Por Marcus Ramone - UHQ
O enredo é bastante familiar a qualquer leitor de quadrinhos: um super-herói cheio de boas intenções vive entre uma parte da população que o admira e outra que o odeia, quando um ardil perpetrado por um repórter de jornal revela a todos sua identidade secreta e destrói sua carreira de vigilante.
Neste caso, porém, a história é real e aconteceu na cidade de Jackson, Michigan, nos Estados Unidos, com o "super-herói" Capitão Jackson, um paladino da justiça fantasiado que durante anos ajudou a encontrar vítimas de assassinato e bichinhos de estimação perdidos, mobilizou empresários da cidade para criar uma espécie de banco de alimentos para a população carente, e ainda encontrava tempo para aparecer em eventos sociais.
A cruzada do pretenso herói teve início há cinco anos, com suas primeiras patrulhas regulares nas ruas de Jackson, sob a anuência das autoridades locais. Pouco depois, juntaram-se a ele as "super-heroínas" Crimefighter Girl (Garota Combatente do Crime) e Queen of Hearts (Rainha dos Corações), formando a equipe Crimefighter Corps.
Mas, apesar do sucesso daquela figura folclórica, com direito a site oficial na internet, ainda havia pessoas que não queriam seus filhos tendo um homem mascarado como exemplo a ser seguido, e a imprensa local fomentava a desconfiança com ocasionais reportagens depreciativas.
Até que, há algumas semanas, o pacato Capitão Jackson se viu obrigado a encerrar a carreira. "Meus dias de patrulha terminaram. Agora eu tenho medo", disse o operário de fábrica Thomas Frankini, 49 anos, o homem por trás da máscara do super-herói, numa entrevista concedida ao jornal Detroit Free Press.
O ocaso do herói começou em outubro do ano passado, quando, em seus trajes civis, foi parado e autuado por policiais ao dirigir bêbado e teve a carteira de motorista suspensa por seis meses.
No mês de dezembro, veio o golpe final. O repórter Steven Hepker, do jornal Jackson Citzen Patriot, descobriu a identidade secreta do Capitão Jackson, investigou o passado do herói e escreveu uma matéria com o título "Combatente do crime é preso por dirigir embriagado". No texto, ainda foi revelado que Crimefighter Girl e Queen of Hearts são, respectivamente, filha e namorada de Thomas Frankini.
Sobre ter arruinado a carreira do vigilante da cidade, Hepker foi enfático: "Eu faria a mesma coisa se ele fosse um oficial da polícia. Mas, no fundo, havia o desejo de desmascarar um super-herói".
"Tudo o que eu queria era fazer a diferença, diminuir o buraco sempre crescente entre a polícia e o cidadão comum. Sou realmente um super-herói? Por definição, sim. Eu desfruto deste título? Não. Sempre preferi ser conhecido como combatente do crime", disse Frankini em um artigo para o seu site.
Essa é a conturbada história do único cruzado de capa conhecido do mundo real, com um desfecho digno das aventuras em quadrinhos do Homem-Aranha. O pobre Capitão Jackson, definitivamente, pendurou o colorido traje e agora tentará viver anônimo pelo resto de sua vida. Ou retornar quando a cidade clamar por ajuda.
Neste caso, porém, a história é real e aconteceu na cidade de Jackson, Michigan, nos Estados Unidos, com o "super-herói" Capitão Jackson, um paladino da justiça fantasiado que durante anos ajudou a encontrar vítimas de assassinato e bichinhos de estimação perdidos, mobilizou empresários da cidade para criar uma espécie de banco de alimentos para a população carente, e ainda encontrava tempo para aparecer em eventos sociais.
A cruzada do pretenso herói teve início há cinco anos, com suas primeiras patrulhas regulares nas ruas de Jackson, sob a anuência das autoridades locais. Pouco depois, juntaram-se a ele as "super-heroínas" Crimefighter Girl (Garota Combatente do Crime) e Queen of Hearts (Rainha dos Corações), formando a equipe Crimefighter Corps.
Mas, apesar do sucesso daquela figura folclórica, com direito a site oficial na internet, ainda havia pessoas que não queriam seus filhos tendo um homem mascarado como exemplo a ser seguido, e a imprensa local fomentava a desconfiança com ocasionais reportagens depreciativas.
Até que, há algumas semanas, o pacato Capitão Jackson se viu obrigado a encerrar a carreira. "Meus dias de patrulha terminaram. Agora eu tenho medo", disse o operário de fábrica Thomas Frankini, 49 anos, o homem por trás da máscara do super-herói, numa entrevista concedida ao jornal Detroit Free Press.
O ocaso do herói começou em outubro do ano passado, quando, em seus trajes civis, foi parado e autuado por policiais ao dirigir bêbado e teve a carteira de motorista suspensa por seis meses.
No mês de dezembro, veio o golpe final. O repórter Steven Hepker, do jornal Jackson Citzen Patriot, descobriu a identidade secreta do Capitão Jackson, investigou o passado do herói e escreveu uma matéria com o título "Combatente do crime é preso por dirigir embriagado". No texto, ainda foi revelado que Crimefighter Girl e Queen of Hearts são, respectivamente, filha e namorada de Thomas Frankini.
Sobre ter arruinado a carreira do vigilante da cidade, Hepker foi enfático: "Eu faria a mesma coisa se ele fosse um oficial da polícia. Mas, no fundo, havia o desejo de desmascarar um super-herói".
"Tudo o que eu queria era fazer a diferença, diminuir o buraco sempre crescente entre a polícia e o cidadão comum. Sou realmente um super-herói? Por definição, sim. Eu desfruto deste título? Não. Sempre preferi ser conhecido como combatente do crime", disse Frankini em um artigo para o seu site.
Essa é a conturbada história do único cruzado de capa conhecido do mundo real, com um desfecho digno das aventuras em quadrinhos do Homem-Aranha. O pobre Capitão Jackson, definitivamente, pendurou o colorido traje e agora tentará viver anônimo pelo resto de sua vida. Ou retornar quando a cidade clamar por ajuda.
PUBLICADO EM 01-12-10
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