Por Leila
Que tal um Batman decadente e gorducho comendo rosquinhas? E um Super-Homem franzino e rindo à toa? Influenciado pela infância passada nos anos 80, o artista australiano Anthony Lister trabalha com assuntos da sociedade e da cultura popular, refletindo o seu lado menos glamouroso.
Lister, que hoje mora em Nova York, vê a televisão como um meio de meditação contemporânea e retira dela (e também dos comic books) a maioria de seus temas. O artista convida o espectador para uma reflexão sobre os modelos transmitidos na infância entrelaçando-se com a atual e nebulosa realidade social.
Para Lister, o brilho puro da realidade vivida na infância cedeu espaço a uma perspectiva distorcida da realidade das guerras, das relações humanas e do colapso social, “a simplicidade da infância está perdida em nossa memória obscurecida e desbotada dentro de um terno azul”, assinala o artista.
Por Seven - Obvius
Alguns dos maiores personagens da galeria de Super-Heróis da Marvel Comics, da DC Comics e outras - Batman, Spiderman, Wolverine, etc. - são objecto de interpretações muito peculiares do artista australiano Anthony Lister. Os seus trabalhos vão desde desenhos e pinturas a óleo até mais complexas instalações e performances. Nada escapa ao poder do sarcasmo e os ícones que povoaram as nossas leituras de juventude adquirem então uma dimensão definitivamente humana: tornam-se gordos, deformados, fúteis, ridículos e decadentes.
Mas não são os maus tratos infligidos pelo artista à aura de Super-Heróis que torna a sua imagem menos interessante plasticamente. As ridículas roupas moldadas aos seus corpos perfeitos explodem em manchas coloridas e efeitos gráficos e as formas ganham novos movimentos. Um pouco à maneira pop de Roy Lichtenstein, passam do mundo dos Comics para o mundo da Arte.
Mais sobre este artista na sua página pessoal
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