domingo, 8 de abril de 2012

Dossiê: Lucky Luke! O Cowboy mais rápido que a própria sombra!




Lucky Luke é uma paródia sobre as aventuras de um cowboy no Velho Oeste. A HQ com direito a brigas de saloon, duelos ao pôr-do-sol e picardias com os índios sempre soube aproveitar muito bem todos os clichês do western, e há muito tempo vem entretendo os leitores de todas as idades.
Este divertido cowboy surgiu pela primeira vez na revista ?Almanach Spirou? em Dezembro de 1946 com a história ?Arizona 1880?. Seu criador foi o belga Maurice de Bevère (1923-2001), mais conhecido pelo seu pseudónimo Morris.
Morris, que antes de criar Lucky Luke trabalhava no meio publicitário e em cinema de animação, decidido em continuar a escrever as aventuras do cowboy e do seu cavalo Joly Jumper (o cavalo mais inteligente do Oeste?), partiu em 1948 para os EUA, tendo assim mais contato com o meio onde se ambientavam as aventuras de Luke. Permaneceu lá seis anos, e conheceu Réne Goscinny (1926-1977), o criador de Astérix (do qual falaremos mais tarde), convidando-o a escrever os argumentos da sua criação.
Dessa parceria iniciou-se o caminho para o sucesso da série, foram criados os irmãos Dalton, os eternos vilões, assim como Rantanplan (o cão mais estúpido do que a própria sombra), que mais tarde viria a ganhar sua própria HQ.
Lucky Luke une humor e ação em histórias cujo único propósito é divertir o leitor, no entanto Morris e Goscinny usam nas suas histórias personagens míticas do velho Oeste, tais com os criminosos Dalton, Billy the Kid, Jesse James (o Robin Hood Americano), a traficante Belle Starr (conhecida como a rainha dos bandidos), o juiz Isaac C. Parker (que mandou enforcar mais de 80 homens) e a sua célebre frase: ?A certeza do castigo é a única prevenção da criminalidade?, etc. Além disso os autores incluíam nas suas tramas acontecimentos históricos tais como: a construção da rede de postos telegráficos e de caminhos de ferro, a ponte sobre o rio Mississipi, o circo e muitas outras situações que abordaram com humor. Uma das melhores ocorreu em ?A noiva de Lucky Luke?, que se aproveita do fato de que no Velho Oeste havia cidades com falta de mulheres, para suprir essa falta, havia quem se encarregasse de ir buscá-las no Leste! Nessa aventura Lucky Luke escolta a caravana de mulheres para a cidade de homens carentes.
Lucky Luke, agora um sucesso mundial, teve 87 álbuns de Morris publicados em inúmeros países, longas animadas, uma adaptação ao cinema, e vai ser criado um Parque com o seu nome em Palmela.
Um acontecimento curioso ocorreu em 1988 quando Morris ganhou a medalha da Organização Mundial de Saúde por ter feito Luke trocar o cigarro por um pedaço de capim.
Obrigado a Morris, Goscinny, e a todos os autores que se associaram a Morris pelas fantásticas histórias deste espantoso cowboy, cujas aventuras acabam invariavelmente com Lucky Luke montado no seu Joly Jumper, em direção ao pôr-do-sol, cantando a sua solitária música:
?I´m a poor lonesome cowboy and a long way from home??
por Filipe Romero - Fanboy

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