A Mulher Maravilha (em inglês Wonder Woman) é uma super-heroína de histórias em quadrinhos e desenhos animados da DC Comics. Ela é a princesa de Themyscira, filha da rainha das amazonas, Hipólita. Sua mãe a criou a partir de uma imagem de barro, à qual cinco deusas do Olimpo deram vida e presentearam com superpoderes. Já adulta, foi enviada para o "mundo dos homens" para espalhar uma missão de paz, bem como lutar contra o deus da guerra, Ares. Tornou-se integrante da Liga da Justiça, assim como Superman e Batman. Ela foi a primeira heroína a ser criada, em 1941, pela DC Comics. Estreou em All Star Comics #8 (Dez. 1941). |
No início dos anos 40, a DC Comics era dominada pelos personagens masculinos com superpoderes tais como Lanterna Verde, Batman, e o principal deles, Superman. Atribui-se à esposa de Marston, Elizabeth Holloway Marston, a idéia de se criar uma super-heroína: William Moulton Marston, um psicólogo já famoso por inventar o polígrafo (precursor mecânico do laço mágico), teve a idéia para um tipo novo do super-herói, um quem triunfaria não com punhos ou poderes, mas com amor. “Bem” disse Elizabeth. “Mas faça-lhe uma mulher." |
Marston apresentou a idéia à Max Gaines, co-fundador (junto com Jack Liebowitz) de All-American Publications. Marston desenvolveu a Mulher Maravilha junto com Elizabeth. Para criar a Mulher Maravilha, Marston foi inspirado também por Olive Charles Byrne, uma mulher que viveu com ele em situação de poligamia Para escrever as aventuras em quadrinhos da nova super-heroína, Marston usou o pseudônimo de Charles Moulton, combinando seu nome do meio com o de Olive. |
Como o criador de um instrumento de medição crucial para o desenvolvimento do detector de mentiras. o polígrafo, Marston conluiu por suas experiências de que as mulheres eram mais honestas e confiáveis do que os homens. E pôde trabalhar com seu personagem mais eficientemente. |
Daí, "a Mulher Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deve governar o mundo”, Marston escreveu. Embora Gloria Steinem tivesse colocado a Mulher Maravilha na primeira capa autônoma de Ms em 1972, Marston, escrevendo bem antes, projetou a Mulher Maravilha como representante de um modelo particular do poder feminino. O Feminismo discute que as mulheres são iguais aos homens e devem ser tratadas como elas são. Na mente de Marston, mulheres possuem o potencial não somente de serem tão boas quanto homens: podiam ser superiores a eles. |
Outros nomes Na versão brasileira, já foi erroneamente traduzida como Miss América na época da Editora Ebal. Isto é digno de nota, pois a DC Comics já possuía uma heroína chamada Miss America, e também a Marvel. Em Portugal, a Mulher Maravilha é traduzida como Supermulher, o que também é errôneo. Supermulher é o nome de duas personagens já existentes da DC Comics, sendo uma vilã do Sindicato do Crime, e outra uma heroína que apareceu em duas aventuras de Superman, e deixou de existir após Crise nas Infinitas Terras. |
Poderes e habilidades Os poderes da Mulher Maravilha são enormes: Força física sobre-humana (capaz de rivalizar com seres poderosos como Superman), capacidade de voar (atribuída em versões atuais), grande velocidade e agilidade e grande resistência física. É dito que tem a força de Herácles, a sabedoria de Atena, a beleza de Afrodite e a velocidade de Hermes. Ela também é treinada em todas as habilidades de luta armada e desarmada da antiga Grécia. Ela fala as línguas Themysciriana, Grego moderno e antigo, Inglês, Português, Espanhol, Francês, Mandarin Chinês, Russo e Hindi, e outros demais poderes. |
Armas e equipamentos A Mulher Maravilha, além dos poderes, recebeu dos deuses presentes que ajudam a aumentar suas habilidades: dois braceletes indestrutíveis, que usa para desviar projéteis e raios, uma tiara que pode ser usada como bumerangue e um laço mágico inquebrável que faz com que as pessoas digam a verdade. Em histórias posteriores, escritas por Joe Kelly (o arco "Paraíso Imperfeito", na revista em quadrinhos/banda desenhada da Liga da Justiça) foi explicado que este laço (às vezes apelidado de laço da verdade) é um símbolo da verdade em nosso mundo, cabendo a Mulher Maravilha, portanto, o papel de guardiã da verdade. A Mulher-Maravilha possuia uma espécie de rádio receptor/emissor de ondas telepáticas, com os quais podia se comunicar com as Amazonas que estavam em Themiscyra. |
Na versão original a Mulher-Maravilha possuia um avião invisível (pois ela não voava), causa de muitas piadas (na revista MAD, por exemplo) e que aos poucos foi sendo retirado das histórias. Mas seu uso destacado no seriado da TV dos anos 70 e nos desenhos dos Super Amigos, fez com que ele fosse reutilizado algumas vezes nesse período. Com a versão da Mulher Maravilha de George Perez, foi estabelecido que ela pode voar com seus próprios poderes; o avião foi descartado. Recentemente, o avião foi reintegrado a cronologia, sendo um dote da raça dos aliens lansiranianos. |
Aparência Basicamente, a Mulher-Maravilha é uma mulher caucasiana de cabelos pretos (os quais já foram curtos, longos, encaracolados e lisos), usando uma tiara dourada com uma estrela, um traje que combina bustiê vermelho com uma águia dourada como símbolo (sendo substituída por um duplo "W" nos anos 80 até então), short azul com estrelas brancas e botas de cano longo vermelhas[6]. Depois da guerra civil em que sua mãe foi deposta do trono das Amazonas, a Mulher-Maravilha deixou de usar a tiara. |
História Pré-crise A Mulher-Maravilha tinha a identidade secreta de Diana Prince, uma enfermeira da Força Aérea americana. Era apaixonada por Steve Trevor. Nesta versão ela não voava realmente (planava em correntes de ar) e usava um rádio de ondas telepáticas. Na história publicada em Sensation Comics #1, janeiro de 1942, havia uma enfermeira de nome Diana Prince, a qual a Mulher Maravilha ajudou. Esta Diana aceitou deixar que a super-heroína, que desejava ficar do lado do paciente Steve Trevor, assumisse sua identidade enquanto ela partiu para junto de um soldado namorado seu, que estava na América do Sul. Uma das personagens coadjuvantes de maior sucesso era a gordinha Etta Candy, uma das fãs da Mulher Maravilha denominadas "Garotas Hollyday" (conforme tradução para o português na revista brasileira "Coleção DC 70 anos #3", da Editora Panini, julho de 2008). Etta Candy se casaria com o já idoso Steve Trevor, reintroduzido nas aventuras atuais. |
Como oponentes, a Mulher Maravilha tinha diversos vilões clássicos da Era de Ouro dos Quadrinhos (Maligna (originária de Saturno), Giganta, Mulher-Leopardo, Rainha Clea (da Atlântida), Doutora Veneno, a sacerdotisa Zara), algumas reformuladas na Era de Prata e que continuam aparecendo nas histórias modernas. |
Sem poderes No ano de 1969, as amazonas alcançaram seu 10.000º ano na Terra, e com isso tinham que se deportar para outra dimensão, a fim de renovar seus poderes. A Mulher-Maravilha recusou-se a acompanha-las, pois Steve Trevor, seu amado, havia sido culpado de alta traição pelos EUA, e ela queria encontrá-lo e ajudar a limpar seu nome. Como resultado, Diana perdeu seus poderes e pediu afastamento da Liga da Justiça. |
Diana abandonou as roupas tradicionais e os óculos, e passou a adotar um novo visual, para chamar a atenção de Steve e fazer com que ele esquecesse a Mulher-Maravilha. Ela, neste estado, estrelou uma série cujo título em português era As aventuras de Diana (Publicada na revista brasileira Quem Foi? da Ebal, com algumas histórias reeditadas pela Abril), na qual era um tipo de agente secreto, ajudada por I-Ching, um mestre oriental. |
A ausência de poderes durou até 1972, quando Gloria Steinem, a editora real da revista feminista Ms. Magazine,já citada, ofendida pelo fato da maior super-heroína estar sem poderes, a pôs na capa da revista Ms. Magazine #1 com seu traje original. Isto gerou polêmica, e a DC rapidamente, em fevereiro de 1972, restaurou a Mulher Maravilha com seu traje e poderes clássicos. |
"Morte" No final de Crise nas Infinitas Terras, a Mulher-Maravilha recebeu uma rajada do Antimonitor, que involuiu seu corpo de modo que retornou no tempo, voltando a ser barro da Ilha Paraíso. Um último tributo a Mulher-Maravilha Pré-Crise foi vista em Legend of Wonder Woman, mini-série escrita por Kurt Busiek, 1986. Nesta saga, as amazonas se reúnem perante Hipólita, que conta uma aventura de Diana que houve antes de sua "morte". Ao final, a deusa Afrodite aparece, e diz que estava usando seu poder para manter esta versão pré-crise da Ilha Paraíso e suas habitantes a parte das mudanças causadas pela Crise nas Infinitas Terras; Hipólita diz que não deseja isso. Afrodite então atende seu pedido, eliminando os escudos místicos sobre a ilha. A ilha e as amazonas pré-crise começam a se dissolver, como se nunca tivessem existido. Como um último súplicio, Afrodite as transforma em estrelas. Todas as memórias e existência desta versão da Ilha-Paraíso, assim como a Mulher-Maravilha do Pré-Crise, deixam de existir... |
Pós-crise A primeira aparição de Mulher Maravilha, na cronologia DC pós-Crise, é Wonder Woman vol. 2, #1 (Feb. 1987) De acordo com a última redefinição da cronologia da Mulher Maravilha feita por George Perez após a Crise nas Infinitas Terras, Hipólita e o restante das amazonas seriam a reencarnação de mulheres que ao longo da história morreram como resultado do ódio e da incompreensão dos homens. No caso, Hipólita foi a primeira mulher morta por um homem; a Princesa Diana (A Mulher-Maravilha) era a encarnação da filha não nascida desta mulher. Antes de serem exiladas na Ilha Paraíso, as Amazonas viveram na Grécia, de onde foram banidas após um conflito com Herácles (Hércules) e seus exércitos. Mulher-Maravilha só teria vindo ao mundo dos homens após Crise, o que também causou dela não ter participado da fundação da Liga da Justiça. Atualmente ela também não possui identidade secreta. A Mulher Maravilha ganhou de Gaia, a Deusa Terra, o poder da telepatia e também o poder dos braceletes, que ao serem tocados soltam rajadas cósmicas capazes de ferir super-seres, além, é claro, de nenhum telepata conseguir invadir sua mente, graças à tiara. |
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