Por Bol
BRUXELAS, Bélgica - Um conselheiro judicial belga recomendou que o tribunal do país rejeite ação legal para banir por racismo um livro protagonizado pelo personagem Tintim.
Valery de Theux de Meylandt, um procurador do rei belga cujo parecer é solicitado e, normalmente, seguido pelo tribunal, aconselhou juízes em uma declaração por escrito a decidir contra o pedido do ativista Bienvenu Mbutu Mondondo de banir o HQ "Tintim no Congo" por racismo.
O conselheiro disse no documento obtido pela Reuters, datado de sexta-feira (28), que o autor de Tintim, Georges Remi (mais conhecido como Hergé), não tinha a intenção de incitar o ódio racial quando retratou seu herói dos quadrinhos em uma aventura na ex-colônia belga em 1931, trabalho que foi atualizado em 1946.
"As representações (do povo Africano) por Hergé são um reflexo de seu tempo", escreveu Meylandt.
Intenção é um critério-chave para fundamentar uma acusação de racismo. O tribunal deve emitir uma decisão no início do próximo ano, rejeitando ou aceitando o argumento de Mondondo de que a maneira em que o livro representa os africanos é racista.
"Vemos em particular que 'Tintim no Congo' não coloca Tintim em uma situação em que há competição ou confronto entre o jovem repórter e qualquer negro ou grupo de negros, mas coloca Tintim contra um grupo de gangsteres ... que são brancos", escreveu Meylandt na declaração.
"Tintim no Congo" é uma de uma série de histórias em quadrinhos sobre as aventuras de um jovem jornalista e seu cachorro Milu, que foram publicadas pela primeira vez em 1931. A denúncia de Mondondo diz respeito à versão moderna do livro, atualizada em 1946.
O processo judicial vem num momento em que a popularidade de Tintim está em alta, com o lançamento de um filme do diretor Steven Spielberg sobre o intrépido jovem jornalista belga, em uma aventura ao lado de Milu, do capitão Haddock e do inspetor Thompson.
(Reportagem de Ben Deighton, edição de Paul Casciato)
Valery de Theux de Meylandt, um procurador do rei belga cujo parecer é solicitado e, normalmente, seguido pelo tribunal, aconselhou juízes em uma declaração por escrito a decidir contra o pedido do ativista Bienvenu Mbutu Mondondo de banir o HQ "Tintim no Congo" por racismo.
O conselheiro disse no documento obtido pela Reuters, datado de sexta-feira (28), que o autor de Tintim, Georges Remi (mais conhecido como Hergé), não tinha a intenção de incitar o ódio racial quando retratou seu herói dos quadrinhos em uma aventura na ex-colônia belga em 1931, trabalho que foi atualizado em 1946.
"As representações (do povo Africano) por Hergé são um reflexo de seu tempo", escreveu Meylandt.
Intenção é um critério-chave para fundamentar uma acusação de racismo. O tribunal deve emitir uma decisão no início do próximo ano, rejeitando ou aceitando o argumento de Mondondo de que a maneira em que o livro representa os africanos é racista.
"Vemos em particular que 'Tintim no Congo' não coloca Tintim em uma situação em que há competição ou confronto entre o jovem repórter e qualquer negro ou grupo de negros, mas coloca Tintim contra um grupo de gangsteres ... que são brancos", escreveu Meylandt na declaração.
"Tintim no Congo" é uma de uma série de histórias em quadrinhos sobre as aventuras de um jovem jornalista e seu cachorro Milu, que foram publicadas pela primeira vez em 1931. A denúncia de Mondondo diz respeito à versão moderna do livro, atualizada em 1946.
O processo judicial vem num momento em que a popularidade de Tintim está em alta, com o lançamento de um filme do diretor Steven Spielberg sobre o intrépido jovem jornalista belga, em uma aventura ao lado de Milu, do capitão Haddock e do inspetor Thompson.
(Reportagem de Ben Deighton, edição de Paul Casciato)
Nenhum comentário:
Postar um comentário