Como disse no último post, um grande apoio para as mulheres que queriam fazer HQ underground foi a revista “Wimmen’s Comix” da editora Last Gasp.
Ela surgiu com a one-shot “It Ain’t Me Babe” – já citada na parte I – e nos 19 anos de sua existência (1972 -1991) teve 17 edições. Tempo suficiente para dar maior visibilidade às 27 mulheres que deixaram seus traços registrados.
Na última edição o nome foi mudado para “Wimmin’s Comix” depois de uma discussão sobre o uso da palavra “man” ou “men”. Terá sido azar? rs Enfim! Vamos conhecer as mulheres que fizeram parte dessa história.
Penny Van Horn nasceu em Nova York, em 1954. Em 1984 se mudou para Austin, no Texas. Sua carreira começou no mercado editorial, depois seus quadrinhos partiram para as revistas comoWeirdo de R. Crumb. Publicou na “Wimmen’s Comix” e depois nas revistas Snake Eyes, Twisted Sisters I e II e Zero Zero. Começou a fazer tiras semanais para o no jornal Austin American-Statesman em 1999, onde permanece.até hoje. Em 2002 Penny publicou “Recipe for Disaster“, pelaFantagraphics, uma coleção de suas tiras. Já trabalhou com animação e hoje também faz pinturas e xilogravuras que podem ser vistas no seu flickr.
Dori Seda foi uma das pioneiras das histórias em quadrinhos autobiográficas e da Hq underground nos EUA. Começou sua carreira nos quadrinhos quando foi contratada pela editora Last Gasp para fazer a contabilidade para a empresa. Lá ela publicou suas histórias na, Wimmen’s Comix , Rip-Off Comix, Tits ‘n Clits e Weirdo. Dori lançou apenas um quadrinho próprio chamado “Lonely Nights Comics: Stories To Read When the Couple Next Door Is Fucking Too Loud”. Nas suas histórias sempre há confusões e personagens descontrolados, na maioria delas Dori também é personagem. Em 1988, aos 37 anos, Dori faleceu devido a uma insuficiência cardíaca, ela fumava e bebia muito, além de usar outras drogas. Mais tarde o livro feito por amigos, “Dori Stories”, reuniu seus trabalhos e sua história.
Kathryn LeMieux começou sua carreira nos quadrinhos na década de 1980, contribuindo para revistas como a Wimmen’s Comix. Ela foi uma das seis quadrinistas da série de tiras “Six Chix”, onde cada uma faz uma tira na semana, Kathryn desenhava nas sextas. Depois de sua passagem no Six Chix , Kathryn produziu as tiras “FERAL WEST” que inspirou uma série de pinturas.
Extras: Site das tiras “Six Chix” |Site oficial
Carol Lay descobriu os quadrinhos quando foi fazer faculdade em Los Angeles e conheceu a revistaZap Comix. Ela contribuiu para a Wimmen’s Comix, mas para sobreviver desenhava anúncios nas páginas amarelas. Um amigo percebeu sua vocação e lhe deu como presente um curso de quadrinhos. Depois disso ela contribui com seu trabalho para Hanna-Barbera, Western Publishing, DC e Marvel e outros quadrinhos independentes. Carol começou a fazer suas próprias histórias e lançou a revista semanal ‘Story Minute’, que se tornou muito popular desde a sua primeira aparição em 1992. Hoje a revista além dos EUA é publicada em Hong Kong e Japão. Carol já publicou 6 livros e teve trabalhos publicados na Mad, revista Newsweek, The New Yorker, revista Worth, The New York Times e The Wall Street Journal. Hoje ela mora e trabalha em Los Angeles.
Outras mulheres que participaram da Wimmin’s Comix foram:
Michele Bran, Shelby Sampson, Karen Marie Haskell, Janet Wolfe, Stanley,Diane Noomin, Lee Binswanger, Barb Brown, MK Brown, Dot Bucher, Maria Fleener, Phoebe Gloeckner, Krystine Kryttre, Caryn Leschen, Chris Poderes, Terry Richards, Leslie Sternbergh, Carol Tyler e Lora Fountain, hoje agente literária da família Crumb.
Não vou falar de todas por são muitas mulheres e tomaria umas 3 páginas! rs Quem sabe depois não falo mais sobre as que faltaram! rs
Neste link você pode ver todas as capas da “Wimmen’s Comix” – destaco a última edição com uma paródia à revista MAD.
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