Por João Antonio Buhrer - Bigorna
Na década de 60 e começo dos 70, a editora Taika (ex-Outubro), de propriedade do genial ilustrador Jayme Cortez, publicava quilos de gibis 100% nacionais. Sem dúvida foi um ótimo período pra HQ brasileira, que se tivesse tido apoio do governo brasileiro de então (a malfadada ditadura militar), certamente teria se desenvolvido e não estaria na pindaíba que está hoje. Bem, Cortez, apesar de português de nascença, foi um grande nacionalista e fez de tudo pro Quadrinho Brasileiro dar certo. Além de lançar uma infinidade de títulos de terror, super-heróis e guerra, também investiu pesado nos gibis infantis, sempre protagonizados por crianças bagunceiras ou bichinhos humanóides, na linha Disney. Foram muitos títulos nesse estilo, como o rinoceronte Cacareco ou o cachorrinho Bidu, primeiríssimo gibi de Maurício de Sousa, que durou oito números.
Pois bem, um das muitas tentativas da Taika de emplacar um gibi infantil foi esse "Almanaque Duduca e Jambolão", que só possuo o primeiro número e não sei se houveram posteriores. Este número é de 1973, possui 68 páginas em papel jornal p/b e traz histórias da dupla infernal de moleques Duduca e Jambolão, um negrinho e um loirinho, que infernizam a vida dos adultos. Os personagens eram do, hoje veterano, quadrinhista Orlando Pizzi. Pra completar as 68 páginas, o almanaque também trazia HQs dos personagens Zico e Totó, respectivamente, uma oncinha e um cachorro, produzidas por Aylton Thomaz e Luiz Webster, ambos também excelentes e versáteis artistas de Quadrinhos.
Mais uma gibi de ótima qualidade, que atendia aos padrões internacionais da época, e que mesmo assim teve vida curta. A editora gastava uma nota para produzir o gibi, pagava desenhistas, roteiristas, etc, enquanto as concorrentes publicavam Disneys e Pernalongas com custo praticamente zero. O sonho nacionalista de Jayme Cortez sucumbiu ante a hegemonia das HQs estrangeiras (a preço de banana) no Brasil. As mesmas HQs que sufocaram o Quadrinho Brasileiro e o mantém acuado num minúsculo gueto até hoje. Pobres Duduca e Jambolão, vencidos pelos patos e coelhos americanos!
Veja a galeria de imagens aqui.
Pois bem, um das muitas tentativas da Taika de emplacar um gibi infantil foi esse "Almanaque Duduca e Jambolão", que só possuo o primeiro número e não sei se houveram posteriores. Este número é de 1973, possui 68 páginas em papel jornal p/b e traz histórias da dupla infernal de moleques Duduca e Jambolão, um negrinho e um loirinho, que infernizam a vida dos adultos. Os personagens eram do, hoje veterano, quadrinhista Orlando Pizzi. Pra completar as 68 páginas, o almanaque também trazia HQs dos personagens Zico e Totó, respectivamente, uma oncinha e um cachorro, produzidas por Aylton Thomaz e Luiz Webster, ambos também excelentes e versáteis artistas de Quadrinhos.
Mais uma gibi de ótima qualidade, que atendia aos padrões internacionais da época, e que mesmo assim teve vida curta. A editora gastava uma nota para produzir o gibi, pagava desenhistas, roteiristas, etc, enquanto as concorrentes publicavam Disneys e Pernalongas com custo praticamente zero. O sonho nacionalista de Jayme Cortez sucumbiu ante a hegemonia das HQs estrangeiras (a preço de banana) no Brasil. As mesmas HQs que sufocaram o Quadrinho Brasileiro e o mantém acuado num minúsculo gueto até hoje. Pobres Duduca e Jambolão, vencidos pelos patos e coelhos americanos!
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