Larissa Costa é portadora de amiotrofia espinhal tipo 3
O trabalho foi transformado em cartilha que foi publicada pela Prefeitura de Porto Alegre ano passado, onde foi distribuída na rede municipal de ensino, contribuindo para a educação paradidática de crianças e adolescentes sobre questões sociais como acessibilidade e, ao mesmo tempo, fomentando a política de inclusão em sala de sala de aula. Segundo o Victor Klier, o trabalho começou em 2006, no estúdio da equipe de Ziraldo, a partir da ideia de fazer quadrinhos fora do habitual, criando um personagem protagonista que usasse cadeira de rodas. Para pesquisar, o normal seria falar com pessoas da área de saúde, mas Klier fez diferente: resolveu pesquisar nos sites de relacionamentos adolescentes que fossem portadores de deficiências e que estivessem em idade escolar.
"Através do Orkut, encontrei duas cadeirantes que me informaram sobre outras meninas. As primeiras amigas foram Fernanda Willeman e Rebeca Sehnem, que deram origem ao título "Turma da Febeca" que é a junção do primeiro nome delas. Elas concordaram em ser personagens da história em quadrinhos e indicaram outros amigos que hoje somam 15, cada um com diferente tipo de deficiência, dos diversos estados do país, incluindo tetraplégicos, paraplégicos, portadores de nanismo, paralisiacerebral, cegos, surdos e mudos, e amiotrofia.
Continuidade
O estilo de vida, as diversões e relações de amizade no colégio alimentam o roteiro da história. Nos quadrinhos, o autor reproduz a realidade que eles vivem, não apenas pelos problemas enfrentados pela falta de acessibilidade, mas também pelas diversões e aventuras, próprias da idade. "A intenção é mostrar que são jovens iguais a quaisquer outros. Se eles têm alguma diferença, os demais jovens também têm".
Com uma experiência de 15 anos em roteiro e cartum ao lado de Ziraldo, o cartunista já pensa na continuação da Turma da Febeca. O sucesso da publicação fez a Prefeitura de Porto Alegre se interessar em publicar novas edições com episódios diferentes. Mas além disso, o autor pretende fazer uma coleção de cartilhas sobre os vários tipos de deficiências e depois publicar um livro de aventuras da Turma da Febeca. "Mas há dificuldades que precisamos transpor porque as pessoas ainda têm medo de investir na temática, não querendo ligar a marca do produto à pessoa deficiente", disse ele.
DN Online
Publicado em 08.06.11
Publicado em 08.06.11
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