Lá no começo das histórias em quadrinhos, a importância estava nas tiras de jornal. Eram por elas que os quadrinistas ganhavam (um pouco de) dinheiro. O jogo começou a mudar na segunda metade dos anos 1930, quando as editoras pegaram emprestadas algumas características dos pulps (revistas de baixo preço com histórias de ficção científica que eram vendidas em bancas) para lançarem os primeiros gibis. Foram nelas que o primeiro super-herói da história, o Superman, surgiu, assim como o Batman e tantos outros. De qualquer forma, as tiras continuaram a ter uma grande importância por muito tempo.
Com o fim da relevância das tiras, muito desse material ficou esquecido. Um exemplo são as do Homem-Aranha escritas escritas por Stan Lee e desenhadas por John Romita, a mesma dupla da fase clássica do herói. São histórias únicas que ficaram abandonadas por décadas, resgatadas depois em dois volumes publicados no Brasil e na Itália pela Panini.
Claro que há ainda muito para ser explorado no universo dos jornais. Nesse sentido, a DC e a IDWanunciaram um acordo pela qual a segunda editora irá republicar tiras clássicas (e, de certa forma, inéditas pra nós) do Superman, Batman e Mulher-Maravilha. O primeiro encadernado seráSuperman: The Silver Age Newspaper Dailies, Vol. 1: 1958-1961.
O lançamento terá 288 páginas, capa dura e preço de US$ 49,99. A intenção da IDW, em relação ao Superman, é lançar três coleções. A primeira é essa, da Era de Prata, enquanto a segunda será com tiras da Era Atômica e outra da Era de Ouro. Já as tiras de domingo (que são maiores) ficarão em uma coleção separada, a ser anunciada em breve.
Em relação ao Batman, a IDW tem também bastante material para brincar. O Homem-Morcego teve três grandes séries de tiras, a primeira publicada nos anos 40, a segunda entre os anos 60 e 70 e a terceira é mais recente, tendo sido publicada entre 1989 e 1991. Com a Mulher-Maravilha o trabalho é mais fácil: a Amazona só teve tiras publicadas em 1944.
Resta torcer, agora, para que essas tiras sejam também publicadas no Brasil. Bom, se não forem, sempre existe a Amazon, não é?
Via Judão
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