em Quadrinhos (Opera Graphica, 2006), com arte de Flávio Luiz.
GILMAR: O cartunista baiano faz charges, cartuns e quadrinhos. Publica suas tiras "Ócios do Ofício" em jornais do Brasil e Portugal, tendo publicado duas coletâneas destas tiras em álbum (Ócios do Ofício/Escala) em 2002. (Para ler Quando o Chefe não Estiver Olhando /Devir em 2004, este, aprovado pelo PNLD, (Pau Pra Toda Obra/ Devir), Também participou dos livros:Humor Brasil 500 anos (em 2000, 2001 Uma Odisséia no Humor), Humor Pela Paz (2002) ilustra livros para editoras como:FTD, Moderrna, Pulinas e Senac. É colaborador da revista Você S.A. da Editora Abril, PEGN da editora Globo suplemento Folhateen da Folha de São Paulo, Agência Estado. Foi premiado nos principais salões de humor do país e recebeu o HQ Mix de melhor cartunista do país em 2002. 
GAU FERREIRA: O artista Plástico,cartunista e quadrinhista Gau Ferreira que atualmente reside em Taboão da Serra-SP é natural de Salvador. Trabalho na área de Quadrinhos e Ilustração desde 1980 e ministra oficinas e cursos de Quadrinhos e Caricaturas desde 1984. 
FLÁVIO LUIZ : O baiano Flávio Luiz desempenha com maestria os talentos de Chargista, Cartunista e Desenhista de quadrinhos. Ele foi por muito tempo o principal cartunista do jornal Correio da Bahia. Já foi premiado no Troféu HQ Mix (considerado o "Oscar" dos desenhistas brasileiros), Salão Internacional de Humor de Piracicaba, Festival Internacional de Humor Gráfico de Foz do Iguaçu, entre outros. É também autor das tirinhas de humor Rota 66 e Jab, um Lutador, e das revistas Jayne Mastodonte, O Messias e Aú, O Capoeirista.
EDVAN BEZERRA: Publicou vários trabalhos nas editoras, Escala (ao lado de mestres como, Mozart Couto e Watson Portela!) e Xanadu Comics. Editor e desenhista dos álbuns Sertão Vermelho 1 e 2, que lhes rendeu indicação para o HQ Mix e o prêmio DB Artes Independentes do HQ Festival de Sergipe.
DAVI SALES: Nascido em Salvador Bahia, Davi é Design Gráfico, Ilustrador e Quadrinhista. Já publicou em algumas revistas baianas, ministrou cursos e é o criador do personagem “SETENTINHA”e a dupla “TUPAC E ZINHO”.
COSME SANTANA: Design gráfico e ilustrador que juntamente com o seu irmão Damião Santana e o cartunista Hector Salas publicaram os memoráveis zines “Canalha”, ”Pinico” e “Todo Risco”.
CEDRAZ: Antonio Luiz Ramos Cedraz, ou, simplesmente, Cedraz, é um dos “Mestres dos Quadrinhos Nacional” e ganhados de algumas edições do Prêmio HQ Mix. Interiorano da cidade baiana de Miguel Calmon, há mais de 30 anos faz história criando histórias em quadrinhos. Seus personagens já são parte integrante da vida de muitas crianças: Pipoca, Lúbio, Saci, Joinha, Zé Pequeno, Marieta, Zé Bola, entre tantos outros, irmanam-se à Turma do Xaxado, que é a sua criação mais conhecida, levando a alegria e o bom humor desse talentoso baiano a todos os recantos do País.
CAÓ CRUZ: Nascido em Salvador Bahia, desde cedo se interessou por quadrinhos e cinema. Atualmente trabalha como Cartunista e Ilustrador. Durante os últimos 20 anos tem publicado seu trabalhos em diversos livros, revistas e jornais. Já realizou exposições individuais e coletivas, publicou na revista “Pau de Sebo” e editou durante muito tempo o fanzine “La Tanaiura”.
BRUNO AZIZ: cartunista baiano, designer gráfico, auto-didata e ilustrador. Participou das publicações locais de quadrinhos (Desagaquê, Tudo com Farinha, Crau e Melhor de 3), além de ter editado o Fanzine Placebo durante os anos 90. Publicou semanalmente a tirinha Dilemas durante quatro anos no caderno Dez! do Jornal A Tarde. Coordenou, durante um ano, o Núcleo de Quadrinhos da Cipó Comunicações Interativa, ensinando produção de HQ para adolescentes. É ilustrador editorial do jornal A Tarde há 3 anos. Também publica as tirinhas Rock Sujo e Os Fabulosos Um Dois Três. Teve seus cartuns selecionados nas duas edições do FIHQ de Pernambuco (2006 e 2007), no Yomiuri Shibum (Japão) 2006 e no Greek Cartoon 2007 (A criança do Futuro).
BOREGA: O cartunista Alexandre Requião Melo, ou simplesmente Borega, é natural da cidade baiana de Feira de Santana. Há mais de 10 anos vem publicado suas charges e cartuns nos jornais feirenses “Feira Hoje” e “Tribuna Feirense”. É também autor das coletâneas “As Charges do Borega” volume I e II.
BETONNASI: Cartunista, quadrinista e professor. Junto com Isa Trigo e Emerson Andrade criou a revista "Tudo com Farinha" da UNEB. Criou também personagens como o sufista "Zé Cação" com Psikoozi e "A Turma do Dendê" com Cidade. Produziu a animação "As Monstrinhas" com Cidade e Marlon. Alguns dos seus quadrinhos foram: "Coisas dos Destino", "Feliz Natal Papai Noel", "Só entre os Ratos" com Psikoozi e "Doente do Pé" com Cidade. Organizou e participou de diversas exposições de cartuns, charges e quadrinhos com Hector Salas, Afoba, Anax Marcelo, Valmar Oliveira, Davi Sales, Rogério Rios, Sidney Carvalho, Cosme, Damião entre outros, tais como o I e II "Megazine" e "Acredite se Quiser - A Bahia Faz Qaudrinhos". Trabalhou com Cedraz e foi premiado com um mensão honrosa junto com ele e com Gonçalo Júnior no 7º Salão de Quadrinhos de Volta Redonda (1993) com a hq intitulada "Quem se Importa...". Atualmente faz pesquisa no doutorado (UFBA) sobre os mangás e cria séries de tirinhas publicadas no Orkut.
ANDRÉ LEAL : O quadrinhista e filosofo baiano trabalha como ilustrador de livros,revistas e sites.Tem um traço limpo e bastante original.É o responsável pelos desenhos do site da Dra. Fernanda Breta, e com quem faz algumas HQ's em que mistura sua amiga com personagens.
ADOLFO SÁ :O Jornalista Adolfo Sá é natural de Salvador. Ele foi um dos mais atuantes fanzineiros dos anos 90. Seu fanzine Cabrunco, que teve a duração de 2 anos (9 edições), foi um dos mais promissores dentre alguns que lançou, como MauMau, Marginal, Pulp e N.A.D.A., de vidas efêmeras. É desenhista e argumentista de Histórias em Quadrinhos, criador de várias personagens e ótimo articulista.


ADOLFO AIZEN: Editor baiano (1907-1991), nascido na cidade de Juazeiro, um dos responsáveis pela popularização das histórias em quadrinhos no Brasil. Em 1934, com o apoio de patrocinadores, lança no jornal A Noite, o Suplemento Infantil com quadrinhos estrangeiros e nacionais – estes, assinados por Monteiro Filho. A sua iniciativa teve estrondoso sucesso; a publicação, a partir do 14º. número, torna-se independente e é rebatizada de Suplemento Juvenil. Em 1945, Aizen funda a Editora Brasil América (Ebal), dedicada exclusivamente a quadrinhos. Além de publicar produções americanas (Marvel, DC Comics, Disney, Mandrake, Fantasma, Dick Tracy), lança muitos artistas brasileiros, como Fernando Dias da Silva, Mário Jacy, Arcindo Madeira, Miguel Hochman, Mário Pacheco, Sálvio, Celso Barroso, Alcyro e Antonio Euzebio. Aizen quadriniza os clássicos da literatura (Edições Maravilhosas), a vida dos santos (Série Sagrada) , fatos históricos brasileiros (História do Brasil) chegando a lançar cerca de 40 revistas por mês.

* Esta matéria foi realizada pelo também cartunista baiano Marcos Franco (07.11.2008)


WILTON BERNADO: Artista Plástico graduado pela UFBA, Wilton Bernado é Gestor do Oficina HQ e ilustrador.A frente da Oficina HQ ele vem realizadondo oficinas, cursos e exposições sobre Quadrinhos na capital baiana. É o criador da tirinha Dona Dedé.
WILSON JÚNIOR: Cria do núcleo de quadrinhos Planeta HQ, da Bárbara Tércia, Wilson JR é ilustrador, artista plastico (graduado pela UFBA) e já participou de vários salões de arte e quadrinhos em todo Brasil.
WILLIAN LEÃO: Cartunista e quadrinhista, Leão é colaborador do jornal “A Tarde”e criador da revista em quadrinhos de Humor,”O Jegue”.
VALTÉRIO: Valtério, ou "O Cartunista de Barro" como é mais conhecido, é natural da cidade baiana de Mundo Novo .É cartunista, escultor é também um dos criadores da revista de humor “Pau de Sebo”.
VALMAR OLIVEIRA: Ilustrador, quadrinista, professor, músico e videomaker amador. Formado em artes plásticas pela universidade federal da bahia (ufba) já participou de vários salões nacionais e internacionais.Também publicou nas Revista Brazil, HQ Brazil, CRau, Boca do Inferno e atualmente desenha o personagem “Raio Negro’, do mestre Gedeone Malagola, para editora Jupiter.
ULISSES AZEVEDO: Natural de Salvador, Ulisses é estudioso de quadrinhos de terror e criador do site “Nostalgia do Terror”, indicado recentemente para o prêmio HQ Mix de melhor site de quadrinhos.
SIDNEY CARVALHO: O baiano Sidney que já foi cartunista do jornal “Correio da Bahia”, atualmente trabalha como desenhista da Turma do Xaxado e é ainda o editor do fanzine “Miudins”. É também ganhador de vários prêmios em Salões de Humor e do prêmio DB Artes Independentes do HQ Festival Sergipe. 
RUY TRINDADE: O artista plástico e ilustrador de quadrinhos baiano Ruy Trindade é o responsável pela popularização da obra de Jorge Amado em forma de quadrinhos. Fez também por alguns anos capas de discos. Em 1991 pra incentivar a (boa) leitura, criou o projeto: Transcrever Romances Inteiros Para Quadrinhos: Capitães da Areia(95), Os Pastores da Noite(98) de Jorge Amado, As Aventuras de Tibicuera(2000) de Erico Verissimo, A Revolução dos Bichos(02) de George Orwell e Dom Casmurro(05) de Machado de Assis. 
ROGÉRIO RIOS: O cartunista, quadrinhista e ilustrador baiano, já publicou em diversos jornais baianos, a exemplo do “A Tarde”. Também colaborou em revistas, participando inclusive da “Tudo com Farinha” com as tiras “Uscambau”.
ROBÉRIO CORDEIRO: Robério Cordeiro é natural da cidade baiana de Jacobina. Ele é graduado em Artes Plásticas e especializando em Crítica de Arte. Junto com seu conterrâneo Cedraz, Robério Cordeiro publicou, nos anos 70 três números da revistinha infantil Lazer, combinando quadrinhos e passatempos. Após essa experiência, Robério integrou o grupo de desenhistas Boa Idéia, que promoveu exposições de cartuns de gente como Setúbal, Caó, Nildão e Zé Vieira, além dessa dupla. Atualmente, Robério é Professor do Centro de Educação de Adultos da Bahia CEA, lecionando História da Bahia, Cultura Baiana e promovendo oficinas de arte e História em Quadrinhos. Os trabalhos de Robério também já foram publicados na Tribuna da Bahia, no extinto Jornal da Bahia e no Suplemento Infantil do Jornal A Tarde, além de ter realizado ilustrações para várias publicações nacionais, a exemplo da capa do Romance A Prostituta Virgem (Luiz Ademir), Roteiro Poético de Bonfim (Omar Carvalho), A dança do Beija-flor (Lula Carvalho) e Série Brincando.
REZENDE: O cartunista, quadrinhista e ilustrador baiano já publicou em diversos jornais da nossa capital, é um dos celebres colaboradores da extinta revista “Pau de Sêbo” e o criador da revista undergound “Vilões”.
PAULO SETÚBAL: Por mais de duas décadas o crítico social, artista plástico, cartunista e ilustrador baiano, Paulo Setúbal, exibiu o seu traço e idéias originais trabalhando em diversos jornais e revistas baianas. Com maestria caricaturou inúmeros artistas do cenário baiano e nacional.Também é um dos idealizadores da revista em quadrinhos de humor “Pau de Sêbo”. 
PAULO SERRA: Quadrinhista, publicitário e comunicador sócio ambiental, Paulo Serra também é criador do personagem Mero que teve durante anos as suas tirinhas publicadas pelo Jornal baiano “A Tarde”.
NILDÃO: O cartunista e design baiano Nildão juntamente com Lage, Aimar Aguiar e Gutemberg Cruz lançaram no ano de 1975 as linhas daquele que seria o melhor encarte semanal de HQs em jornal diário da década de 1970 no Brasil: A Coisa. Em 1980, ele publicou Me Segura qu'eu Vou dar um Traço. Oito anos depois veio Bahia: Odara ou Desce. Em 1989, publicou o livro de grafites Quem não Risca não Petisca, em 1988 lançou Ivo Viu o Óbvio e o flip-book Capoeira Ligeira', em parceria com o fotógrafo Aristides Alves. Em 2002, veio o livro de cartuns É Duro ser Estátua. Poesia: Remédio contra Azia, sua primeira experiência em poesia, saiu em 2003. Nildão ainda faturou inúmeros salões de humor, além de ter sido premiado no meio publicitário com uma campanha de cartuns feita para a Bahiatursa, que concorreu ao Festival de Cannes de 1996. Ele é uma das "11 Feras do Humor Baiano", registradas e analisadas no melhor livro sobre o humor baiano de traço, de autoria de Gutemberg Cruz.

MIÉCIO CAFFÉ: Natural da cidade baiana de juazeiro, o falecido Miécio era um mestre do traço, que fez muito sucesso nas décadas de 1950 e 60.Trabalhou como Caricaturista nas revistas Almanaque do Pensamento, O Exibidor, O governador, O Riso, O Gatilho, O Moscardo, Seleções Humorísticas, marmita e Radar. Nessa última foi onde passou a ter contato com todo o pessoal do rádio.
MARLON TENÓRIO: Ilustrador, quadrinhista, trovador e meteorologista freelancer. Embora tenha formação em design gráfico, já ganhou mais coisas como desenhista e contador de histórias do que como designer, o que pode ser conferido no seu site pessoal. Como quadrinhista, colaborou nas revistas Tudo com Farinha e Melhor de 3 (ambas baianas) e, em terras paulistas, publicou trabalhos na Quadreca e Menisquência.
MARCOS FRANCO: Natural da cidade baiana de Feira de Santana, Marcos Franco deu seus primeiros passos na arte de elaborar roteiros ainda na adolescência. O mundo dos fanzines lhe serviu de laboratório inicial para o exercício das atividades vinculadas a nona arte. Em momento algum o autor esteve condicionado a esse ou aquele estilo, sempre eclético, já desenvolveu trabalhos na linha de humor, fantasia, mangá, terror, além de inúmeros no gênero aventura (super-heróis), publicando em diversos fanzines, prozines e revistas, A EXEMPLO DA Impacto, Tempestade Cerebral e Prismarte.
LUIS PIMENTEL: O Jornalista e escritor nasceu no sertão baiano entre Itiúba e Gavião, em 1953. Luís Pimentel, trabalhou nas revistas Mad, Bundas, O Pasquim e há anos faz parte de uma turma da pesada que dá à imprensa brasileira uma imprescindível dose de humor.
LUIS AUGUSTO GOUVEIA: Natural de Salvador, Luis Augusto é formado em Arquitetura e Urbanismo e trabalhava com arte educação em escolas da Bahia. O quadrinhista, trabalhou com Ziraldo fazendo histórias para a revista O Menino Maluquinho, da Editora Abril. Em 1989, publicou a tira Liu e o Mágico do Sobaco, no Jornal A Tarde. Em 1995, recebeu Menção Honrosa no 1º Concurso Nacional de Histórias em Quadrinhos da Academia Brasileira de Artes, em São Paulo, com a história Hamlet na Varanda. Fez ilustrações em Nova York, desenho animado em São Paulo, e tem trabalhos publicados em todo o Brasil. É o criador das tirinhas do Fala Menino!
LEONIDAS GRÊGO: Leônidas é desenhista de histórias em quadrinhos e autor de livros paradidáticos. Também é ilustrador de livros didáticos. Foi colaborador de quadrinhos de diversas editoras do Brasil, publicando principalmente eróticos e terror. Também, enveredou pelo humor. Trabalha no Studio Nq6 junto com o designer Frederico Araújo. Atualmente trabalha na produção do álbuns Cabeça da Noiva e Bope em Quadrinhos.

LAGE: O falecido cartunista e quadrinhista baiano foi um dos editores da revista humorística “Pau de Sebo” e esteve à frente das ilustrações publicadas na Tribuna da Bahia por mais de 30 anos, levando alegria e reflexão aos leitores. Com traço simples e rápido, Lage foi e será um dos grandes nomes da HQ baiana.
JOSÉ PINTO DE QUEIROZ FILHO: Nasceu em Salvador-BA no ano 1937. É médico, doutor, e professor de Medicina. Ficou conhecido no País inteiro como o editor dos famosos fanzines PORTAIS, onde fez um excelente trabalho escrevendo sobre histórias em quadrinhos - com ênfase nas "Idades de Ouro e de Prata" (1930/1970), mas, não se descuidando das atuais - e cinema, mantendo-lhes as mesmas características.Tem acompanhado, como admirador e pesquisador, os desenhistas das citadas "idades" e alguns da atualidade. Criou e manteve, durante alguns anos, o conhecido e prestigiado prêmio"Zodíaco", desejado por fanzineiros e editores do underground nacional.
ISA TRIGO: A Psicólogo,Pedagoga, Professora e Doutora em Artes Cênicas Isa Trigo foi a madrinha e coordenadora da revista em quadrinhos baiana “Tudo com Farinha”.
HOISEL: Nasceu em Salvador no ano de 1984. Formou-se em Desenho Industrial pela Universidade do Estado da Bahia em 2007. Trabalha principalmente com a pintura digital na criação de ilustrações publicitárias, caricaturas e cartuns. Apesar da pouca idade, o jovem cartunista já recebeu premiações e vários salões nacionais e internacionais. Foi 1° lugar no 22° Salão Internacional de Humor do Piauí, 1° lugar no Salão Universitário de Humor de Piracicaba também em 2005, 1° lugar no 23° Salão Internacional de Humor do Piauí, Menção honrosa pelo conjunto da obra no 13º Salão Internacional de Desenho para Imprensa, 1° lugar no Salão Universitário de Humor de Piracicaba em 2007, Menção especial no 1º Festival de Menções Honrosas para Cartunistas em 2008 e 2º lugar no 15º Salão Nacional de Humor de Ribeirão Preto.
Helcio Rogério: Natural da cidade baiana de Feira de Santana, ilustrador e quadrinhista, já colaborou em jornais locais e diversas revista independentes de circulação nacional à exemplo da Impacto, Lorde Kramus, Billy the Kid, Subversivos e Tianinha.Também é ganhador do Prêmio Abra de quadrinhos.
Hector: Natural de Salvador Bahia, O premiado cartunista já obteve premiações em diversos salões nacionais e internacionais. Também é roteirista de quadrinhos, colaborador do jornal “A Tarde” e da extinta revista "Tudo com Farinha".
HAROLDO MAGNO: Funcionário público e também roteirista de quadrinhos, o baiano Haroldo Magno é autor álbum “Sertão Vermelho”, que conta a saga de Lampião sob o traço feras dos quadrinhos nacionais como Edvan Bezerra, Júlio Shimamoto, Eugênio Colonnese, Rodolfo Zalla e Vítor Barreto.
* Por Lucas Pimenta (28.11.2008)
OBS: Como quadrinista é igual a "pipoca em microondas", não para de estourar a cada segundo, a matéria porreta da galera do Projeto Continumm e do Roteirizando HQ, embora já mencione alguns nomes da "nova safra" baina, gostaria de deixar o registro dos "novos baianos" do Quadro a Quadro (estande co-irmão durante o FIQ). Um abração ao Fontana e toda a sua turma que merecem estar nessa galeria, pelo brilhante trabalho que estão realizando nos últimos anos no universo Online e a partir de 2011, também no campo impresso. 
Taí, GENTE... não me esqueci de vocês!
 Mais vai aí um abração carinhoso à todos os artistas do traço baiano (inclusive os anônimos ou não mencionados aqui)!

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