Por Judão
Existem alguns plots que se repetem, que são usados e reutilizados diversas vezes por uma mesma editora. De certa forma, é isso que a Casa das Ideias traz em Invincible Iron Man #516(Marvel Comics, 22 páginas, US$ 3,99), primeira edição do arco Long Way Down e que está à venda desde a última quarta-feira (2/5) nos EUA e, digitalmente, em todo o mundo. Na HQ, Tony Stark abandona – mais uma vez – a armadura de Homem de Ferro.
Só que o ~fim~ do Homem de Ferro não é algo que acontece em apenas uma edição. Nos últimos meses, desde a saga Reinado Sombrio, a Marvel vem levando Tony Stark ao seu limite. O ápice disso se aproximou recentemente, com Mandarim, Ezekiel Stane (filho de Obadiah) e Justine Hammer (filha do Justin) juntando forças para acabar com o Ferroso. Em conjunto, eles conseguiram convencer o governo e o mundo que o Homem de Ferro É perigoso. Assim, foi instalado um dispositivo na armadura de Tony, que pemite “desligá-la” assim que o herói se tornar uma ~ameaça~.
Tem mais. Contra a vontade, Stane está construindo uma ENORME armadura para o Mandarim. Quando estiver concluída será uma grande dor de cabeça para o nosso herói.
É neste enorme contexto que começa a 516ª de Invincible Iron Man. Lembra, de certa forma, o que foi feito nos anos 70, quando Obadiah Stane fez uma aquisição hostil da Stark Internacional, levando Tony ao fundo do poço e ao alcoolismo. Nessa época, Jim Rhodes assumiu o manto de Homem de Ferro. Depois de dois anos e meio, Tony Stark retornou ao posto de Homem de Ferro com uma nova armadura e derrotou o inimigo, que havia assumido o posto de Monge de Ferro.
Nem problemas com o governo são novidade para Tony Stark. E não me refiro aos rolos que aconteceram durante Reinado Sombrio, mas sim à saga Guerra das Armaduras, na segunda metade dos anos 80. Naquela época Tony foi obrigado a ~despedir~ o Homem de Ferro (a dupla identidade do playboy AINDA não era conhecida) após várias atitudes impensadas do herói ao tentar reaver a tecnologia Stark roubada.
Assim, daria pra dizer que o arco Long Way Down é mais do mesmo, misturando as duas sagas comentadas. Sim, É. Mas, ao mesmo tempo, a HQ não deixa de empolgar, ter ação e situações novas dentro de um roteiro que aproveita ideias antigas. Mérito para o roteirista Matt Fraction. Além disso, a arte mega moderna de Salvador Larroca colabora bastante para uma boa história.
No final, resta saber se a Marvel e Tony Stark cumprir a promessa de “Homem de Ferro nunca mais” – quer dizer, não resta saber SE vão cumprir, mas até QUANDO. Bom, pelos previews das próximas edições, já sabemos que um ~Homem de Ferro Tron~ vem por aí.
É, espero não me arrepender de ter escrito que a saga parece promissora.
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