Por Judão
Nos últimos meses, a revista da Turma da Mônica Jovem vem trazendo um crossover mais do que esperado, entre os personagens criados por Mauricio de Sousa e pelo mestre dos mangás Osamu Tezuka. Agora, chegou a hora de fechar este encontro, o que acontece em Turma da Mônica Jovem #44 (Panini Comics, 132 páginas, R$ 7,50), nas bancas de todo o Brasil desde a última semana.
O gibi dá continuidade para a história da edição anterior, quando Franjinha leva seus amigos Mônica, Cebola, Magali e Cascão para conhecer uma estação de exploração sustentável da floresta amazônica. Lá eles encontram o Louco (digo, prof. Licurcio), dr. Tenma e seu robô Astro, Dr. Ochanomizu (estes três vindos do mangá Astro Boy) e a Príncipe Safire (que, na realidade, é uma princesa e a personagem principal de A Princesa e o Cavaleiro). Tenma quer vender ao responsável pelo local, o senhor Amoroso, o seu robô Astro, para que ele possa operar a instalação com mais segurança e eficiência. Enquanto isso, alguém está sabotando a instalação – é Rock Holmes, um espião criado por Tezuka e que apareceu em vários mangás do quadrinista japonês. A edição 44 começa com todos perdidos na floresta. Enquanto Mônica deve lidar com a descoberta que Safire, com quem não havia se dado até aquele momento, é na realidade uma menina, os outros se vêm cercados por todos os animais da floresta, capitaneados por Kimba, o leão branco – outro clássico de Tezuka.
A partir disso, a história investe em dois pontos principais. O primeiro é uma melhor apresentação das criações do mestre do mangá japonês. As origens de Kimba e Safire são reveladas, além de haver um aprofundamento no background de Astro Boy. O segundo são as lutas. A ação é bem presente no gibi, com brigas entre Kimba e uma onça (ok, foi mais uma discussão), Mônica ao lado de Safire contra a mesma onça, os animais da floresta contra robôs criados por Tenma e Astro Boy contra Atlas (este último, aliás, importante na própria série do Astro dos anos 80 e que, nesta HQ, surge com o visual mais recente, do animê de 2003).
No final das contas, dá pra dizer que este crossover poderia ser mais ousado, experimentado um pouco mais, mas isso não é muito fácil de se fazer quando o estúdio brasileiro também se vê obrigado a aprovar cada quadro com os japoneses responsáveis pelos personagens. De qualquer forma, este foi um pequeno passo para que novos crossover sejam feitos, sejam eles novamente com Astro Boy e companhia ou até mesmo com o grandes super-heróis dos EUA, como o tio Mauricio já vem sonhando…
Ok, apesar dos pequenos defeitos, Turma da Mônica Jovem #44 (ao lado da #43) é uma daquelas edições que vão sempre ter lugar de destaque nas coleções dos fãs da Turma da Mônica e do mangá.
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