sábado, 4 de fevereiro de 2012

Gibiteca presenteia visitantes com caricaturas

Por Dia a Dia
Ainda não eram 8h quando Danilo Moura, 28 anos, que responde pelo acervo da Gibiteca “Aucione Torres Agostinho”, chegou ao seu local de trabalho no Dia Nacional dos Quadrinhos. Mas já encontrou três pessoas à sua espera. O desejo delas era um só: ganhar uma caricatura.
E foi desenhando quem pessava pelo espaço dentro da Biblioteca Municipal que Danilo e Richard Augusto, 22, estagiário de artes da gibiteca, apaixonados por retratos, HQs, o trabalho de Mauricio de Sousa e o humor do patrono da gibiteca, passaram o dia.Neuza Arruda Sato, 48, o Enquanto desafiavam o tempo e os traços da funcionária pública estudante e radialista mirim Igor Belchior, 13, observava atendo e aguardava ansioso pela sua vez.A surpresa foi das mais divertidasA surpresa foi das mais divertidas“Gosto muito das ilustrações dos livros e de ler gibis. Os da Turma da Mônica são os melhores, mas agora comecei a colecionar o Almanaque do Pateta. Estou aguardando a terceira edição”, diz,  sem um pingo de inibição e com uma fluência invejável.
Com um olho no entrevistado Igor, mas sem perder o foco na mesa de desenho,  vi duas versões de Neuza nascerem em cinco minutos cravados. Danilo começa seu trabalho com o contorno do rosto e os longos cabelos de sua personagem. Já Richard traça um olhar carregado de expressão e é a partir dele que o rosto denso de Neuza nasce na folha de sulfite a traço de grafite.
E, cinco minutos depois de se sentar na poltrona para virar musa de cartunista, Neuza tinha em mãos uma versão gordinha divertida e outra de cara séria carregada de emoção.
“Faz muito tempo que queria um desenho meu. Agora, tenho dois. Fiquei encantada como eles pegam os traços mais marcantes da gente e nos transformam, sem deixar a nossa essência. Vou colocar numa moldura e guardar com carinho”, revela e sai com os braços estendidos,  observando as duas novas Neuzas.
Enquanto isso, Igor, eufórico, não desfazia o sorriso realçado pelo brilho do aparelho dentário – que, como os óculos, são um prato cheio para que o cartunista acentue o desenho.
A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Ela exagera as características de uma pessoa de forma bem humorada.
Mas  a brincadeira não agradou o irmão caçula de Igor. Apesar de divertir-se durante o processo, Vinícius Belchior, 5, não gostou do resultado: “Tá parecido nada!”, disparou o menino.
O artista ficou meio sem jeito, mas a situação voltou a ser diversão quando o irmão mais velho disse: “Está igualzinho você... Eu gostei.”


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