Sucesso no teatro e no cinema a linguagem da Cia Vigor Mortis agora chega aos quadrinhos com histórias inéditas
O projeto “Vigor Mortis Comics” traz oito histórias que exploram o universo dos personagens vindos do texto teatral. (foto: Divulgação)
O livro “Vigor Mortis Comics”, que será lançado nacionalmente no próximo sábado (16), na Gibiteca de Curitiba, é uma união de forças dos quadrinistas José Aguiar e DW Ribatski, com o dramaturgo e diretor Paulo Biscaia Filho.
Aguiar e Biscaia escreveram juntos oito histórias em quadrinhos (HGs) em que exploraram o universo dos personagens vindos do texto teatral. No desenho, Aguair se revezou com DW na exploração das possibilidades da arte seqüencial, apresentando diferentes soluções estéticas para cada narrativa. Todas repletas de violência, sexo, escapismo, terror e humor negro.
São elas: "Oswald Apaixonado", "Corra Cataléptico Corra", "O Morto e a sombra", "A Sombria Morte do Homem Sombra", "Freddy in Wonderland", "A Revanche do Morto", "Ursula Unchained" e "Freddy in Wonderland".
“A ideia de transpor as peças escritas e dirigidas por Biscaia para as HQs surgiu quando colaborei com a peça Graphic (indicada ao Troféu HQMIX e ao prêmio Shell) em 2007. Nela criei as artes do personagem Artie, um desenhista de quadrinhos frustrado também presente no livro. Nele também há personagens das peças Snuff Games e Garotas Vampiras não bebem vinho”, explica José Aguiar.
A espinha central do projeto são os espetáculos Morgue Story – sangue, baiacu e quadrinhos (2004) e Graphic (2006). “Em ambos os textos há um personagem de quadrinhos que é parte integrante da vida dos personagens de cada peça: em Morgue Story temos Oswald, o Morto-Vivo, criação comercialmente bem-sucedida de Ana Argento; em Graphic temos o Homem-Sombra, personagem de Artie, ex-aluno frustrado de Ana”, conta Aguiar.
Ao desenvolver o projeto “Vigor Mortis Comics”, com histórias desvinculadas dos textos originais das peças teatrais, Biscaia e José Aguiar criaram roteiros para um universo autônomo que, apesar de vinculado à contraparte teatral e fílmica dos personagens, permite outros vôos criativos que só seriam possíveis no suporte do papel.
De acordo com artista multimídia Lourenço Mutarelli, esteticamente, a oposição de estilos de Aguiar e DW em “Vigor Mortis Comics” possibilitou um diálogo em que as soluções gráficas de ambos se completam.
Assim, fecha-se uma espiral multimídia em que o universo da companhia Vigor Mortis, que surge inspirado nos quadrinhos, torna-se peça teatral, é adaptada às telas e, por fim, transforma-se em uma de suas fontes: uma história em quadrinhos.
Viabilizado através da Lei do Mecenato Municipal da Fundaçã Cultural de Curitiba, o livro “Vigor Mortis Comics” é um projeto inédito em sua proposta. Depois do lançamento nacional em Curitiba os artistas seguirão para outras capitais divulgando seu trabalho.
Companhia Vigor Mortis – Fundada em 1997, a companhia explora as possibilidades do horror e violência, através da tradição do Grand Guignol, pela linguagem artística, aliada ao uso de recursos multimídia de forma orgânica a dramaturgia e interpretação.
A obra dessa companhia é marcada pela intertextualidade e, também, pela hipertextualidade, já que este é um aspecto universal da obra literária, e porque não, de qualquer obra de arte. O que ocorre com a obra da Vigor Mortis é, como define Gérard Genette, uma “operação de transformação”.
Companhia Vigor Mortis – Fundada em 1997, a companhia explora as possibilidades do horror e violência, através da tradição do Grand Guignol, pela linguagem artística, aliada ao uso de recursos multimídia de forma orgânica a dramaturgia e interpretação.
A obra dessa companhia é marcada pela intertextualidade e, também, pela hipertextualidade, já que este é um aspecto universal da obra literária, e porque não, de qualquer obra de arte. O que ocorre com a obra da Vigor Mortis é, como define Gérard Genette, uma “operação de transformação”.
José Aguiar – Formado em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná, é ilustrador e quadrinista. Na Espanha, participou da coletânea Consecuèncias. Na França, da coletânea Flying Doctors - Un Jour de Mai onde ilustrou dois álbuns da série de aventura Ernie Adams, publicados por Editions Paquet. Em 2005 venceu o I Concurso Internacional de Quadrinhos do SENAC-SP. Sua tira Folheteen, além de álbum (Devir), também foi publicada nos jornais, Jornal do Estado, O Globo e Gazeta do Povo. Aguiar é também coordenador da GIBICON- Convenção Internacional de UQadrinhos de Curitiba, a ser realizada em julho.
Paulo Biscaia Filho – Mestre em Artes pela Royal Holloway University of London, estudioso do Théâtre du Grand Guignol, professor dos cursos de Teatro e Cinema da Faculdade de Artes do Paraná. Na Cia Vigor Mortis dirigiu montagens teatrais como Morgue Story (2004), vencedora do Troféu Gralha Azul de melhor diretor, texto original e sonoplastia. Entre outras peças, também dirigiu Garotas Vampiras Nunca Bebem Vinho, Snuff Games e Graphic (Troféu Gralha Azul de melhor espetáculo de 2006, direção e texto). Por Graphic, também foi indicado ao Prêmio Shell de melhor autor. Em 2009, lançou seu primeiro longa-metragem: Morgue Story, adaptação de sua peça de teatro, que percorreu mais de 30 festivais internacionais de cinema recebendo oito prêmios, como o de melhor filme de horror nos festivais Heart of England e Illinois International Film Festival.
Dw Ribatski – Nasceu em Curitiba, em maio de 1982. Segundo ele, desenha e escreve quadrinhos desde os sete anos de idade, ou seja, nunca parou. Produziu centenas de páginas nunca publicadas oficialmente. A maior parte delas foi publicada em fanzines, durante a sua adolescência. Assumiu um estilo e gosto pela experimentação ao produzir histórias publicadas no site Nonaarte, por volta do ano 2000 (hoje em dia elas vêm sendo publicadas na revista Café Espacial). Atualmente, produz um álbum chamado Campo em Branco em parceria com Emilio Fraia, a ser publicado pela editora Cia das Letras em 2011, além de outros projetos como La Naturalesa, em parceria com Rafael Coutinho, a ser publicado pela editora Barba Negra, e Dois que será publicado na coleção Minitonto da editora Tonto.
Paulo Biscaia Filho – Mestre em Artes pela Royal Holloway University of London, estudioso do Théâtre du Grand Guignol, professor dos cursos de Teatro e Cinema da Faculdade de Artes do Paraná. Na Cia Vigor Mortis dirigiu montagens teatrais como Morgue Story (2004), vencedora do Troféu Gralha Azul de melhor diretor, texto original e sonoplastia. Entre outras peças, também dirigiu Garotas Vampiras Nunca Bebem Vinho, Snuff Games e Graphic (Troféu Gralha Azul de melhor espetáculo de 2006, direção e texto). Por Graphic, também foi indicado ao Prêmio Shell de melhor autor. Em 2009, lançou seu primeiro longa-metragem: Morgue Story, adaptação de sua peça de teatro, que percorreu mais de 30 festivais internacionais de cinema recebendo oito prêmios, como o de melhor filme de horror nos festivais Heart of England e Illinois International Film Festival.
Dw Ribatski – Nasceu em Curitiba, em maio de 1982. Segundo ele, desenha e escreve quadrinhos desde os sete anos de idade, ou seja, nunca parou. Produziu centenas de páginas nunca publicadas oficialmente. A maior parte delas foi publicada em fanzines, durante a sua adolescência. Assumiu um estilo e gosto pela experimentação ao produzir histórias publicadas no site Nonaarte, por volta do ano 2000 (hoje em dia elas vêm sendo publicadas na revista Café Espacial). Atualmente, produz um álbum chamado Campo em Branco em parceria com Emilio Fraia, a ser publicado pela editora Cia das Letras em 2011, além de outros projetos como La Naturalesa, em parceria com Rafael Coutinho, a ser publicado pela editora Barba Negra, e Dois que será publicado na coleção Minitonto da editora Tonto.
Serviço:
Lançamento nacional de “Vigor Mortis Comics”Local: Gibiteca de Curitiba – Centro Cultural Solar do Barão
Endereço: Rua Carlos Cavalcanti, 533
Data e horário: 16 de abril (sábado) às 19 horas
Preço: Entrada franca
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