domingo, 28 de abril de 2013

Porque precisamos do Super Homem (por Sasquash Cavalera)



Na comemoração dos 75 anos do Super Homem que rolou essa semana, muitos escreveram sobre seu amor ao ultimo filho de Krypton. E para colocar a cereja no bolo, fomos agraciados com um trailer do filme vindouro que empolgou até o mais chato dos nerds mimizentos.

O personagem, mesmo com essa idade toda, ainda é visto por uma boa parcela do publico amante de quadrinhos apenas como um ícone. Talvez sua faceta de bom moço ainda contribua para que o leitor atual – criado com anti-heróis “grim n’ gritty nos anos 90 e 2000 – ache o Super um personagem menor. É tão mais fácil gostar do Batman (esse sim um personagem SUPERESTIMADO) com suas traquitanas, milhões de armas e protecionismo de autores, mas esse é um assunto para uma crônica vindoura.
Action Comics nº 1 foi um marco. Foi a criação da primeira revista dedicada a um personagem super heróis, alcunha que veio com o Super Homem. Até então, as revistas direcionadas ao publico infanto-juvenil eram aventuras, policiais e detetivescas. Há de se lembrar também o fator histórico, em 1938 a ressaca da grande depressão e a marcha inevitável para a segunda grande guerra ajudaram a firmar o herói, um símbolo de justiça e esperança.
Desde sua criação, a mitologia foi um de seus trunfos, primeiramente a visão messiânica: alguém que fora mandado ao nosso mundo para salvar a humanidade. Todo seu elenco de apoio, sua família adotiva, sua cidade (Metrópolis), seus inimigos (Lex Luthor, Bizarro, Brainiac, Mongul) e sua amada Lois Lane. Esse background é riquíssimo, poucos personagens têm esse cenário para suas aventuras.
E ele vem defendendo a verdade, justiça e o modo de vida americano (???) há 75 anos. Essa faceta americanizada pode ser um tanto estranha hoje em dia, seja por estarmos cada vez mais globalizados, mas temos que lembrar que até pouco tempo atrás o Capitão América – a reserva moral da Marvel – era mal visto ao redor do mundo, porém a boa aceitação de seu filme solo e sua aventura na telona com os Vingadores parecem ter sepultado esse sentimento tolo.
O Super Homem sempre esteve na mídia, com seus inúmeros desenhos animados, séries e filmes. A grande maioria foi sucesso, pavimentando seu caminho para ser o herói mais conhecido do planeta. Não há lugar no mundo em que você mostre o “S” vermelho amarelo nadando no azul e não tenhamos a resposta de que ele significa.

Lembro de quando corria do colégio pra casa para assistir o filme do Super na Sessão da Tarde. Christopher Reeve foi o Super Homem, e sempre será na memória de todos os fãs do herói. Os dois primeiros filmes continuam sensacionais, uma pena que as continuações foram tão ruins. E o filme de 2006 com Bryan Singer na direção foi na verdade uma grande homenagem aos filmes antigos e focado apenas na parte menos interessante do personagem (o viés romântico).
Eu estou muito empolgado com o filme novo, nada melhor que uma nova aventura no cinema para que ele esteja ainda mais na mídia e arrebanhando fãs e mostrando para os que torcem o nariz pro azulão, porque precisamos do Super Homem.


Um comentário:

Beto Potyguara disse...

Parabéns pelo belo artigo.

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